Delícias da Madeira Nova

REGIÃO AFINAL ESTÁ PODRE DE RICA

* JM, para negar um direito de resposta a Miguel de Sousa, espatifa um dinheirão com um advogado em acção no Continente, para depois nós pagarmos o latim do homem

Miguel teve de recorrer à publicidade paga.

* Cobertura do Rali negada à TVI para nós depois pagarmos a produção da Levada do Cavalo - somos uns ricaços!

Paulo Fontes esgalhava em excesso de velocidade, chefe mandou encostar às boxes.

ATRIBULADO PRÉ-PRÓLOGO DO RALI

A TVI estava deliberadamente lançada para levar aos telespectadores as imagens do próximo Rali da Madeira, oferecendo à organização da prova condições financeiras fora do alcance da RTP-M, que desde sempre tratou da cobertura em causa.

Segundo apurámos, a Quinta das Angústias meteu foice na seara conseguindo inverter um processo praticamente consumado. E a realidade é esta: depois de um contrato praticamente articulado, a TVI já se considera fora do comboio.

Não sabemos concretamente que se terá passado para Paulo Fontes, coordenador do Rali, ter recuado nos propósitos propalados de mudar de estação este ano. A TVI pagava para fazer a cobertura, ao passo que o centro regional da RTP recebia da organização, ou seja, dos nossos bolsos, uma verba significativa para tratar do servicinho.

Operando a TVI, a organização não gastava um 'tusto' com televisões e o sinal chegava de bandeja à Levada do Cavalo, oferecido pela antiga estação da Igreja - para que os madeirenses acompanhassem tudo. Além disso, a RTP nacional podia fazer a transmissão do que quisesse, tal como a RTPi. A RTP2 é que teria restrições. Mas se, nos outros anos, esse canal elitista mostra as bicicletas na Volta a Portugal esquecendo as aceleradelas na Encumeda e no Chão da Lagoa!

A chefatura da estação regional fez birra para ser ela a produzir a cobertura dos carros de corridas, quando se queixa da falta de meios sempre que há bode na emissão. Ora, parece que o sua excelência das Angústias se meteu ao barulho e o organizador Paulo Fontes, que vinha falando de alto,  ameaçando inclusive 'cantar' tudo sobre a postura da RTP-Madeira nestas coisas de ralis, meteu o rabo entre as pernas e voltou tudo à primeira forma.

Mais uma vez: velho Meio Chefe ainda manda umas coisas.
Paulo Fontes já nos deu uma explicação para o sucedido. Diz que a cobertura do Rali continua com a RTP por força de um acordo de cedência de direitos pela Fpak a uma empresa detentora de um acordo com a RTP.
Mas... ainda agora?
O coordenador da prova explica: os clubes nunca conheceram esse acordo. Só nestes dias ele apareceu.
Pois, caro Paulo. Compreendemos o embaraço. Madeira Nova é isto.
Com este contrapeso: a RTP-M arrogava-se o direito de não transmitir 'puto' do Rali mesmo que, ganhando a TVI, as imagens lhe fossem disponibilizadas! Aquilo é deles. Veja-se a importância que dão ao seu dever de serviço público!

JM ESPATIFA BALÚRDIOS COM ADVOGADOS. AGORA FOI PARA IMPEDIR UM DIREITO DE RESPOSTA DE MIGUEL DE SOUSA

Na troca de ataques com a candidatura ao PPD-M de João Cunha e Silva, Miguel de Sousa enviou um direito de resposta ao JM que acabou sendo recusado. A argumentação para justificar a nega, explicação que é de lei, voltou a ser gizada por um advogado em serviço no Continente - que se quisesse não precisaria de trabalhar em mais nada porque os nossos impostos lhe pagam uma fortuna todos os meses.

...Mas há outros advogados com avenças pagas pelo JM (por nós), alguns até sem fazerem nada.

Em peças anteriores, citámos os argumentos de Miguel de Sousa na resposta rejeitada pela Fernão de Ornelas. No entanto, para efeitos de memória futura e para satisfazer os mais interessados nesta dialéctica, reproduzimos essa mesma resposta na íntegra, tal como Miguel de Sousa, impedido no JM, publica hoje noutro jornal funchalense.

Depois desse texto, mostramos ao Leitor o raio da argumentação que o tal advogado desenterrou para satisfazer os desígnios de quem manda no JM, isto é, as araras das Angústias.

Começamos pela resposta de Miguel.

Assinado, Miguel de Sousa

Como amplamente difundido, a reacção de Miguel de Sousa teve como causa uma peça não assinada no JM em que se tentava demonstrar uma contradição entre o que o Delfim dizia há uns anos das sociedades de desenvolvimento lançadas por Cunha e Silva e o que declara hoje em dia, em plena pré-campanha interna laranja.

A fundamentação da recusa de publicar o texto, que acabamos de ler acima, conclui referindo um "alegado direito de resposta" e adiantando que o conselho de redacção do jornal foi ouvido - imagina-se.

Quanto aos fundamentos, diz o ofício assinado pelo director do periódico que a iniciativa de Miguel de Sousa "não respeita minimamente as formalidades prescritas na lei" nem "os pressupostos legais para o exercício do direito de resposta".

Desata depois o texto a referir as burocracias eventualmente incumpridas, como o endereço electrónico do requerente que é "inequivocamente impessoal", além de padecer de falta de identificação.

Pelos vistos, nem o facto de Miguel de Sousa ter insistido pelo telefone para que o seu texto fosse divulgado convenceu os cérebros do JM, mais o advogado milionário, de que não se trataria do nosso Amigo Ilídio 'Inguila' a fazer uma brincadeirinha aos supra-sumos comandados desde lá de cima das Angústias.

Veja-se mais o que diz a argumentação:

E quanto à defesa do bom nome de Miguel que a lei impõe e que a peça não assinada não contempla? 

Ai não contempla? Quem disse? Para os cavalheiros do JM, o jornal limitou-se a publicar declarações 'sic' do pretenso ofendido, e, assim sendo, que contrapor?

Portanto, apresentar declarações contraditórias e desconjuntadas de alguém, sem o enquadramento que permitiria perceber a aparente contradição - nada disso é ofensivo nem agride a fama de cada um. 

Mas qual enquadrar, qual contextualizar, com o calor que está!

Já o conteúdo do direito de resposta que Miguel de Sousa pretendia publicar no JM contém "expressões que são desproporcionadamente desprimorosas", como a que atribui um "erro grosseiro" ao próprio JM e outras referências mal intencionadas ao vice do governo.

É assim mesmo! Agora apontar defeitos nos cândidos critérios editoriais daquilo!

Enfim, caros Leitores. Vá lá que a feira desenvolvimentista desta Tabanca está prestes a 'esticar o canelo'. Ainda por cima, com tantos Delfins, como Miguel de Sousa, a verem agora como é 'bom' estar deste lado!