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domingo, 21 de agosto de 2016

Erro de paralaxe: o incrível acontece na RTP-Madeira







JORNALISTAS VIRAM NOTÍCIA...
E HERÓIS DOS INCÊNDIOS!







Há sobremesas que só servem para estragar o jantar. E não há exemplo mais flagrante do que a pratada servida minutos atrás na pantalha da RTP-Madeira. Acabava eu de mandar abaixo um peixinho grelhado. Em vez de uma digestão santificada, a indigestão. A náusea a escorrer ecran abaixo.
De uma pessoa beliscar-se a ver se está bem acordada.
A que ponto chega o umbiguismo de uma estação de televisão doentiamente inconsciente, desfasada da realidade. Inconsciente porque não se dá conta do quanto é desprezada pelos cidadãos para quem devia trabalhar - e muito bem paga para isso.
Atalhando caminho, decidiram lá em cima parir um programa que, como se percebeu, visava gerar uma apoteose ao vivo: os profissionais da casa aplaudidos por aqueles que supostamente deviam ser os homenageados. Sim, o público do programa era constituído por forças que andaram no terreno a combater os fogos. E o tema do programa era 'tributo à coragem', se não estou em erro.
Tributo à televisão do cavalo, isso sim, está bom de ver.
Uma vergonha que um telespectador, de ver o bonito espectáculo e sem culpas naquela m... se sente tentado a meter-se num buraco.
Nunca vi momentos tão vergonhosos na RTP-Madeira - e vejo a estação, por onde passei duas vezes, desde o primeiro dia de emissão, já lá vão 4 décadas!
Tão ridículo, nem sequer os 'alertas CM' a gabar os comentadores que acompanham os atentados em Paris...
Vejamos. Chama-se à Levada do Cavalo a artista Vânia Fernandes para trocar de lugar com os entrevistadores e fazer de jornalista, entrevistando... jornalistas lá da casa! E convidam-se operacionais do combate aos fogos para aplaudirem os mesmos profissionais da Levada do Cavalo!
Ou seja, um aplauso aos crânios da RTP que montaram o esquema, do mais incompetente que já se viu, de cobertura aos fogos.
Pois bem: aquilo em que todos os jornalistas temem cair aconteceu descaradamente há bocado. Mas pior: os jornalistas, mais do que se tornarem notícia, foram catapultados à condição de jornalistas-heróis e campeões da coragem! 
Não sonhei isto. Televi claramente.
...E com os jornalistas sentados, a ser entrevistados pela cantora, lá no meio da bancada, para dar estilo à coisa.
Resta-me uma esperança: os jornalistas da RTP devem ter acedido a tal papel depois de ameaçados de despedimento. Não acredito que aprovassem aquela ideia estapafúrdia e profissionalmente aberrante da direcção desequilibrada instalada pelos Sousas lá em cima.
Além da agressão aos princípios elementares do jornalismo, cuidado: aquilo acolá não é comportamento normal. O caso exige muitos cuidados. 
Por outras palavras: está tudo louco!

Moral da história: quem me manda consumir as loucuras da Levada do Cavalo à sobremesa?

22 comentários:

Jorge Figueira disse...

Meu Caro tem uma solução semelhante à minha. Limite-se agravar os noticiários para vê-los em diferido. Vê-se aquilo em 10 m, não precisa mais. A razão é simples, expurgam-se as notícias sem qualquer interesse introduzindo a "rapidissima".
Corre-se risco de às vezes perdermos um ou outro programa com particular evidência os do Prof. Raimundo Quintal.
Mas compreendo-o dado que passou por lá, aí dói muito mais!

Anónimo disse...

Quo vadis, RTP-Madeira?
Só faltou o elogio à sucursal chamada ACIF

Anónimo disse...

Lembro-me de um director adjunto de um diário que convidou o presidente do Governo para fazer uma edição do dito diário. Já não me recordo é do nome desse director, mas talvez o senhor Calisto me possa ajudar.

Anónimo disse...

O pior é que aquilo transformou-se noutra coisa bem pior: na lavagem da cara ao regime, ou como diz o Calisto, ao blue establishment. Tanta coisa para concluir que o sr. Governo foi o maior e o melhor. Mas voltamos à velha tabanca, ou lá que raio é aquilo?!

Luís Calisto disse...

Ao anónimo das 12.27


Peço aos Leitores que não percam tempo com o estenderete a que me vejo obrigado. Passem à frente, pois, a não ser que queiram rir um bocadinho.
Sr. Anónimo: quer saber o nome do director ou o nome do director adjunto? A pergunta não é clara.
Em todo o caso, lamento não poder ajudar. Essa iniciativa não foi no meu tempo.
Antes de avançar, porém, digo-lhe que, se lá estivesse à época e me perguntassem sobre o assunto, eu apoiaria a ideia de convidar o presidente do governo para dirigir uma edição. Sendo uma data assinalada, acho interessante. E nem sequer seria novidade, já o vi ao nível nacional.
O que me intriga é: que tem a ver alguém ter convidado um presidente de governo para fazer uma edição de jornal numa data especial com a denúncia da degradação televisiva descrita no presente post e que motiva o comentário do anónimo?
Eureka! Já sei. O comentador quer dizer: criticas a RTP do Miguel mas quem fazia as edições do DN no teu tempo era o AJJ. Porque se o convidaste uma vez, convidaste sempre.
Pronto, ok, bem pregado, apesar da falha de memória. Mas a partir de agora vai ser preciso debatermos essas e outras patifarias jornalísticas com os polemistas devidamente identificados. Isso de ficar na sarjeta do esgoto, escondido no meio da merda dos ratos, a mandar dinamite para a sociedade sabendo que não há resposta possível para fantasmas, isso fica muito feio. Ouviste, covarde?
Resumo: identifica-te e poderás continuar a descontextualizar episódios para atenuar as comichões de inveja. Na resposta, não precisarei de descontextualizar, algo me diz que temos histórias da grossa.

NB - Mais uma vez, peço desculpa aos Leitores que leram tudo. Eu avisei.










Anónimo disse...

Depois de haver a TV Cabo não me lembro de ver a RTP/M, é pior que a TV Galicia.

Alguém perde tempo a ver enlatados e notícias requentadas?

O cortador de lenha de S. António disse...

Sr. Calisto, mais uma vez: o jornalismo na Madeira anda de rastos. Uma vergonha. Incompetentes, protagonistas, vaidosos, sedentos de mediatismo. A RTP-M é um caso perdido e só estranho que a Comissão de Trabalhadores não se tenha pronunciado sobre esta vergonha. Só importa dinheiro e promoções?

Anónimo disse...

«Sendo uma data assinalada, acho interessante».
Se a memória não me atraiçoa, era a data do 50.º aniversário do ditador da aldeia.
«Sendo uma data assinalada, acho interessante».

Luís Calisto disse...

Atenção, sua burra, sem ofenda aos quadrúpedes.
Nos 50 anos do ditador não houve edição nenhuma dirigida por ele, mas sim uma revista (como a de domingo) sobre o dito-cujo, editada por toda a redacção do DN. Mas fui eu mesmo o da ideia, saiu tudo desta cachimónia.
E daí? Estou tão complexado que continuo aqui com a cara bem à vista.
E tu, borrabotas?

Anónimo disse...

«E daí? Estou tão complexado que continuo aqui com a cara bem à vista.
E tu, borrabotas?».
Calma, Senhor Calisto, não leve as coisas tão a peito. Sou um grande fã da sua escrita e do seu blogue e não quero que fique zangado! Agora, também gosto de ir ao meu baú de recordações e tirar umas relíquias de vez em quando. No caso do diário elaborado pelo ditador, tenho a certeza que isso foi feito. Se não foi no 50.º aniversário foi noutra data qualquer. Uma infeliz ideia, seja lá quem foi o crânio que a pariu.

Assinado, O anónimo das 12:27 e das 22:43

Anónimo disse...

A Entidade Reguladora da Comunicação Social não tem nada a dizer sobre isto?
Eles viram o relato do repórter da TVI sobre a sua situação pessoal e acharam que podiam tentar fazer algo do mesmo género.
Para o povo que temos estão à espera de quê?

Anónimo disse...

Ainda bem que temos internet. O Diário de Noticias é agora o Boletim da Câmara do Funchal e o JM um boneco articulado do Governo Regional. A RTP/Madeira é um feudo dos Sousas... mas temos a internet para romper o bloqueio dos vendidos do jornalismo. AINDA BEM!

Eu, o Santo disse...

Os laranjas têm muito melhor memória que a Oposição... e não têm pejo em difundir informações com o intuito de salvaguardar seus interesses.
Essas informações difundidas, normalmente têm como objectivo denegrir a imagem dos opositores, assediar esses mesmos opositores e baralhar a população.

Os laranjas também estão melhor organizados.
Como pouco fraco, são muito pouco inteligentes, pelo que utilizam toda a sua Organização e Conhecimentos para defender o indefensável (exemplos claros incompetentes, corruptos, erros graves grosseiros...). Assim,vamos aprendendo como eles fazem...

Luís Calisto disse...

Ao fantasma das 12.27, 22.43 e 23.21

Continuo sem perceber a relação entre o badalado 'espectáculo' da RTP-M, em que se fez notícia de uma cobertura normalíssima dos incêndios, bem executada pelos profissionais embora numa linha editorial péssima (dar a cara dão-na todos os dias em todas as televisões e notícia seria se se recusassem a cumprir a sua obrigação e não fizessem as reportagens) - não percebo a relação entre essa situação e uma iniciativa do DN - aliás boa e feita com transparência, com os leitores informados do que estavam a consumir, sem batota editorial. Mas o sr. tem o direito de não gostar.
Acontece que eu também não gosto de falar com fantasmas valentões que têm um baú cheio de pseudo-histórias dos outros mas ficam no anonimato para os outros não lhe rezarem a cartilha do baú deles, valentões. É uma cobardia vomitiva, que provoca náuseas. Por que não se identifica para a gente ver o seu armário de esqueletos?
É por isso que acaba já o quarto de hora de fama do borrabotas, que dispenso vivamente da condição de "fã da escrita e do blogue". Isto aqui no Fénix é forte e feio, de cara à vista, gente valente, e os comentadores anónimos não passam calúnias e insultos a outrem se não houver possibilidade de contra-ataque.
Fique lá na sarjeta imunda dos cobardes. Ah, e eu não estou nada zangado, ao longo da vida habituei-me a lidar com esse género de criaturas: desprezando-as. Estou bem disposto como sempre e mesmo com o céu nublado vou daqui a minutos entrar no Atlântico (mas volto).
E assim termina mais um capítulo da treto-novela 'Falando com os fantasmas de sarjeta'.
LCalisto

Anónimo disse...

O Senhor Luís Calisto está arisco. Descontraia, homem.

Anónimo disse...

Sábado à noite é que deveria ter dado a repetição do RVM. Não se perdia nada. Ao menos deu para encher o ego a meia dúzia de jornalisteiros que gostam disto, e para promover as cantoras. Aposto que daqui a uns dias têm um programa só delas...

Luís Calisto disse...

Comentador das 10.26

Descontrair depois daquele resultado contra o Vitória de Guimarães?!

Anónimo disse...

criticam porque cafofa , edgar e roberto almada não apareceram

Anónimo disse...

«Descontrair depois daquele resultado contra o Vitória de Guimarães?!»
Veja as coisas pelo lado positivo. No próximo ano, Marítimo e Nacional estão na Liga de Honra, a fazer companhia ao União, e o erário público poupa uns milhões. O bónus disto tudo será ver o Carlos Pereira e o Luís Miguel Sousa (os donos do amado clube do Calisto) a fazerem contas de cabeça para pagar as dívidas do novo estádio.

Anónimo disse...

A comunicação social madeirense está carunchenta e vai acabar por ficar em pó. Com a Internet e as redes sócias ficou bem a vista a fraca qualidade ou a inexistência desta e os truques para favorecer certas pessoas e grupos a troco favores ou de publicidade. Antes era mais fácil enganar o "povo superior", hoje em dia temos aceso mais rápido as noticias nas redes sociais e em alguns blogues sem passar pela peneira do poder político/empresarial da mamadeira.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 15:35,

o CS Marítimo não vai descer, aponto para uma classificação igual a da ultima época.

Já o Carlos Pereira, como sempre já vai um passo à frente. Repare quem foi o artista mais aplaudido no dia da apresentação em comparação com o que foi apupado e já agora no dia do jogo naquela que era a homenagem aos Bombeiros, quem foi receber a placa comemorativa.

Cumprimentos

Verde Rubro

O de ontem no supermercado disse...

Ó Luís, se um chorou na TVI por que é que outros não teriam palmas na RTP-M? Sempre a pegar... ;)