O Bloco de Esquerda/Açores denuncia condições de trabalho na transportadora com sede regional, que encerra a sua base na Madeira no próximo dia 31
NA SATA A PRECARIEDADE É LEI
A SATA-Internacional - cujo único acionista é o Governo Regional, suportado
pelo PS/Açores -, é um exemplo de exploração de mão-de-obra qualificada e de
precariedade organizada.
A SATA-Internacional mantém um contingente de trabalhadores/as para
satisfazer necessidades inerentes a picos de atividade sazonal de 7 meses, com
uma lógica de escalonamento desses/as mesmos/as trabalhadores/as, com fórmulas
que contemplam variáveis como meses de contrato acumulado (mesmo que
interpolado) e avaliações, assim como uma tabela salarial específica para
estes/as trabalhadores/as, em que aqueles/as que têm um maior número de meses
de contrato têm vencimentos inferiores aos que teriam se fossem integrados na
companhia, mas superiores aos de outros trabalhadores, com menos meses
acumulados de contrato.
Este contingente de trabalhadores vive em função da expetativa de um dia,
quem sabe, vir a ser integrado na companhia mas, enquanto tal não acontece,
vêem-se obrigados a aceitar todas e quaisquer condições, até mesmo a dar uma
resposta, em 24 horas, sobre a possibilidade de terem de trabalhar, a prazo,
fora do seu local de residência.
Como se não bastasse, a SATA-Internacional para pagar, ainda menos, ao seu
quadro de precários, deturpa os critérios de escalonamento, de forma a
contratar quem possui menos meses acumulados de contrato.
Em suma, a SATA-Internacional é uma companhia que divide para reinar,
mantém trabalhadores de primeira e trabalhadores de segunda e com esta gestão
dá lições sobre como contornar a Lei, para manter a precariedade ao seu belo
prazer.
Este é um exemplo daquilo a que o Partido Socialista/Açores chama a defesa
dos trabalhadores!
Ponta Delgada, 20 de Março de 2014
(Texto Bloco)
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