JARDIM AINDA SONHA
COM UMA VAGA DE FUNDO
NO 'CHÃO DA LAGOA'
O sonho não paga imposto... |
Só agora, que se vê com um pé fora do poder no PPD, Jardim descobre que os actuais partidos estão esgotados e que o povo quer outros novos. No entanto, se conseguir vaga de fundo no Chão da Lagoa, 'Meio Chefe' voltará a gritar que o PPD-Madeira é o único que "põe a Madeira em marcha".
Não é para outra coisa que Jardim quer paralisar o processo de sucessão durante alguns meses: ele está à espera de ver o jeito do povo, dia 27 de Julho, ao calor dos comes-e-bebes, sol aberto, música pimba e mar de bandeiras laranja. Quem sabe se a populaça, entre militante e foliões em geral, não pega nele ao colo exigindo, sob os efeitos da serra, que ele se recandidate à liderança do partido?
Para dramatizar mais o ambiente, chefe já fez a comissão política avalizar, segunda-feira, a escolha do 'Chão da Lagoa' para celebrar os 40 anos de vida do PPD-Madeira.
Do meio dessa atmosfera talvez se veja emergir o 6.º candidato, a surpresa. É questão de o povio dizer 'sim' quando Jardim perguntar se não é preciso alguém que torne a unir o partido.
Comissão política nem viu nem avalizou regulamento nenhum
Dizíamos que a comissão política avalizou segunda-feira... mas avalizou o quê? Avalizou, ponto e vírgula. O que chefe diz aos jornalistas não tem muito a ver com o que se passou antes na reunião da comissão política.
Essa reunião, segundo as declarações finais à imprensa de Jardim, também teria dado aval a um regulamento feito por Jaime Ramos para orientar o processo eleitoral interno. Mas os comissários que alegadamente deram esse aval nem sequer viram o famigerado regulamento.
As coisas funcionam deste modo: Jardim quer isto, diz que o partido decidiu isto; quer aquilo, diz que o partido deu aval àquilo.
Só que ninguém votou nem deu o aval a nada, essa é que é essa.
Outro exemplo: as declarações à comunicação social indicaram que "a comissão política vê com bons olhos o regresso à actividade do FAMA" e que muitos elementos da referida comissão estarão no jantar do Fórum separatista, dia 5 de Abril.
Ora, natural será que alguns PPD's marquem presença no referido jantar, à semelhança de situações anteriores, para o chefe ficar contente. Só que vários comissários não se lembram de ter ouvido tocar no assunto segunda-feira, na reunião. Que é isso de "ver com bons olhos?", interrogam-se depois de saber das declarações aos jornalistas.
Às tantas, Jardim disse para o lado: "O que acha disto, Paulo?" E da resposta deduziu que a comissão política em peso acha muito bem que...
Uma comédia que se arrasta. Mas enfim, o homem descobriu uma forma de alimentar o sonho pelo menos até à festa do Laranjal, no planalto. É segurar os Delfins até lá.
Jaime 'legislador' irrita barões
Voltando ao regulamento a que a comissão política teria dado 'aval', mas que nunca viu 'mais gordo', importante é que o regulamento existe mesmo. Foi cozinhado à medida das motivações dos autores, Jaime e Jardim.
Além de ser mentira que a comissão 'avalizou' o regulamento a submeter à votação do conselho regional, sábado que vem, ele comporta uma série de irregularidades que muita azia já provocaram entre notáveis do partido.
Para começar, essa tarefa devia competir ao Conselho de Jurisdição (CJ), e não ao Secretariado, estuporam eles. Mas, soubemos agora, já foi assim em 2012 quando Jardim não perdeu com Miguel Albuquerque por uma unha negra. Essas eleições já se subordinaram a um regulamento feito à medida de Jaime e Jardim.
No mínimo, o regulamento para as próximas eleições internas devia ter sido presente ao CJ e não à Comissão Política Regional, que nenhuma competência tem na matéria.
Outra irregularidade: se o regulamento faz parte da ordem de trabalhos do conselho regional de sábado, o documento havia que ter sido enviado aos conselheiros, para o estudarem antes da votação. Mas é o vale tudo, como na comissão política, de onde saem aprovações de que ninguém teve conhecimento. Ou como no próprio conselho regional, que costuma dar aprovação a contas do partido que Jaime não mostra a ninguém.
Regulamento feito na taberna
"O dr. Alberto João acusa os outros de andarem a fazer campanha pelas tascas, mas esse regulamento é que parece ter sido feito por ele e pelo Jaime numa taberna", diz-nos um barão laranja particularmente incomodado com a situação no PPD. "Se o estatuto regional do partido é uma vergonha, este das eleições não lhe fica atrás."
Mais ataca o referido barão, que já deteve funções importantes no partido: "O que eu gostaria de ver também era a comissão política mandar para o Conselho de Jurisdição um processo contra o líder e o Gabriel Drumond. Eles não dizem mal do partido e que vão fazer outro? Isso não dá expulsão? O Conselho de Jurisdição que tomasse então a decisão certa."
Entre outras figuras conhecidas do Laranjal encontrámos sentimentos idênticos. João Cunha e Silva não escapa aos comentários. Dizem pares seus que ele não deveria aceitar para a mesma reunião do Conselho Regional a votação de uma proposta de antecipação de congresso e outra proposta de regulamento com datas marcadas, como se a votação da proposta de antecipação já estivesse previamente chumbada.
Proibir os candidatos de fazer campanha antes do 'Chão da Lagoa' também caiu mal nos barões da Rua dos Netos, indignados com essa tentativa de limitação da liberdade de cada um.
Já nada espanta naquele decrépito Laranjal. Pois se quem continua no mando é quem se diz farto do PPD-M e ameaça fundar um outro partido para combater o que mantém sob sequestro!
7 comentários:
Olha a menina do chapéu a frente , quem será será!
A famosa menina!
Sempre juntinho ao palco para bater palmas e mostrar a língua!
Eu defendo a expulsão de AJJ, JR e companhia! Fora com todos os corruptos que roubaram a Madeira e destruíram o PSD. Renovação JÁ!
Cunha e Silva, MSousa e Tranquada estavam no futebol. Não foram estes os informadores Fénix. Então há outros descontentes que não discutiram nada nessa reunião. Assumam-se e falem , ou deixem a comissão política. Se assim não for, são corruptos com a sua consciência, como outros vão ser sábado de braço no Ar.
Caro Luís Calisto
Esta gente já não tem dúvidas nenhumas de que fez asneira e da grossa. Mas em vez de arrepiar caminho, insiste na batota.
Também já não iriam a tempo de arrepiar caminho, Caro Coronel.
O Dr. Prada, Presidente CJ, que tem mantido um comportamento exemplar no caso das tentativas de expulsão de Miguel Albuquerque, não deverá permitir que outro órgão usurpe as funções que são estatutariamente atribuídas ao CJ.
Grave, muito grave mesmo, são as dolosas e públicas mentiras do Dr. Jardim: a ser verdade que o pretenso regulamento não foi apreciado nem votado em sede de CPR, nem tão pouco a questão do novo partido emergente do FAMA, Jardim assume dolosamente factos ficcionados, atribuindo à CPR decisões paridas apenas pela sua vontade e não do colectivo. Mente publicamente para impor a sua vontade, consciente que o seu comportamento ultrapassa a própria legalidade e é punida socialmente pela ética e pela deontologia.
Meus Deus, ao que isto chegou!
e o Sr Prada caladinho a ver a Fama passar dentro do PPD
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