O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Educação sobre "a discriminação dos professores das Regiões Autónomas no acesso à carreira.
Reproduzimos o conteúdo do requerimento apresentado à Assembleia da República, para encaminhamento.
REQUERIMENTO
Discriminação dos professores das regiões autónomas no acesso à
carreira
Os professores de Quadro de Zona Pedagógica (QZP) e de Quadro de Escola
(QE) das Regiões Autónomas da Madeira (RAM) e dos Açores (RAA), em Regime de
Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, a residir nos
respetivos arquipélagos, tiveram sempre a possibilidade de concorrer ao
destacamento das Regiões Autónomas para Portugal Continental e vice-versa. No
entanto, no concurso plurianual realizado em 2013/2014, não só esta possibilidade
lhes foi negada como a possibilidade de realizar permutas de escola com colegas
do Continente ou de aceder aos concursos para os Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP) foi eliminada.
Ora, com o anunciado concurso de vinculação de professores a realizar em
2015, levanta-se uma situação de grave discriminação para com os professores
das regiões autónomas, dado que, de acordo com a legislação em vigor e a
prática deste governo, não poderão concorrer a estas colocações.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e
regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este
meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Educação e Ciência, as
seguintes perguntas:
1. Como justifica o governo esta discriminação objetiva para com os
professores das regiões autónomas dos Açores e da Madeira?
2. Vai o governo rever os diplomas de organização dos anunciados concursos
de vinculação para 2015 de forma a garantir a possibilidade de acesso destes
professores à carreira?
Palácio de São Bento, 5 de março de 2014
O deputado,
Luís Fazenda
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