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sábado, 29 de março de 2014

PORTO SANTO


PIOR A EMENDA...





A modos que estão interessados em fazer render a história da reunião da Câmara do Porto Santo que era para ser na quinta-feira e passou para sexta-feira, tornando a ser alterada finalmente para quarta-feira da semana que vem.
São justificações na imprensa deste sábado com argumentos diferentes daqueles que o presidente da Câmara apresentou no ofício com a última convocatória (para a próxima semana). Aqui, no ofício que mostrámos no artigo anterior, Filipe atribui o quiproquó ao calendário da visita dos eurodeputados, que implicaria com a reunião de quinta. Quanto ao segundo adiamento, seria para tornear falhas burocráticas na primeira convocação.
Já hoje, o homem fala em não querer acicatar mais os ânimos entre maioria e oposição. Se quisesse, adianta ele, até poderia fazer a reunião de sexta, porque um dos dois vereadores do PPD se ofereceu para participar nela, garantindo o quorum.
Bem, o caso complica-se. 
Afinal, se poderia ter havido quorum - e o vereador PPD confirma que estava disposto a participar, a bem da nação -, por que diabo Filipe Menezes não fez a reunião para ultrapassar a confusa situação, acabando com uma salsada imprópria de uma entidade oficial?
Será que a sua vice-presidente também iria participar ou preferia fugir à trapalhada, complicando a vida do presidente?
Que ânimos a realização da reunião iria acicatar se - tomando por verdadeiros os últimos dados oficiosos - ela, reunião, só teria um vereador da oposição ausente, já que havia um PPD disposto a comparecer, aquele cuja mulher trabalha na Câmara?  
Por que não se explica com objectividade o presidente na lengalenga da última convocatória, ficando-se por visitas de eurodeputados, artigos e parágrafos da lei?
No meio de todas estas marcações e desmarcações, lembrou-se o edil de que a reunião, sendo a última do mês, é aberta aos munícipes, que merecem consideração e respeito?
Em resumo: há uma reunião para a qual não se fez convocatória normal. Vereadores recusam-se a participar nela. À última hora, adia-se a reunião para o dia seguinte. Depois, há dúvidas sobre o quorum. Desmarca-se a segunda reunião. Desfeitas as dúvidas, às tantas paira a sensação de que já existem participantes a mais. Apesar da pacificação, é um vereador da oposição que vai mostrar ao presidente os perigos de fazer uma reunião que desrespeitou prazos e que, portanto, pode levar à invalidação das deliberações. 
Não estamos a inventar, lemos hoje. 
O presidente, alertado pelo vereador da oposição, toca de adiar a reunião mais uma vez, para a semana seguinte. E nesta última convocação, para justificar os avanços e recuos, fala simplesmente da visita dos eurodeputados e de artigos regulamentares. 

Vá lá, presidente Filipe, olear a máquina municipal de modo a evitar estes solavancos que perturbam a governação do concelho porto-santense. Como sabe melhor do que nós, a ilha não precisa que lhe inventem problemas, porque berbicachos bem incómodos tem ela por resolver desde o tempo de nossos avós.

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