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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Gil Canha no Parlamento



Voto de Protesto 
Contra a recente concessão da linha Ferry ao Grupo Sousa


Numa estratégia muito semelhante ao que se faz em Angola e Venezuela, o Governo Regional concedeu novamente ao Grupo Sousa, por intermédio de um concurso internacional fantoche, feito à medida dos interesses deste mesmo grupo, a concessão da linha Ferry, que ligará a Madeira ao Continente Português.
Depois do anterior governo do PSD ter fogueteado o antigo armador ARMAS, com as mais requintadas manobras maquiavélicas, e sempre com intuito de proteger este grupo monopolista, nunca mais nenhum armador se interessou em concorrer na região, por saber que este grupo é ferozmente protegido pelos governantes regionais.

Mas, o mais perverso e absurdo, é que com este Contrato de Concessão de Serviços Públicos, o Grupo Sousa, além de proteger e reforçar ignominiosamente o seu monopólio de transporte de mercadorias e viaturas para a região, mandou um sinal claro e inequívoco para a concorrência exterior, de que qualquer grande negócio público que envolva a Madeira e o Porto Santo, eles têm que aparecer obrigatoriamente como intermediários/sócios, numa atitude muito semelhante ao que acontece em Angola ou na Venezuela, em que qualquer empresa que queira participar num negócio público, tem que chamar para parceiro, ou um General ou um politico influente do país, porque só assim é que  consegue concretizar o empreendimento. 
Aliás, transparece para a opinião pública, que o ARMAS só regressa à região, a troco de milhões de euros do dinheiro dos contribuintes (quando anteriormente quase fazia de borla) e após pagar uma espécie de “tributo medieval” ao Grupo Sousa, e mesmo assim, amarrado e limitado a condições completamente estapafúrdias, como por exemplo, ao transporte altamente condicionado de viaturas e de carga contentorizada rodada não acompanhada. 
Assim, no âmbito das suas competências estatutárias e como órgão máximo representativo do povo da Região Autônoma da Madeira, esta Assembleia Legislativa aprova este voto de protesto.
  
Funchal, 13 de junho de 2018

O deputado não inscrito

3 comentários:

Anónimo disse...

O que queres? Somos uma espécie de Republica Centro Africana, que no centro tem os Sousas.

Anónimo disse...

Gil concordo, se arranjadas alternativa, senão não concordo. Abraço.

Anónimo disse...

Estamos reféns desta associação de malfeitores, que é, de facto, dona disto tudo, pois ja acorrentou o cafofo, não vá o gajo vencer em 2019. Eles não têm dono, eles ja sao donos do porto santo e nao tarda nada sao donos da madeira.