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segunda-feira, 5 de julho de 2021

 



 Asneira Livre 




OS NOVOS DEMOCRATAS 

E O 'ÓPIO DO POVO'


O ar pastoso do fim-de-semana atiçou mais atenção aos temas tratados por jornais e comentadores de TV. Um dos temas que ainda mexem é a migração massiva para Sevilha que Ferro Rodrigues achou importante para a carreira da nossa Selecção no Euro.

Boa intenção, mas...

Com a derrota diante dos belgas Bruyne, Lukaku e Courtois, a crispação soltou-se rumo a um alvo errado. Não Fernando Santos, seleccionador que não parava de relevar o esforço dos jogadores, a quem não deviam ser atribuídas culpas. Traduzindo a táctica do engenheiro: claro que os craques é que falharam, mas agora não adianta nada puxar-lhes as orelhas.

O País expectorava bílis: "Os jogadores não têm culpa, todos o sabemos. O problema é que o verdadeiro culpado vamos 'comer com ele' outra vez de calculadora na mão e a errar no 'onze' para o Mundial."

Não. O País deixou-se ir na cantata do seleccionador - que em lugar de desamparar a loja se impingiu logo para novo desaire, já que S. Éder não volta à Terra. 

O País preferiu virar-se para Ferro Rodrigues e para o mau exemplo do manhoso chefe parlamentar, em matéria de covid 19. 

Acho necessário aprofundar o tema, que se mantém à tona dos artigos de opinão e dos comentários.

Só para agitar: que seria do velho 'Botas' ou de algum dos seus fachos ministros que fizesse um apelo público para os portugueses viajarem em massa rumo ao Mundial de 66 em Inglaterra?

Parece-me ouvir os camaradas de Ferro, à época vultos do proto-PS, a panfletear nas cantinas universitárias: lá está o regime a cozinhar mais ópio para o povo.

Era o discurso em voga nos ares de Fátima, Festival da Canção e final da Taça de Portugal - onde Thomaz entregava a Taça. 

Quem não se lembra do luto académico numa célebre tarde em pleno Jamor? 

Bem observado por parte dos democratas da altura. 

Indiscutível. Era o País da Guerra Colonial, da censura, do elitismo, do capitalismo inclemente.

Mas e hoje? Tirando a Guerra...

E futebol 'ópio do povo'? Nos 48 anos serviu para distrair o povo dos verdadeiros problemas da Nação? 

O 'produto' perdeu qualidades ou Marcelo e Costa sabem muito?


LCalisto

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