Expulsão no Laranjal

Simplício tentou recorrer

mas já foi 'despachado'

O conselho de jurisdição nem sequer admitiu analisar o 'alegado recurso'

Ainda no passado fim-de-semana, o militante histórico do PPD esteve no congresso da Arasd, não se sabe em que qualidade.

Simplício Pestana enviou um documento ao conselho de jurisdição do PPD-M acusando a falta de garantias de defesa no processo de expulsão que lhe foi instaurado pelo partido e que resultou na sua expulsão de militante. Assim, e porque nega todas as acusações de que foi alvo (apoio a uma candidatura adversária dos social-democratas nas autárquicas), pedia a anulação do processo.

Simplício considera que regulamentarmente a apresentação deste seu alegado recurso tem efeito suspensivo sobre a sua expulsão. Mais argumenta que nunca foi ouvido em qualquer processo disciplinar. A impossibilidade de defesa configura, assim, a violação dos princípios da Constituição Portuguesa, contesta. 

O histórico militante queixa-se de que as suas testemunhas também ficaram sem ser ouvidas e que foram introduzidos novos factos no processo que acabaram por passar sem defesa por parte do acusado.

Enfim, Simplício contesta as denúncias das testemunhas de acusação, onde se fala de telefonemas e apelos seus favoráveis à 'Mudança', que derrotou o PPD em 2013.

A esta tentativa processual, apresentada em 10 de Julho, o conselho de jurisdição do PPD notificou hoje mesmo Simplício de que o requerimento a que ele dá o nome de recurso está desprovido de qualquer fundamento legal ou estatutário, pelo que não podia ser admitido.

Assim, prevalece o despacho com a expulsão do militante, de que aliás já foi notificado o partido nacional.