Voto de Protesto
Contra a recente concessão da linha Ferry ao Grupo
Sousa
Numa estratégia muito semelhante ao que se faz em Angola e Venezuela,
o Governo Regional concedeu novamente ao Grupo Sousa, por intermédio de um
concurso internacional fantoche, feito à medida dos interesses deste mesmo
grupo, a concessão da linha Ferry, que ligará a Madeira ao Continente
Português.
Depois do anterior governo do PSD ter fogueteado o antigo armador
ARMAS, com as mais requintadas manobras maquiavélicas, e sempre com intuito de
proteger este grupo monopolista, nunca mais nenhum armador se interessou em
concorrer na região, por saber que este grupo é ferozmente protegido pelos
governantes regionais.
Mas, o mais perverso e absurdo, é que com este Contrato de Concessão
de Serviços Públicos, o Grupo Sousa, além de proteger e reforçar
ignominiosamente o seu monopólio de transporte de mercadorias e viaturas para a
região, mandou um sinal claro e inequívoco para a concorrência exterior, de que
qualquer grande negócio público que envolva a Madeira e o Porto Santo, eles têm
que aparecer obrigatoriamente como intermediários/sócios, numa atitude muito
semelhante ao que acontece em Angola ou na Venezuela, em que qualquer empresa
que queira participar num negócio público, tem que chamar para parceiro, ou um
General ou um politico influente do país, porque só assim é que consegue concretizar o empreendimento.
Aliás, transparece para a opinião pública, que o ARMAS só regressa à
região, a troco de milhões de euros do dinheiro dos contribuintes (quando
anteriormente quase fazia de borla) e após pagar uma espécie de “tributo
medieval” ao Grupo Sousa, e mesmo assim, amarrado e limitado a condições
completamente estapafúrdias, como por exemplo, ao transporte altamente
condicionado de viaturas e de carga contentorizada rodada não acompanhada.
Assim, no âmbito das suas competências estatutárias e como órgão
máximo representativo do povo da Região Autônoma da Madeira, esta Assembleia
Legislativa aprova este voto de protesto.
Funchal,
13 de junho de 2018
O
deputado não inscrito
3 comentários:
O que queres? Somos uma espécie de Republica Centro Africana, que no centro tem os Sousas.
Gil concordo, se arranjadas alternativa, senão não concordo. Abraço.
Estamos reféns desta associação de malfeitores, que é, de facto, dona disto tudo, pois ja acorrentou o cafofo, não vá o gajo vencer em 2019. Eles não têm dono, eles ja sao donos do porto santo e nao tarda nada sao donos da madeira.
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