Comissão
Europeia confirma corte no POSEI
– mais prejuízos para a Madeira
No
âmbito da discussão sobre o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, a Comissão
Europeia propõe um corte de 3,9% em todos os programas de apoio às regiões
ultraperiféricas. Os envelopes financeiros associados ao POSEI, “Programa de
Opções Específicas para fazer face ao Afastamento e Insularidade”, destinados
aos arquipélagos dos Açores e da Madeira serão, assim, significativamente
afectados.
Os
deputados do PCP no Parlamento Europeu consideram que este corte, que acresce
aos cortes já anunciados na política de coesão e na Política Agrícola Comum, é
inaceitável e confirma as prioridades da União Europeia, cada vez mais
afastadas das necessidades dos Estados-Membros enfrentando maiores
dificuldades, do apoio aos seus sistemas produtivos e às suas populações, e
cada vez mais orientadas para os interesses das principais potências da UE e
dos seus grupos económicos.
Importa
sublinhar que o corte anunciado, de 106,2 milhões para 102,1 milhões de euros,
para os Açores e para a Madeira é apresentado a preços correntes. Ou seja, na
realidade, a preços constantes ajustados pela inflação, estes cortes são na
realidade muito maiores. A concretizarem-se, estes cortes não deixariam de ter
consequências profundamente negativas para as regiões dos Açores e da Madeira e
para as suas populações.
Os
deputados do PCP no Parlamento Europeu, a par de uma profunda modificação da
Política Agrícola Comum, da necessária restauração do POSEI-Pescas (fora do
Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas) e da criação de um programa
específico POSEI-Transportes, exigem um orçamento comunitário que faça justiça
e compense Portugal, particularmente as suas regiões autónomas, pelos prejuízos
acumulados decorrentes de políticas contrárias aos interesses do país impostas
pela União Europeia e cujas consequências no nosso aparelho produtivo são bem
visíveis.
Pl’o Gabinete de Imprensa do PCP
Funchal, 14 de junho de 2018
4 comentários:
Não colocando em causa a justiça ou injustiça dos cortes, esperados, aliás, devido à saída do reino Unido da União, não deixa de ter piada um dos principais partidos anti-europeístas e apoiantes da saída de Portugal da União, vir criticar o facto de recebermos menos dinheiro dessa mesma União de onde querem sair. Mais alguém vê aqui a incoerência?
É o que dá termos incompetentes em lugares chave.
Menos subsídios para os Sousas..
O governo do PS o que está fazendo para defender as suas Regiões Autónomas? Este assunto é da competência do governo da República. Cafofo devia deslocar-se a Lisboa e reunir com o António Costa para dar murros na mesa.
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