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sexta-feira, 21 de março de 2014

Transportes aéreos






O Bloco de Esquerda/Açores denuncia condições de trabalho na transportadora com sede regional, que encerra a sua base na Madeira no próximo dia 31 




NA SATA A PRECARIEDADE É LEI


A SATA-Internacional - cujo único acionista é o Governo Regional, suportado pelo PS/Açores -, é um exemplo de exploração de mão-de-obra qualificada e de precariedade organizada.
A SATA-Internacional mantém um contingente de trabalhadores/as para satisfazer necessidades inerentes a picos de atividade sazonal de 7 meses, com uma lógica de escalonamento desses/as mesmos/as trabalhadores/as, com fórmulas que contemplam variáveis como meses de contrato acumulado (mesmo que interpolado) e avaliações, assim como uma tabela salarial específica para estes/as trabalhadores/as, em que aqueles/as que têm um maior número de meses de contrato têm vencimentos inferiores aos que teriam se fossem integrados na companhia, mas superiores aos de outros trabalhadores, com menos meses acumulados de contrato.
Este contingente de trabalhadores vive em função da expetativa de um dia, quem sabe, vir a ser integrado na companhia mas, enquanto tal não acontece, vêem-se obrigados a aceitar todas e quaisquer condições, até mesmo a dar uma resposta, em 24 horas, sobre a possibilidade de terem de trabalhar, a prazo, fora do seu local de residência.
Como se não bastasse, a SATA-Internacional para pagar, ainda menos, ao seu quadro de precários, deturpa os critérios de escalonamento, de forma a contratar quem possui menos meses acumulados de contrato.
Em suma, a SATA-Internacional é uma companhia que divide para reinar, mantém trabalhadores de primeira e trabalhadores de segunda e com esta gestão dá lições sobre como contornar a Lei, para manter a precariedade ao seu belo prazer.
Este é um exemplo daquilo a que o Partido Socialista/Açores chama a defesa dos trabalhadores!

Ponta Delgada, 20 de Março de 2014

(Texto Bloco)

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