ALERTA DO BLOCO DE ESQUERDA
Doentes com esclerose múltipla privados de medicação essencial à sua sobrevivência
O Bloco de Esquerda apurou que os doentes de esclerose
múltipla não têm disponível, na farmácia do Hospital Central do Funchal, a
medicação que lhes é prescrita.
Segundo conseguimos apurar, uma dessas doentes esteve sem
medicação mais de quinze dias e, até dia 6 deste mês, não conseguia
obter qualquer informação do Hospital sobre a data previsível de regularização da
situação, não obstante, todos os dias telefonar para o Hospital, obtendo como única
resposta que “ainda não se sabe nada.”
Esta situação mereceu já uma carta da Sociedade Portuguesa
de Esclerose Múltipla ao Presidente do Conselho de Administração do
SESARAM, Miguel Ferreira, da qual foi dado conhecimento a todos os Grupos
Parlamentares na Assembleia da República.
Na carta dirigida ao responsável pela saúde na região, a
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla sublinhava que “a falta de
medicação é da maior gravidade para os doentes que, assim, podem conhecer uma evolução
evitável da doença, com as inerentes perdas de autonomia e grande
sofrimento”.
No caso concreto de uma doente que se queixou desta
situação, a mesma já havia deixado de poder ir trabalhar pois começava a sentir
as consequências da falta de medicação.
Na missiva enviada ao responsável do SESARAM é afirmado que
“a eminência de surto, as dores e incómodos físicos, o sofrimento
psicológico e o absentismo laboral correspondem a situações evitáveis, bastando, para
as afastar, que os doentes tomeme a medicação adequada.
Esta situação é inaceitável.
Segundo conseguimos apurar, a falta deste medicamento parece
prender-se com razões meramente economicistas: os medicamentos são
caros e são poucos os doentes que deles necessitam!
O Bloco de Esquerda não pode deixar de repudiar esta
“razão”: ainda que seja apenas um doente, o SESARAM não pode permitir que a ruptura
de stock medicamentoso se verifique, seja por que razão for!
Causar este tipo de sofrimento doloroso a doentes que
precisam de medicação, que apenas é disponibilizada pela Farmácia
Hospitalar, colocando em risco a sua própria vida, é desumano e próprio de ditaduras
que torturam os seus cidadãos atentando-lhes contra a própria vida.
Exigimos uma explicação pública dos responsáveis da saúde
sobre esta situação, que é mais um triste episódio do caos instalado no
SESARAM.
É preciso que se saiba se o problema destes doentes está
resolvido, e em que outras áreas da saúde se passam situações semelhantes.
Não é a primeira vez que nos chegam relatos semelhantes de
doentes crónicos com outras patalogias.
É preciso acabar com a incúria, a incompetência e com
irresponsabilidades que roçam a fronteira do crime.
Se não conseguem garantir os cuidados de saúde à população
que deles necessitam, demitam-se e vão embora.
Não nos matem com a vossa incompetência!
1 comentário:
só estes casos ? e os doentes que entam para intervenções de rotina e acabam por morrer devido a infeções hospitalares.
o problema é que ninguem investiga estes crimes.
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