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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

LARANJAL





ALBUQUERQUE ESCREVE AOS MILITANTES
EXPLICANDO A EXIGÊNCIA
DE ANTECIPAR O CONGRESSO 


* O candidato a líder do PSD/M reúne-se com militantes esta terça-feira em Santa Cruz

* Carta dirigida aos filiados está pronta a seguir... entregue em mão, porque o acesso às listas do partido continua negado

* Albuquerque reconhece que Sérgio Marques é melhor candidato do que outros de quem tem ouvido falar



Miguel Albuquerque tem uma carta pronta para mandar aos militantes do PSD explicando as razões por que o congresso e a eleição interna devem ser antecipados para Junho do ano que vem. Entretanto, avisa: se o processo eleitoral interno decorrer outra vez sob a tónica da 'batota', desiste da candidatura.
"O tempo corre contra o PSD/M. A teimosia da actual liderança, a sua obsessão em adiar o inadiável, contra tudo e contra todos, é uma benesse para os socialistas e os seus aliados."
Este alerta está inserto na carta que Miguel Albuquerque tem escrita para os militantes. É também a mensagem que o candidato leva para Santa Cruz amanhã, onde dá início a uma longa série de reuniões com filiados social-democratas por todas as freguesias da Região.
Albuquerque não abdica da antecipação do congresso. Jardim quer o contrário e, segundo foi dizendo aos militantes no recente périplo, não quer deixar a elaboração do orçamento regional de 2015 à responsabilidade de um presidente novo. Ainda hoje confirma no JM o que disse aos militantes: que no próximo sábado tratará de consolidar, em pleno conselho regional, a data de Dezembro para realização das eleições internas - o que aliás já está 'decretado' pelo anterior congresso.
É mudar esta tendência que Albuquerque pretende. Tal como anunciou há mais tempo.

Sobre o lançamento da mais recente candidatura à liderança do PSD, Sérgio Marques, ex-eurodeputado laranja, Miguel Albuquerque reconhece: "O Sérgio é melhor candidato do que muitos de quem já ouvi falar algumas vezes."
Aliás, estão ambos em sintonia num ponto que não agrada a Jardim: um elevado número de candidatos, dizem ambos, não desune o partido, mas revitaliza-o.

Apresentamos em seguida a carta de Albuquerque aos filiados, ilustrada com o slogan utilizado quando das eleições internas de 2012 de boa memória para o candidato.






Meus Caros Companheiros e Amigos

Nos últimos seis anos o PSD/M perdeu cerca de 40.000 votos.
Nas eleições autárquicas de 29 de Setembro e refectindo a tendência que se vinha verificando, o PSD/M perdeu cerca de 25.000 votos relativamente ao último sufrágio local, perdeu 22 freguesias e perdeu sete (7) das onze (11) Câmaras Municipais da nossa Região, tornando-se, o nosso Partido, uma
força minoritária a nível municipal.
Na minha opinião, a mensagem das últimas eleições é muito clara para o PSD/M. Há um tempo histórico que se esgotou. A actual liderança já não suscita adesão ou credibilidade junto dos madeirenses e portosantenses e é imperativo mudar de liderança e de política enquanto é tempo.
Ou o PSD/M muda rapidamente ou arrisca-se a perder as próximas eleições legislativas regionais.
Para que isso não aconteça,
É urgente reconciliar o Partido com a nossa sociedade e com todos os militantes e simpatizantes.
É urgente suscitar a adesão de todas as pessoas de boa vontade a um projecto de governo moderno e reformista, apto a apresentar soluções para os problemas que a nossa Região enfrenta.
É urgente agir com respeito por todos, fazendo da humildade democrática, e não da arrogância, o alicerce fundamental das acções cívicas e políticas do partido.
É o PSD/M que tem de perceber o nosso Povo e não o contrário.
O PSD/M vive uma situação de emergência.
Perdeu para a oposição os principais centros de proximidade com os cidadãos, que é o poder local.
Aguardar passivamente, sem mudanças ou com mudanças cosméticas, a recuperação das nossas
bases tradicionais de apoio, é utopia.
O tempo corre contra o PSD/M.
Quanto mais tempo o nosso Partido demorar a apresentar um projecto de revitalização interna e de abertura à sociedade e às pessoas, melhor será para a oposição, que terá mais tempo para consolidar os seus ganhos eleitorais.
A teimosia da actual liderança, a sua obsessão em adiar o inadiável, contra tudo e contra todos, é uma benesse para os socialistas e os seus aliados.
Do ponto de vista estratégico o melhor para o PSD/M é antecipar o Congresso electivo previsto para Dezembro do próximo ano, pois o tempo e a indefinição desgasta irremediavelmente o nosso Partido a favor dos nossos adversários políticos.
O PSD/M não pode estar subordinado à vontade de um homem ou de um conjunto de dirigentes, que teimam em adiar a inadiável revitalização interna do nosso Partido, expondo-o a uma crescente fragilidade política, que poderá ser fatal para o futuro.
Na actual situação de emergência política, o PSD/M deve devolver a voz aos militantes. Só a estes – e a mais ninguém – cabe decidir o caminho a prosseguir e as opções a adoptar pata o futuro do Partido.
O Partido pertence a todos os militantes.
Num partido democrático, como o nosso, cabe aos militantes decidir, em liberdade, o futuro do PSD/Madeira.
Um Partido assente na passividade crítica dos seus membros ou dependente de uma única voz, é um Partido condenado à irrelevância política numa sociedade em mudança.
Nenhum dirigente deve ter medo ou receio das escolhas lúcidas, em plena liberdade, dos nossos
militantes. Ouvir – como já ouvi – que os nossos militantes são susceptíveis à manipulação ou à pressão é não conhecer os homens e as mulheres que são a alma do PSD.
A minha proposta é que os militantes, no uso do seu poder soberano, subscrevam - nos termos do artigo 12.º dos Estatutos – a convocação de um Congresso Electivo Extraordinário a realizar no fim do
mês de Junho de 2014, antecedido da respectiva eleição da Comissão Política e Secretariado, por voto individual e secreto de todos os filiados do PSD/M, nos termos dos estatutos.
Será esta, indiscutivelmente, a melhor solução para o PSD/M.
Só desta forma poderemos romper com o actual ciclo de passividade e desânimo e retomarmos com uma nova dinâmica reformista, mobilizadora para a sociedade civil em geral, e para a juventude em particular, a liderança de novas causas e acções políticas numa comunidade em mudança.
Não pactuo com a inacção e ausência de capacidade estratégica da actual liderança, disposta a manter o actual estado de coisas e a entregar – como aconteceu nas autárquicas – o poder regional aos nossos adversários políticos.
Estou disponível para assumir um projecto alternativo para o PSD, desde que estejam asseguradas as condições de democracia interna e de legalidade estatutária.
Este projecto nunca será de divisão do PSD/M, mas antes terá como matriz, no respeito pela pluralidade interna, a união do Partido, projectando-o como uma força política consistente e transformadora, apta a catalizar, com uma nova energia, a esperança da maioria do Povo Madeirense.
Aproveitando o contributo de todos os militantes e simpatizantes e a intrínseca qualidade da nossa juventude, em diálogo aberto e permanente com os cidadãos;
Ao serviço da Madeira e do Madeirenses.
Miguel Albuquerque

6 comentários:

Anónimo disse...

falta aqui uma linha programatica importante :
sem os barões , jaime pai e filho miguel sousa , etc passam á historia .
sem isto é mais do mesmo.

Anónimo disse...

"Albuquerque reconhece que Sérgio Marques é melhor candidato do que outros de quem tem ouvido falar"
mas o Albuquerque vive em que mundo Sergio e melhor candidato até do que ele está mais preocupado em apresentar propostas do que em datas de congressos!
Este Albuquerque é uma fraude..

Anónimo disse...

Não vejo uma ideia que seja neste texto??

Anónimo disse...

Dr. Albuquerque: - Esclareça de uma vez por todas se leva consigo Jaime Ramos? Porque tem medo de desmentir?

Vox Cognitionis disse...

Concordo plenamente com Miguel Albuquerque. É urgente um congresso eletivo extraordinário no final do primeiro semestre de 2014. A não ser assim estaremos perante uma inevitável entrega do poder regional às mãos dos adversários políticos do PSD-M.
Mas há que não pense assim. Há quem, a todo o custo, contra tudo e todos, prefira um registo de “terra queimada” ou de “depois de mim, o caos”. Veja-se (e reflita-se sobre) a crónica de Alberto João Jardim (AJJ) de hoje no Jornal da Madeira (JM). AJJ continua refém dos seus próprios fantasmas, das suas psicóticas cogitações e das “partidas” que a sua débil e deteriorada perceção da realidade lhe impõe.
É triste!
Embaraçoso mesmo!
É triste vermos um homem neste estado de avançada degradação intelectual, ética e política. Sobretudo quando nos habituámos, ao longo de mais de duas décadas, a ver nesse homem o obreiro de uma transformação fundamental ao nível da infraestruturação material e dos equipamentos sociais da Região.
Mas o poder vicia, qual heroína avassaladora dos narcísicos egos.
O poder, principalmente o poder absoluto, cria forte dependência. Gera o sentimento de omnipresença entre o EU e a envolvência necessitando ser continuamente alimentado pela submissão dos demais – e aqui não há metadona ou terapia de substituição que o valha. O vício, entranhado nas profundezas do atormentado espírito, exige uma postura de impunidade: “L'Etat c'est moi”, dizia convictamente o francês Rei Sol. Alberto João Jardim, não só se intitula como o Único Importante (Atenção Sérgio Marques) como parece gritar aos ventos “Só EU sou o governo, o governo sou só EU”.
Só assim se percebe a sua autovitimização relativamente aos “judas” que diz surgirem agora ao seu derredor e que ousam, imagine-se, discordar de Sua Excelência (e parece que são muitos, mesmo muitos!) O homem está isolado mas mesmo assim, num último estrebuchar político, consegue músculo para forçar, no próximo Conselho Regional do PSD-M, mais um claro e unânime apoio ao seu consulado e à sua estratégia – É claro que numa votação de braço no ar – pois se fosse por voto secreto …

Anónimo disse...

Gostei da constatação de Albuquerque, Sergio é melhor candidato que muitos e agora na minha opiniao tambem do que ele.