Powered By Blogger

terça-feira, 3 de abril de 2012

Cultura, culturas

ADEUS AO CABRITO DE PÁSCOA


Alexandre, o Grande... do Marítimo.


A propósito de estarmos na quadra pascal e de termos publicado há pouco um lancinante alerta do Dr. Raimundo Quintal sobre uma questão ambiental que exige terapia urgente, ocorre-nos um episódio mais ligeiro que o ilustre Professor não levará a mal partilharmos com os nossos Amigos, para descontrair os espíritos.
E os Amigos - madeirenses e não apenas - conheceram bem o sr. Alexandre Rodrigues, o do Marítimo, conhecido nos seus tempos áureos por 'Alexandre, o Grande'.

Alexandre Rodrigues (sentado em primeiro plano) muito bem acompanhado: da esquerda para a direita, dr. Samuel Quintal, Alexandre Rebelo, António de Abreu, Manel 'Bolecas', José Carvalho (o popular 'Carvalhinho', que neste dia fazia 50 anos) e Virgílio Teixeira (o celebrado actor de cinema).
Pois o sr. Alexandre costumava conflituar com um dos seus maiores amigos, precisamente o Dr. Raimundo Quintal, à conta das questões ambientais.
- Agora vir  o sr. doutor dizer que fala com as plantas, que manda abrir as flores e elas abrem! - abespinhava-se  Alexandre Rodrigues, autoritário a mais não - O sr. doutor chega ao pé da flor e diz 'abre-te!', e é claro que ela se abre logo, com respeito ao senhor! Ora!
Ou então esta, passada em pleno Chão da Ribeira, com os vinháticos, os loureiros, o murmúrio dos regatos e o resto do nosso grupo como testemunhas:
- O sr. doutor continua convencido de que esta laurissilva é que tem importância. Acha mesmo que troca umas laranjas, umas nêsperas e maças por aquelas bagas que estão ali, que só prestam para melros?


Chegou-se àquela Páscoa, num dos anos em que Raimundo Quintal era vereador municipal do Funchal com o pelouro do Ambiente. À passagem pelo Campo da Barca, sr. Alexandre vê o Dr. Raimundo a passar a pé e pede ao filho Adelino que páre o carro. Abre o vidro e chama:
- Doutor Raimundo!
- Olá, sr. Alexandre.
- Olhe, o senhor sempre mandou abater as cabras da serra, não mandou?
- Mandei sim senhor, para defender as plantas.
- E agora não há cabritos!
- Logicamente, não.
- Então, sr. doutor, agora na Páscoa vamos comer m..!
E o sr. Alexandre, que detestava em absoluto a linguagem vernácula, subiu o vidro do carro e ordenou ao filho que arrancasse.

1 comentário:

jorge figueira disse...

Pois é os autoritários são assim! Remetem-se à sua imensa sabedoria e, se encolerizados, ficam insuportáveis.