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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vida Municipal


ATRIBULADA REUNIÃO DA 'MUDANÇA'
- CAFÔFO DESAFIOU À MOÇÃO DE CENSURA


A próxima reunião extra da Assembleia Municipal do Funchal vai faiscar.


O ambiente na coligação que governa o município da capital não melhorou nada, pelo contrário, com a reunião de líderes dos partidos que a compõem, segunda-feira passada. A ideia era procurar condições que desanuviassem o clima irrespirável no seio da 'Mudança', mas a sessão terminou mal: o presidente da Câmara, Paulo Cafôfo, despediu-se de repente e com rispidez dos outros participantes, pegou no capacete e abandonou o local sem olhar para trás.
Em causa estava o mal-estar criado com a presença de Cafôfo na apresentação da candidatura do seu chefe de gabinete, Miguel Iglésias, à comissão concelhia socialista do Funchal. Membros e ex-membros da 'Mudança' entenderam que se tratara de mais um atentado à promessa de independência partidária que Paulo Cafôfo fez ao eleitorado funchalense e, com apoio do PPD, avançaram com um pedido de uma reunião extra da assembleia municipal para debater o assunto.
Os termos dessa petição não foram nada brandos, realmente. Desde logo, com a ilação de que, ao comparecer no referido acto partidário, o presidente da Câmara violou o tal compromisso de "independência político-partidária" assumido perante os eleitores.
Um acto de "extrema gravidade" que envolveu a câmara e a cidade "em questões do foro interno do Partido Socialista".
Para rematar, um explosivo ponto na ordem de trabalhos para a sessão solicitada pelos subscritores da petição, os quais renunciam à remuneração pela presença na sessão da AM: "Reprovar, repudiar e censurar veementemente a referida actuação do presidente da Câmara.
Nesta conjuntura, o encontro de membros da 'Mudança' na segunda-feira foi do género 'entrar a matar'. Desde logo, com muitas críticas ao PTP dado o facto de os trabalhistas alinharem com o PPD (e o PND) numa mesma petição. Victor Freitas, presidente do PS, afirmou na ocasião ter conhecimento de que o partido de José Manuel Coelho se preparava para também sair da 'Mudança', o que foi negado pelos atingidos.
Os executivos da Câmara, com Paulo Cafôfo à frente, estavam decididos a 'esticar a corda' e invocaram o regimento para propor outra ordem de trabalhos para a Assembleia Municipal: uma moção de censura à Câmara. Ou seja, que o PPD, o PND e o PTP propusessem na assembleia municipal uma moção de censura a Cafôfo.
Ora, do que os proponentes falam na petição é num debate sobre determinado acto, concreto, do presidente. E não a queda do elenco que governa o município.
O ambiente degradava-se, sabendo-se haver ameaças (da parte de uma assessora jurídica do presidente) de que os subscritores da petição podem perder o assento na AM. O próprio Rodrigo Trancoso, novo presidente da assembleia, participou na conturbada reunião e posicionou-se ao lado de Cafôfo e da 'Mudança' - já que o Bloco de Esquerda continua empenhado na coligação.
Não há data definitiva para fazer a assembleia extraordinária pedida, mas julga-se que ela acontecerá dia 30, depois de, na véspera, ocorrer uma outra pedida pela CDU já em Outubro.
Até lá, movimentam-se as diversas forças. Consta nos corredores dos Paços do Concelho que haverá um jantar de apoio a Cafôfo antes da reunião de 30, que se adivinha muito delicada. São socialistas a liderar a organização desse jantar, apontado para 'O Garfo', em Santo António.


12 comentários:

Anónimo disse...

Paulo Cafofo agarra o capacete e vai para a Ajuda a pé

Anónimo disse...

INGOVERNAVEL, INDESCULPÁVEL, INADMISSÍVEL esta CMF!

Anónimo disse...

O Sr. Cafôfo tem de explicar aos funchalenses o seu verdadeiro posicionamento político, pois foi eleito no pressuposto da independência partidária. O melhor sítio para explicar isso, é na Assembleia Municipal, onde os munícipes estão representados. Ele bem pode espernear, mas até nem tem uma maioria confortável que lhe permita esses arrufos de político imberbe!

Anónimo disse...

Com esta dúvidas sobre o posicionamento político de Cafôfo, o eleitor poderá concluir que a escolha das autárquicas do ano passado resumia-se entre um moço de recados da Quinta Vigia e o "yes man" de Vítor Freitas.
Os funchalenses sentem-se defraudados com o regresso dos mesmos tiques autoritários que julgavam erradicados.

Anónimo disse...

Cafofo você é uma desilusão. Parabéns ao senhor Luís do Garfo. Parabéns a ele e ao dono do Almirante, e aos donos de todos os restaurantes onde este presidente de Câmara de almoçaradas e jantaradas anda a gastar o dinheiro do municipio.

Anónimo disse...

Custa muito ao Rodrigo do Bloco de Esquerda fazer contas dos dias úteis no calendário?

paulo disse...

O Vitor Freitas armou este circo, quando a tenda cair e esta para breve, ele vai ser arrastado tambem. Ele sozinho consegue armar mais barraca, que todos os Delfins juntos. Como quer este tipo que os Madeirenses que confie o voto.

Anónimo disse...

Há já algum tempo que o Victor Freitas nada controla na Câmara. Agora é mais a Câmara a controlar o PS. A criatura ganhou vontade própria e vai destruir o criador.

Anónimo disse...

Cafofo e a sua adjunta está fora da Madeira de ferias . Quem manda na CMF agora ( agora e sempre ) é um cubaninho que nunca fez nada na vida e que o Vitor Freitas foi buscar á Figueira da Foz para funcionario do PS ( o jackpot pagava) . o mesmo que quer ser presidente do Ps Funchal para nas proximas eleições poder concorrer a presidente da CMF, os tontos baixaram tantas vezes as orelhas ao AJJ porque razão é que não baixam ao cubaninho? ( falo dos funchalenses como é obvio )

Anónimo disse...

O Miguel Iglésias nunca foi funcionário do PS...Convém mentir melhor...

Anónimo disse...

pagamento de taxas de 1,3 milhões de euros relativo às obras dos barreiros....anda tudo esquecido?...ninguém pergunta na assembleia municipal...quem vai esconder o processo?

Anónimo disse...

O Iglesias é cubano e filho de um autarca do Norte do país que fez carreira à conta do partido do bochechas.