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sexta-feira, 29 de junho de 2018



OS INIMIGOS 
DOS ARVOREDOS
Serra entre o Pico do Areeiro e o Poço da Neve – setembro de 1995

 Em 1946, o Padre Fernando Augusto da Silva, co-autor do “Elucidário Madeirense”, publicou o livro “O Revestimento Florestal do Arquipélago da Madeira”, uma obra importante para compreender a evolução histórica das formações vegetais na Madeira e Porto Santo.
No capítulo VI, intitulado “Os inimigos dos Arvoredos”, a página 23 é dedicada aos pastores:

Os pastores – É um erro grave supor que a criação do gado bovino, caprino, e porcino fomenta uma apreciavel industria e de cuja supressão poderia de qualquer modo ressentir-se a economia do distrito, como adiante teremos ocasião de mostrar.
Ninguem ignora que o gado causa uma grande destruição nas plantas ainda novas e em pleno desenvolvimento, embora a pujança luxuriante da nossa vegetação vença em boa parte o ataque das fortes mandibulas desses ruminantes. O que, porém, não pode vencer a opulencia nativa dos nossos arvoredos é a acção daninha e criminosa do pastor.

Os rebanhos não encontram meio favorável para as suas pastagens em terrenos cobertos de densa arborização, tendo necessidade dum solo em que predominem as forragens e plantas de pequeno porte, indispensáveis à alimentação que lhes é mais apropriada.
O pastor prepara logo esse desejado pascigo numa clareira mais ou menos vasta, que as chamas lhe oferecem sem dificuldade. Os grandes incendios nas nossas matas teem ordinariamente essa origem. Os zagais não trepidam um momento em converter uma floresta de belas e corpulentas arvores, que levaram séculos a formar-se, numa superfície deserta e calcinada pelo fogo devorador, afim de que em breve se transforme em campo de farta pastagem, destinada a fornecer alimento a umas parcas dezenas de cabras e ovelhas.
Como é sabido e vem a propósito dizer-se, os gados, na sua generalidade, pastam livremente sem guardas ou pastores e acham-se expostos a todas as intempéries, não existindo currais ou abrigos adequados que os resguardem das rigorosas invernias, sendo sempre muito consideravel o numero de animais, que por esse motivo sucumbe todos os anos. Esta ponderosa circunstancia seria suficiente para justificar-se, em qualquer país, uma absoluta proíbição da livre pastagem em serras desabrigadas”.

Este e muitos outros textos sobre a matéria em causa deviam ser estudados pelos políticos populistas, que têm andado a propalar atoardas sobre a história do regime silvopastoril no arquipélago da Madeira.

Serra entre o Pico do Areeiro e o Poço da Neve – setembro de 1995

29.06.2018

Raimundo Quintal

7 comentários:

Anónimo disse...

Os inimigos dos arvoredos e serras, são as Câmaras Municipais e acima de tudo o Governo
Há N pessoas a receberem subsídios de todo o género, que têm direitos a tudo, mas não se sente na obrigação de prestar serviços comunitários, como por exemplo limpar florestas.
O pastoreiro controlado e acompanhado de pastor é saudável e legítimo
Tudo o que saia das zonas protegidas, deve ser crime
Estes vadiolas e penduras que andam todo o dia no café de calça curta e bronzeados, têm de fazer algo para justificarem aquilo que recebem e assim, serem levados a procurar trabalho
As nossas florestas estão infestadas de plantas ruins, os nossos jardins estão secos e maltratados, as adufas estão entupidas e o dinheiro do erário público voa na compra de votos
Agachem o serrote e dobrem a espinha, seus parasitas e mal formados

pravdaolheu disse...

http://pravdailheu.blogspot.com/2018/06/o-estado-de-saude-de-maria-de-lurdes.html

Anónimo disse...

Muito verdade o primeiro comentário
Se alguém quiser contratar uma empregada doméstica, ninguém aceita esse serviço em partime ou full time
Se alguém quiser contratar uma pessoa para dar apoio a um velhinho acamado, dar-lhe a medicação a horas, conversar e porque não jogar as cartas em horas mortas, ninguém quer esse serviço.
Tudo quer é ir manhãs para o café onde tomam o pequeno almoço, almoço e jantar nas cantinas sociais para não lavarem loiça em casa e estragar o verniz das unhas, sacos de alimentos da cáritas e outras instituições, até escondem os carros noutra rua próxima, roupas e calçado ( mas só de marca) nas mesmas instituições etc.
Até vão buscar para venderem.
50% trabalha e faz descontos na segurança social, para sustentar outros 50% de estrengos que só poluem a terra....
Não aconselho a ninguém oferecer compras à porta dos supermercados para esses parasitas
Se conheces um pobre onde a sorte não bafejou, dá-lhe tudo, mas ensina-o também a trabalhar.
A estes bandidos à solta, põe atrás da porta o cabo da vassoura para coçarem as folgadas costas

Anónimo disse...

Os anónimos das 14:34 e 22:18 que sigam seus próprios conselhos. Saliento a figura do anonimato que apresentam, e que o seu discurso não foi "eu, (nome) faço isto, isto e isto de borla ou quase de borla e não me importo que uma cambada de corruptos sejam ricos roubando a mim e aos meus filhos. Mais ainda eu (nome) não ando a insultar quem luta pela aplicação da lei e pelos direitos dos cidadãos."

Trabalhar é algo que se faz, que tem um valor social e emocional... mas não nascemos para trabalhar. Vocês que trabalhem e deixem o dinheiro para os outros para ver se gostam Renovadinhos da Treta!

Anónimo disse...

Chegou-te a dentro?
Infieite o barrete?
Agacha a mola que te faz bem....
Pertences ao grupo dos penduras?
Trabalha para seres rico e divide a tua riqueza pelos teus filhos
Continua assim agarrado à teta do Miguelito e o prof. Mentiras?
Isso vai acabar em 2019

Anónimo disse...

Cabreiros para as desertas (só no Ilhéu Chão) mais as cabras, o Prof. Mentiras e o Dr. Sacristão.

Anónimo disse...

e como ficam as zonas recém reflorestadas com o gado solto

uns a plantar e as cabras a comer depois não faz sentido