Deputados que são indigentes políticos
Nunca
houve dúvidas sobre a mediocridade de alguns deputados no Parlamento regional,
sobre a respectiva indigência política.
Confirmou-o
o simulacro de tribunal popular - têm saudades?… - que montaram quarta-feira, 1
de Fevereiro, para “julgar” a Autonomia.
Assim,
não só acentuaram os grandessíssimos ignorantes que são, como confirmaram o seu
integracionismo conservador, nuns mascarado de radicalismo pequeno-burguês de
esquerda, mancomunado com a extrema-direita local e consumista no chulanço do
contribuinte.
A
cena foi a do costume nos últimos tempos.
A
ilusão de poderem apagar ou subverter a História, por causa dos intuitos e medo
que se lhes conhece, de novo submissos aos mesmos patrões internos e exteriores
do passado. O objetivo pequenino, sem ambições, de apoiar a transformação da
Madeira numa enorme ONG meramente assistencialista, a par encarregando a
propaganda de evitar qualquer contraditório sério.
O
que lhes interessa, é a sobreviveria dos lugarzinhos por onde andam instalados,
deixando-se governar pela opinião publicada.
Como
podem avaliar honestamente a Autonomia, formações políticas que sempre foram
contra Esta, algumas até defensoras das “ditadura do proletariado” - ditadura
deles, era o que pretendiam - defensoras de um totalitarismo?!…
Pese
embora o provincianismo inculto do “politicamente correcto”, dolosamente, venha
transformando tais agentes em “heróis” e “democratas”!…
Como
podem deputados ignorantes sobre o que era a Madeira antes do 25 de Abril, se
atreverem arrogantemente a “julgar” a Autonomia?!…
Vejam
a ética desta gente!
Os
indigentes políticos que aqui refiro, até hoje não perceberam que a
transformação acontecida na Madeira foi mesmo uma Revolução.
Embora
tranquila.
E
que, como qualquer revolução, não se faz através de consensos, nem com
“politicamente correctos”, nem com cedências dos reacionários a esse processo
revolucionário.
Faz-se
com determinação. Com a concretização da vontade programada. Com estratégia e
combate democrático ao obstáculo.
Mas
Revolução Tranquila porque feita no cumprimento da Constituição e das leis. Com
autoridade democrática. Com liberdade de contraditório, hoje cerceada na
Madeira.
E
Revolução Tranquila através de concreta e efectiva concertação social no
terreno, o que desesperou os macacos da outra “revolução”, fascistas sob vestes
de “esquerda”.
Revolução
Tranquila que não se limitou a obras públicas, como os detractores querem fazer
crer. As obras públicas foram meros alicerces, meros instrumentos para a
mudança social, económica, cultural e nos costumes.
Portanto,
revolução exercício da autoridade democrática, respeito pela Constituição e
pelas leis, estabelecimento do contraditório publico, concertação social e
profundas mudanças de comportamentos sociais.
De
formação política mais simpatizante pelo modelo democrático presidencialista do
que pelo modelo parlamentarista, o que nunca escondi, sempre fiz a pedagogia do
Parlamento da Madeira como Órgão primeiro e representativo da Autonomia
conquistada pelo Povo Madeirense contra os Partidos e gente que se Lhe opunha.
Inclusive
os meus Governos instalaram-No com a dignidade que possui.
Fui
à Assembleia quando imperativo legal, respeitando-A. Nunca os Deputados
livremente eleitos pelo Povo derrubaram qualquer dos meus Governos. Assim, tudo
democraticamente ratificado.
Mas
nada me obriga a participar em situações desprestigiastes para com a Autonomia
e o Parlamento, as quais só servem os adversários, à esquerda e à direita, da
emancipação do Povo Madeirense.
De novo, vejo a indigência intelectual
de alguns deputados vir ao ponto de se manifestar contra o Desenvolvimento
Integral - que os partidos deles exigiam até de forma demagógica, impossível e
tecnicamente errada - porém ainda hoje não explicando como se o faria, sem
dinheiro e sem este procurar sacar de onde disponível.
É
que:
a)
primeiro, não subscrevo que se deixasse o tempo ir correndo, as gerações
passando, nenhuma delas sem a qualidade de vida a que têm Direito. Só para que
não se fizesse d/vida que gerações seguintes, igualmente beneficiárias, também
tivessem de ajudar a pagar.
Por
este raciocínio dos deputados indigentes, nenhuma geração gozaria fosse do que
fosse!
b)
segundo, o mais grave é não se ver a assunção e a defesa política de que a
dívida não é da Madeira, até para obrigar o Estado central a uma negociação.
A
Madeira não deve.
A
dívida é do Estado central para connosco após mais de cinco séculos de
sonegação da maior parte do valor do que produzimos!
É
o Estado Central que nos deve a “dívida histórica”, como até na vizinha Espanha
foi institucionalmente reconhecido às Regiões.
Portanto,
Senhores Deputados, a luta política do Povo Madeirense deve ser:
a.
por uma maior e mais clara Autonomia
constitucional e não por novo Estatuto ainda subordinado à actual Constituição;
b.
pela resolução da dívida, reconhecendo o
Estado português a dívida histórica;
c.
pelo estabelecimento em permanência de
um alto nível de Emprego.
O
resto, Senhores Deputados, são entretimentos, promessas, comissões, eventos e
fotos, em que o Povo Madeirense não vai na conversa, antes vão desacreditando o
Sistema cada vez mais. E, quando quiserem debater a Autonomia, façam-no com
honestidade. Estabelecendo um contraditório democrático e não recolhendo,
vesgos, ao umbigo esclerosado.
Funchal, 3 de
Fevereiro 2017
Alberto João Cardoso
Gonçalves Jardim
12 comentários:
Numa coisa dou-lhe toda a razão, o nível intelectual dos actuais deputados é absolutamente confrangedor! Começando pelo líder parlamentar da bancada do seu partido cuja esperteza é somente saloia, passando pelas bancadas da oposição e terminando nos populistas escandalosos travestidos de independentes puritanos. Se a Autonomia é para isto, venha a Junta Geral novamente...
Ai Dr João jardim, quando chegar ao Céu, e se reencontrar com o seu tio Cardoso, o manda chuva da UN/ANP, colonialista-mor da Madeira, o senhor vai ouvir das boas...lol
Estando o Mundo entregue ao Trump pode ser que os Países colonizados paguem bem os direitos de autor do Estudo da dupla de Albertos Jardim&Vieira.
Agora já entram, além das vítimas da Colonização Europeia, toda a América Central e do Sul que, tendo-se livrado dos Europeus, passaram a ser explorados pelo Tio Sam.
Era da maneira que pagávamos os calotes que temos sem precisarmos da ajuda da lei que tanto preocupa o Sr. Dr. Miguel Sousa.
Camarada AJJ,
Já tinha lido esta tese hoje de manhã no nosso Renovadinhos. Até a redação é idêntica.
Hoje falhou a ligação com o Andre. A coisa tem que ser melhor oleada.
Mas estou de acordo consigo. A paisagem parlamentar nunca foi tão ruim como nesta legislatura. Tem uns que nem para para a associação de estudantes, para a casa do povo ou para a associação recreativa, eu queria.
E levanta-se um padeiro às três da manhã para fazer pão para esta gente !
Grande "democrata" que fugia da Assembleia Regional como o diabo foge da cruz! Grande "democrata" que fugia dos debates com a oposição na televisão como uma gazela foge de um leão! Para um antigo professor de português deveria saber que uma revolução é tudo menos tranquila! A própria palavra "revolução" diz tudo! O que houve na mamadeira foi a continuação da União Nacional do qual o senhor articulista defendia com "unhas e dentes" antes do 25 de abril, em conjunto com o deputado da nação, o seu tio Agostinho Cardoso!
"Mas Revolução Tranquila porque feita no cumprimento da Constituição e das leis. Com autoridade democrática. Com liberdade de contraditório, hoje cerceada na Madeira."
Logo a seguir a informar o sr. dr. Alberto João (na altura Presidente do GR) do incumprimento da lei, fui submetido a uma junta médica para avaliação psicológica e psiquiátrica pelo dirigente a quem acusei embora não trabalhasse há três meses. Em seguida, voltei a informá-lo dessa situação... e nada fez!
Vamos indo pelas ruas da amargura com esta subserviência a Lisboa pior da que existia na antiga Junta Geral. Uma autêntica pasmaceira, estão todos a assegurar o tacho.
O mais penoso foi ver quem nao viveu, acompanhou e pior ainda podia ter estudado todo o processo de reguoanlizaçao nas areas da saúde, educação, transportes etc vociferar meia dúzia de lugares comuns , inoquos, iníquos e sem qq substancia. Aquilo aue poderão e deveria ser umA analise seria virou fantochada. Mas, o que vai ocorrer com o EstTuto politico que seguira o mesmo mostra o estado a que chagamos. Nisto o Alberto tem toda a rzao ate porque o PSd Ainda ( temo be k depois de outubro nao seja) o maior partido
Nunca houve um parlamento mediocre como este, com pouca massa cinzenta. Nunca a ALM esteve como agora, maus deputados, maus administradores que oprimem os trabalhadores e que venha rapidamente Lisboa administrar a Madeira.
Infelizmente a dívida da Madeira é real e esmagadora.
Dívida histórica? O que é isso?
Penso em África e fico estarrecido.Penso nos Índios e não fico melhor.E os Judeus? Etc.
Dívida histórica? Essa é boa.
E quem deve aos milhões e milhões de pobres que nunca tiveram lugar nem voz, perante os muito poucos que condicionaram o rumo da história?
Essa dos outros pagarem a Dívida, lembra aquele indivíduo que queria fazer uma festa de 50 anos de vida e decidiu fazê-la mesmo sem dinheiro. Por fim quando chegou a conta mandou para os irmãos pagarem porque ele não tinha dinheiro..
De facto o Senhor fez tanta dívida que o Orçamento Regional vai levar anos a pagar, e os Madeirenses a agonizar ... a não ser que a Lei Miguel de Sousa-a do tal cervejeiro que o Senhor Renovadinho fala-vá em frente.
Mas o Estado Central podia amenizar com juros a zero por cento a dívida da Madeira e pagar Obras consideradas de Interesse Comum porque isto è Portugal.
Agora , a Marina do Lugar de Baixo, o Cais 8, o estádio dos Desportos do Porto Santo, os restaurantes fechados das Sociedades. etc, obras sem consequência e aproveitamento devia o senhor pagar...
Ah o e o aluguer da casinha do Quebra Costas também ...
Não há autonomia sem massa cinzenta.Boas cabeças é o que é preciso.Há muitas? Pelo que se vai vendo, nem por isso.
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