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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Vida municipal


PAULO CAFÔFO TRATA DA REELEIÇÃO
3 ANOS E MEIO ANTES DO TEMPO

A observação é de deputados municipais que pretendem saber se o presidente é independente ou trabalha directamente para o PS



A presença de Paulo Cafôfo no lançamento da candidatura do seu chefe de gabinete à concelhia do PS-Funchal fez mossa, como se previa na nossa notícia há 8 dias ironicamente intitulada "Iglésias vai meter Câmara nos eixos". 
Sabe-se que, perante o pasmo que a candidatura em causa provocou no meio político local, a imprensa remexeu-se, tentando saber se ela, candidatura, mais a possível eleição de Iglésias, não implicaria com o normal funcionamento da Câmara da capital. Ao que um assessor de Cafôfo terá respondido: a resposta surgirá mais logo na apresentação (da candidatura). 
E qual foi essa resposta? Foi nada menos do que a presença do próprio presidente da edilidade nesse acto puramente partidário, em apoio a Miguel Iglésias, um dos 3 pretendentes à liderança da comissão concelhia socialista do Funchal.
Deputados municipais agitaram-se. Da parte do PND, partido ex-membro da coligação 'Mudança' que levou Cafôfo à vitória em 2013, partiu a iniciativa de convocar uma assembleia municipal para clarificar totalmente a situação lá nos Paços: Paulo Cafôfo gere o município como independente ou como tentáculo do Partido Socialista e de Victor Freitas?
Outros partidos aderiram à iniciativa, como o PTP e o PPD.
É do conhecimento geral que Paulo Cafôfo despontou para a política no Laboratório de Ideias do PS-M e que foi lançado para as autárquicas por Victor Freitas. No entanto, todos os componentes da coligação vitoriosa assentaram que o projecto autárquico era para concretizar à luz de uma inequívoca independência partidária. O próprio presidente eleito, Cafôfo, bateu nessa tecla no dia seguinte às eleições - portanto a 30 de Setembro de 2013 - avisando que os propósitos de equidistância propalados ao eleitorado durante a campanha eram para cumprir, ou seja, partidos a distância regulamentar da vereação.
Para além das convulsões que inesperadamente varreram a vida do município, com a impactante desagregação da 'Mudança', Paulo Cafôfo tem participado em organizações do PS-Madeira, a começar pelo congresso do final do ano passado. Agora foi o apoio presencial ao seu chefe de gabinete enquanto pretendente à liderança da concelhia funchalense. É aqui que renasce o descontentamento nos partidos que apoiaram a coligação - e não apenas nesses, pelos vistos.
Um deputado municipal revelou-nos grande estranheza quanto ao sucedido. A intervenção activa de Cafôfo neste episódio, afirmou esse deputado, só pode ter uma leitura: "Ele quer mandar na concelhia dos socialistas porque, se a mantiver às suas ordens em dois mandatos, tem garantida a sua recandidatura à Câmara em 2017, porque é aquele órgão que indica os candidatos socialistas no Funchal."
A sessão extra da assembleia municipal do Funchal deverá ser marcada. Paulo Cafôfo terá de se definir numa situação em que é livre para apoiar quem quiser e onde quiser, mas aqui condicionado por vários compromissos assumidos no arranque do projecto da 'Mudança'. 

11 comentários:

Anónimo disse...

O Sr. Calisto tem uma incorrecção: o que foi apresentado na Assembleia Municipal foi uma Moção de Censura subscrita pelo PSD/PND/PTP. Ficamos a saber que o PTP/PND eram infiltrados dentro da Mudança.

Anónimo disse...

Ficamos a saber é que o PTP sai da Mudança, passando esta a ter 14 deputados na Assembleia Municipal, contra 16 do PPD, 5 do CDS, 3 da CDU, 3 do PND e 2 do PTP. Seguir-se-ão o MPT e o BE ficando a coisa reduzida à total inoperância que é a marca real da era Cafofo.

Anónimo disse...

Sr. Calisto, o que dizer que o fotografo da CMF ser o retratista da lista de um candidato do PSD/M, ex-presidente da CMF? (ver noticia de hoje no DN). Realmente, aqueles adjuntos do presidente da CMF...

Anónimo disse...

Senhor Cafofo, assuma-se socialista de uma vez por todas. Tanta independencia fingida já mete nojo. Não se esqueça: pode enganar todas as pessoas durante algum tempo, pode enganar algumas pessoas todo o tempo, mas não pode enganar todas as pessoas todo o tempo. Assuma-se.

paulo disse...

Como pode o Cafofo ser independente, se foi escolhido por Vitor Freitas. Estas jogadas de bastidores nao ajuda o PS, aos olhos do povo estas jogadas so vem demonstrar que os politicos sao tudo farinha do mesmo saco, e os outros partidos da oposicao nao vao querer a repeticao do que se passou e continua a passar na Camara do Funchal. Estes jovens dirigentes do PS, com a fome de poder vao deixar o PSD se coligar ao PP e nunca vao ganhar nada sozinhos.

Anónimo disse...

Calisto, então não sabe que é proibido dizer mal do PS disfarçado de mudança? E não vale a pena descobrir a careca ao Cafofo que já estava à vista há muito tempo, junto com a dentadura colgate.E notícias da governação municipal, há?

Anónimo disse...

Luís Calisto, considero um erro continuar a associar-se o Paulo Cafôfo ao Victor Freitas. O actual presidente da CMF foi efectivamente uma escolha do líder do PS, mas após a eleição há sinais que demonstram que essa 'união' já não existe. O sinal mais evidente foi a rápida tomada de posição de apoio da dupla de assessores municipais Bento/Iglésias à candidatura nacional de António Costa, isto logo depois do Victor Freitas ter confirmado a sua lealdade a António José Seguro.
Outro sinal da 'separação' foi a candidatura do assessor Iglésias à concelhia do PS-Funchal, com recados à direcção do PS-Madeira.
Outro sinal ainda são as 'pontes' lançadas por Paulo Cafôfo à governação do PSD (passeios à beira-mar com o vice Cunha e Silva, artigos de opinião no DN a revelar as simpatias familiares ao PSD, abertura a projectos de figuras social-democratas, etc, etc.).

Anónimo disse...

Como é que o Cafofo não se vê livre de todos esses traidores que continuam vestido de cordeirinhos na Câmara quando na realidade só espetam facas nesta vereação. Como pode este executivo funcionar quando não há descrição nem confiança?

Anónimo disse...

A Coligaçao e os seus principios já foram...Em poucos meses deitaram esse credito ao lixo.
A operacionalidade da Camara é zero, é o que se ouve dizer pelo Funchal...

Anónimo disse...

o comentador das 14,47 deve ser o AJJ , E CONTINUA A PENSAR QUE SOMOS TODOS TONTINHOS. o executivo não funciona porque espetam eles proprios facas nas costas uns dos outros.

Anónimo disse...

Os partidos pequenos foram na ilusão que iam entrar em algo em grande , mais no final foram usados para os dilirios do Ps de vitor e Carlos Pereira