PARA BOM ENTENDEDOR...
O nosso colaborador Ricardo Vares acha que convém dar atenção ao seguinte extracto do recente programa da RTP-M:
Governo Regional vs. Câmara Municipal do Funchal
A ação planeada e o Impulso
Programa Interesse Público – RTP Madeira – 25 de agosto 2016 | minuto 11 ao minuto 15.
Gil Rosa/RTP
Relativamente às habitações. Qual foi o papel da autarquia? Foi só fazer uma inventariação ou houve aqui uma relação estreita com o Governo? Porque ficou a ideia que a responsabilidade de arranjar casa para as pessoas ficou exclusivamente nas mãos do Governo. Também teve aqui algum trabalho?
Presidente CMF
Não. A câmara aqui não teve qualquer trabalho nessa matéria…
Gil Rosa/RTP
Mas a câmara também tem uma empresa de habitação…
Presidente CMF
Com certeza. Com certeza. Mas… enfim. Vamos lá ver. Estamos a falar das mesmas pessoas. Tem que haver uma articulação entre o Governo Regional e autarquia para não haver uma sobreposição de competências ou de ações concretas, porque temos que canalizar aquilo que o Governo deverá fazer e aquilo que a câmara deverá fazer.
Gil Rosa/RTP
No terreno ficou um pouco a ideia que a câmara estava para um lado e o Governo estava para o outro?
Presidente CMF
Logo na reunião que tivemos com o Sr. Primeiro-Ministro ficou decidido que o realojamento seria realizado pelo Governo Regional. E foi assim que foi. Aliás, inclusive, no Dia da Cidade elogiei a ação do Governo no realojamento das pessoas que foram afetadas.
Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais
Mas, antes disso, existe um Plano Regional de Emergência, o qual estabelece, precisamente, os critérios e onde está definido, por exemplo, e é importante que as pessoas percebam, o porquê de serem encaminhadas para o RG3. A partir do momento, em que tivemos a noção exata, de que teríamos pessoas a sair de suas casas devido à dimensão dos incêndios e devido ao fumo, foi criado um espaço de acolhimento no Clube Desportivo de S. Roque, onde me encontrava desde as 18 horas.
Gil Rosa/RTP
Espécie de Centro de Comando ali da operação…
Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais
Não. O Centro de Comando estava no chamado Encontro, em S. Roque, onde estava a nossa carrinha de Comando, onde se encontravam elementos do Serviço Regional de Proteção Civil, o comandante dos bombeiros de Santa Cruz – que se manteve sempre presente – e, depois, criamos o Centro de Acolhimento. O Plano regional de Emergência está definido. E é por isso que, logo, naquele momento, estavam os bombeiros, a Cruz Vermelha e a PSP. Estava lá tudo preparado. Foi criado o Centro de Acolhimento no Clube Desportivo de S. Roque, assim como, quando os fogos começaram a transitar para a zona de Sto. António eu ativei a Casa de Saúde São João de Deus e quando os fogos começaram na zona do Monte foi ativado o Colégio Missionário que também acolheu pessoas.
E o RG3 está definido no nosso Plano Regional de Emergência, que foi aprovado ainda este ano, e que já não era atualizado desde os anos 90, quais são os passos. As pessoas vão para o RG3. Tanto que nós, Segurança Social, depois pagamos uma diária ao RG3 daquilo que lá se passou.
E está definido quem atua na parte da emergência e quem atua na parte da recuperação, que é onde entra, precisamente, o Instituto da Habitação ou com a questão dos realojamentos que é uma fase pós-acolhimento, tratamento, encaminhamento.
Ricardo Vares
4 comentários:
A actuação de Cafofo foi zero. Foi a correr para os locais onde estavam as câmaras de TV. Não deu qualquer instrução aos funcionários. Na vertente cartográfica, zero, proteção civil, zero, realojamento, zero. A actuação dele é a maior mentira dos últimos anos, e só o Calisto tem a coragem de de denunciar. Comunicação social todas compradas. Não são jornalistas, são umas putos!
Em caso de desastre, como foram os incêndios, não deve de haver umbigos. Deviam de trabalhar em sintonia, mas em primeiro lugar cada um devia de saber o seu local e a sua missão. As vaidades têm de ficar em casa, de preferência na retrete!
Vamos lá a esclarecer uma coisa. É verdade que num bordel há muitas 'meninas' mas nem toda a gente que trabalha num bordel é 'menina'. Há o segurança à porta, o homem do bar, a mulher que faz as limpezas... enfim, nem toda a gente é 'menina' no bordel da comunicação social!
Tambem esta definido no Plano Regional de Emergencia de Protecao civil quem avalia os danos nas construcoes
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