ATRIBULADA REUNIÃO DA 'MUDANÇA'
- CAFÔFO DESAFIOU À MOÇÃO DE CENSURA
A próxima reunião extra da Assembleia Municipal do Funchal vai faiscar. |
O ambiente na coligação que governa o município da capital não melhorou nada, pelo contrário, com a reunião de líderes dos partidos que a compõem, segunda-feira passada. A ideia era procurar condições que desanuviassem o clima irrespirável no seio da 'Mudança', mas a sessão terminou mal: o presidente da Câmara, Paulo Cafôfo, despediu-se de repente e com rispidez dos outros participantes, pegou no capacete e abandonou o local sem olhar para trás.
Em causa estava o mal-estar criado com a presença de Cafôfo na apresentação da candidatura do seu chefe de gabinete, Miguel Iglésias, à comissão concelhia socialista do Funchal. Membros e ex-membros da 'Mudança' entenderam que se tratara de mais um atentado à promessa de independência partidária que Paulo Cafôfo fez ao eleitorado funchalense e, com apoio do PPD, avançaram com um pedido de uma reunião extra da assembleia municipal para debater o assunto.
Os termos dessa petição não foram nada brandos, realmente. Desde logo, com a ilação de que, ao comparecer no referido acto partidário, o presidente da Câmara violou o tal compromisso de "independência político-partidária" assumido perante os eleitores.
Um acto de "extrema gravidade" que envolveu a câmara e a cidade "em questões do foro interno do Partido Socialista".
Para rematar, um explosivo ponto na ordem de trabalhos para a sessão solicitada pelos subscritores da petição, os quais renunciam à remuneração pela presença na sessão da AM: "Reprovar, repudiar e censurar veementemente a referida actuação do presidente da Câmara.
Nesta conjuntura, o encontro de membros da 'Mudança' na segunda-feira foi do género 'entrar a matar'. Desde logo, com muitas críticas ao PTP dado o facto de os trabalhistas alinharem com o PPD (e o PND) numa mesma petição. Victor Freitas, presidente do PS, afirmou na ocasião ter conhecimento de que o partido de José Manuel Coelho se preparava para também sair da 'Mudança', o que foi negado pelos atingidos.
Os executivos da Câmara, com Paulo Cafôfo à frente, estavam decididos a 'esticar a corda' e invocaram o regimento para propor outra ordem de trabalhos para a Assembleia Municipal: uma moção de censura à Câmara. Ou seja, que o PPD, o PND e o PTP propusessem na assembleia municipal uma moção de censura a Cafôfo.
Ora, do que os proponentes falam na petição é num debate sobre determinado acto, concreto, do presidente. E não a queda do elenco que governa o município.
O ambiente degradava-se, sabendo-se haver ameaças (da parte de uma assessora jurídica do presidente) de que os subscritores da petição podem perder o assento na AM. O próprio Rodrigo Trancoso, novo presidente da assembleia, participou na conturbada reunião e posicionou-se ao lado de Cafôfo e da 'Mudança' - já que o Bloco de Esquerda continua empenhado na coligação.
Não há data definitiva para fazer a assembleia extraordinária pedida, mas julga-se que ela acontecerá dia 30, depois de, na véspera, ocorrer uma outra pedida pela CDU já em Outubro.
Até lá, movimentam-se as diversas forças. Consta nos corredores dos Paços do Concelho que haverá um jantar de apoio a Cafôfo antes da reunião de 30, que se adivinha muito delicada. São socialistas a liderar a organização desse jantar, apontado para 'O Garfo', em Santo António.
12 comentários:
Paulo Cafofo agarra o capacete e vai para a Ajuda a pé
INGOVERNAVEL, INDESCULPÁVEL, INADMISSÍVEL esta CMF!
O Sr. Cafôfo tem de explicar aos funchalenses o seu verdadeiro posicionamento político, pois foi eleito no pressuposto da independência partidária. O melhor sítio para explicar isso, é na Assembleia Municipal, onde os munícipes estão representados. Ele bem pode espernear, mas até nem tem uma maioria confortável que lhe permita esses arrufos de político imberbe!
Com esta dúvidas sobre o posicionamento político de Cafôfo, o eleitor poderá concluir que a escolha das autárquicas do ano passado resumia-se entre um moço de recados da Quinta Vigia e o "yes man" de Vítor Freitas.
Os funchalenses sentem-se defraudados com o regresso dos mesmos tiques autoritários que julgavam erradicados.
Cafofo você é uma desilusão. Parabéns ao senhor Luís do Garfo. Parabéns a ele e ao dono do Almirante, e aos donos de todos os restaurantes onde este presidente de Câmara de almoçaradas e jantaradas anda a gastar o dinheiro do municipio.
Custa muito ao Rodrigo do Bloco de Esquerda fazer contas dos dias úteis no calendário?
O Vitor Freitas armou este circo, quando a tenda cair e esta para breve, ele vai ser arrastado tambem. Ele sozinho consegue armar mais barraca, que todos os Delfins juntos. Como quer este tipo que os Madeirenses que confie o voto.
Há já algum tempo que o Victor Freitas nada controla na Câmara. Agora é mais a Câmara a controlar o PS. A criatura ganhou vontade própria e vai destruir o criador.
Cafofo e a sua adjunta está fora da Madeira de ferias . Quem manda na CMF agora ( agora e sempre ) é um cubaninho que nunca fez nada na vida e que o Vitor Freitas foi buscar á Figueira da Foz para funcionario do PS ( o jackpot pagava) . o mesmo que quer ser presidente do Ps Funchal para nas proximas eleições poder concorrer a presidente da CMF, os tontos baixaram tantas vezes as orelhas ao AJJ porque razão é que não baixam ao cubaninho? ( falo dos funchalenses como é obvio )
O Miguel Iglésias nunca foi funcionário do PS...Convém mentir melhor...
pagamento de taxas de 1,3 milhões de euros relativo às obras dos barreiros....anda tudo esquecido?...ninguém pergunta na assembleia municipal...quem vai esconder o processo?
O Iglesias é cubano e filho de um autarca do Norte do país que fez carreira à conta do partido do bochechas.
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