Incidência da
Precariedade Laboral
nas Mulheres
A precariedade laboral é um flagelo que afecta os trabalhadores em geral, mas tem uma forte incidência sobre as mulheres.
Os vínculos de trabalho precários põem em causa direitos fundamentais como o direito à maternidade e paternidade.
Quantas vezes em entrevistas de trabalho, as trabalhadoras são confrontadas com as seguintes perguntas:
“Está a pensar engravidar nos próximos anos?”
“Tem filhos menores?”
Perguntas que demonstra o ataque feroz que é feito as mulheres trabalhadoras e as suas famílias, pondo em causa direitos constitucionais e o desenvolvimento de projectos de vida.
Quanto mais precário o vínculo laboral, mais frágil está a trabalhadora para fazer valer os seus direitos.
Quantas mulheres grávidas que perdem o emprego através da não renovação dos seus contractos a termo, ou as que exercendo as dispensas de amamentação ou aleitação, sofrem cortes nos prémios e subsídios devido a critérios de avaliação de desempenho, são alguns dos exemplos, entre muitos, de situações de não aceitação das diferenças, de discriminações não assumidas como tal, mas que o são de facto.
A Revolução de Abril produziu profundas transformações na vida das mulheres, na sociedade e no País, abriu portas à efectivação da igualdade, na lei e na vida, rasgou caminhos para a igualdade e para a valorização das mulheres no contexto laboral.
Caminhos que se estreitaram em resultado da política de direita de sucessivos governos, patente na crescente vulnerabilidade no estatuto sócio-profissional das trabalhadoras, na desigual distribuição por sectores de actividade, nos baixos salários, nas discriminações salariais e em função da maternidade. Uma política que gerou desigualdades no plano pessoal, familiar, social e político. A acção do anterior governo PSD/CDS teve consequências desastrosas na vida das mulheres.
Por isso o combate à precariedade laboral, a luta pela igualdade salarial e a luta pela igualdade de oportunidade de acesso ao emprego com direitos é fundamental para garantir a igualdade de género, e a compatibilização da vida laboral com a vida familiar e social.
1 comentário:
"Que tal se as mulheres deixarem de ter filhos e a terra ficar habitada apenas por animais? Está muito certo, está." - observou um menino de 10 anos no Dia Internacional da Mulher, face a este flagelo social.
Fica aqui a dica para alguns BURROS e BURRAS (porque também as há) que comandam empresas e que ocupam lugares cimeiros de decisão.
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