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sábado, 23 de julho de 2016





VERÃO 2016 

(3)






DATCHAS E BLUFFS




Mesmo sob este intenso calor, continua vicejante o anedotário regional inspirado nas datchas do Porto Santo. A torneira de piadas abriu-se quando Miguel Albuquerque chegou ao poder nas Angústias com a obrigação de passar a factos as promessas feitas durante as suas campanhas eleitorais - a interna do PSD e a regional. Uma delas, para capitalizar definitivamente o anti-jardinismo, consistia em acabar com as memórias estivais do regime tabanqueiro no areal, alienando as famosas datchas onde o monarca deposto costumava ressacar as boémias do Henrique e do Posto Avançado da Democracia.
Não obstante as tentativas, na hora da verdade é o resolves. 
Insistentemente confrontado com o magno problema pela comunicação e pelos opositores, Chefe Azul e seus desvanecidos asseclas garantiam com palavras graves, pouco depois do acto de posse do novo sistema, que as casas já tinham diversos interessados.
Um mês depois, era Eduardo Jesus a garantir que dentro de um mês as ditas estariam vendidas e por bom preço.
De repente, o concurso para a venda das casas ficara deserto.
O tempo a correr quando, afinal, a legislação proibia alienar aqueles bens da Região, ainda por cima localizados nas dunas, em cima de domínio público marítimo. Sapatilha mais difícil de descalçar!
Falou-se então na solução do arrendamento.

Se no santo ano de 2015 andámos nisto, com as línguas verrinosas a criar piadas de café, este 2016 entrou pelo mesmo caminho.
Até que, inundadas de anedotas as praças da 'bilhardice', no princípio de Abril foi hora de 'alto e pára o baile' - Blue Chefe quis, a 'comunicação' sonhou e a manchete nasceu: "Casas no Porto Santo despachadas em 30 dias". Nem mais!
Perante o gozo de empresários que se faziam interessados para retirar as propostas na hora H, o governo resolvera disponibilizar as famigeradas datchas - que o anterior inquilino de Verão deve ter embruxado - para o chamado alojamento local, em regime de concessão por 15 anos. Segundo a enésima notícia, o governo tinha "em cima da mesa" uma proposta de 1000 € mensais e ficaria um mês à espera de ver quem dava mais.
Semanas passadas, o povo intrigava-se: como está a correr o enfeitiçado processo? 
Soube-se, quase um mês e meio depois, que o primeiro concurso ficara deserto, mas que, a 10 dias do final do prazo de novo concurso - era o DN a contar -, já havia 11 interessados, 6 dos quais com propostas "em cima da mesa".
Notava-se na propaganda do governo um tique de vendedor de prédios: "Caro senhor, venha depressa ver a casa, já tenho 3 interessados..."
E os empresários na laracha, nas costas do governo.
Agora mesmo, há 3 dias, caiu a notícia (n+1) de que o reinadio dono da PSL Luís Miguel de Sousa oferece 3 mil euros mensais para alugar as datchas. Para que raio quer Luís as casotas do governo, com tanto hotel que possui no Porto Santo? Ora, o governo regional não dorme e continua com o processo aberto. A ver se aparece alguém que lhe resolva este problema com barbas. No fundo, Miguel Albuquerque percebe que o dono dos transportes marítimos e dos portos quer é divertir-se também na saga das datchas. 
No lugar do presidente do Blue Establishment, eu metia um cagaço ao malandro Luís Miguel. A ideia está na foto que abre esta crónica. É inofensiva e até foi tirada do 'Lobo Marinho'.
Pode ser que o homem se decida pegar mesmo nas datchas, nem que seja para arrecadação da empresa naval.

3 comentários:

Anónimo disse...

Como mamar à grande na Madeira:

Há um concurso público, ofereces uma quantia exorbitante que ninguém consegue igualar antes das 4 da manhã no JAM. Tipo 3000 €/mês pelas datchas ou 4000 €/mês pelo estaleiro debaixo do aeroporto.

Uma vez ganho o concurso, esquecer rapidamente a renda e começar a desenvolver o negócio. Qualquer tentativa dos tontos cobrarem a choruda, é só dizer aos funcionários que se quiserem manter o posto de trabalho é bom que façam barulho. A natural falta de tomates, ou conivência expressa, da tutela fará o resto.

Se tudo falhar, meter em tribunal exigindo uma indemnização gordinha, por incumprimento da concessão.

É fácil!

Luís Calisto disse...

Ora bem! Passa pela cabeça de alguém que os operadores paguem alguma coisa pelas instalações e uso naval da Pontinha e Caniçal? Isso é para os otários!

Anónimo disse...

É a sem vergonha total instalada. Este PSD de Albuquerque está 200% pior que o de Alberto João Jardim. Há muitos mais esfomeados e muito menos dinheiro para distribuir. Eles comem tudo, eles comem tudo.