QUOTAS II

CLÁUDIA VAI, MAS NÃO MUITO

A futura eurodeputada emergente do Laranjal 'anda de esperanças', logo vai passar mais tempo connosco do que pelas Europas

Estávamos a ferver em água fria quando, na parte da manhã, nos indignávamos perguntando aos cérebros nacionais se estavam dispostos a levar-nos as mulheres todas das ilhas para fora.

Referíamo-nos às listas das europeias. Passos Coelho e Portas, para colocarem os lugares destinados a homens à disposição das respectivas clientelas, levavam-nos a madeirense Cláudia Monteiro mais a açoriana Sofia Ribeiro, com a justificação da lei da paridade. Estando em perspectiva igual jogada de Seguro na área socialista, envolvendo Célia Pessegueiro e Liliana Rodtigues aqui na Madeira - e com os Açores sabe-se lá o que não estarão a preparar.

Mas recebemos um esclarecimento de fonte discreta ainda há pouco, suavizando os nossos temores. Afinal, não ficaremos sem Cláudia Monteiro de Aguiar assim tão taxativamente. A futura eurodeputada, que recentemente casou na igreja de São Roque, encontra-se em 'estado interessante'. 

Antes do mais, os sinceros parabéns do 'Fénix' ao ditoso casal.  

Depois, a constatação, também agradável, de que as andanças da futura eurodeputada, de cá para lá e de lá para cá, terão de ser bem comedidas, como é evidente.

Entre os delicados preparativos pré-parto (não compagináveis com a chatice dos aviões), parto e os primeiros aninhos do nosso futuro conterrâneo, Cláudia tratará dos problemas da Madeira certamente através das modernas tecnologias de comunicação. Mesmo quando for de tratar do mecanismo lobbying, algo de fundamental na casa parlamentar da União.

Julgamos que os inopinados condicionamentos do calendário ainda permitirão a Cláudia tomar posse no lugar do PE. Depois, será questão de acertar maneiras de explicar as ausências mas sem descurar os contactos com os grupos e as sensibilidades europeias de que dependam interesses madeirenses.

O resto vem por acréscimo.

Mais uma vez, os nossos sinceros parabéns ao simpático casal. E um pedido. Quando for para baptizar o rebento, escolham uma igreja que não seja a de São Roque, ou então não convidem o chefe da Tabanca. Isso para evitar a cena do vosso casamento, quando o referido chefe abandonou a Igreja na altura em que o incómodo Padre José Luís Rodrigues se dirigia ao púlpito para pregar a sua mensagem.

É preciso pensar em tudo. Mesmo quando se tem obrigações europeias.

PS - Deram-nos esta boa nova como informação segura. Esperemos que não falhe, por todos os motivos.