Construção
de tanques de armazenamento de águas pluviais em zonas de risco de incêndios
Na ilha da
Madeira, nas últimas décadas, assistiu-se a um grande crescimento urbano
concentrado, sobretudo, na cidade do Funchal. A população empregada no sector
primário foi diminuindo em favor de outros sectores de atividade. O trabalho passou
a concentrar-se no Funchal o que fez com que houvesse deslocações de um avultado
número de pessoas para a capital do distrito.
A elevada
procura fez com que a construção de habitações crescesse, ao sabor do acaso,
sem que se obedece-se a qualquer planeamento e ordenamento do território.
Abrangendo
as freguesias periféricas da cidade, hoje ampliada, de facto, por força
desse
desenvolvimento: as freguesias de S. Martinho, Monte, Imaculado Coração de Maria,
S. Gonçalo, Santo António, e S. Roque.
Contudo, a
inexistência de planeamento e ordenamento do território, verifica-se um pouco
por toda a ilha da Madeira; são casas soltas, junto a encostas e leitos das ribeiras,
no meio de pinheirais ou entre poios de bananeiras, sob trepadeiras de vinhas e
pimpinelas, em zonas de difícil acesso tornando-se um risco em situações de emergência
e catástrofes naturais. Como se sucedeu no 20 de Fevereiro de 2010 e recentemente
nos trágicos incêndios do 8 e 9 de Agosto, que deflagrou em seis concelhos da
Região.
Perante a
impossibilidade de “redesenhar” a ilha da Madeira, após a construção desenfreada
que se verificou nas últimas décadas, não obstante que as construções
futuras
devam reger-se a um planeamento e ordenamento do território mais rigoroso, há
que apostar na minimização dos riscos e apostar na sua prevenção, recorrendo às
forças da própria natureza.
Sendo a ilha
da Madeira rica em água e com um regime de precipitação intenso nos meses de
inverno, há que aproveitar e armazenar essas águas para os períodos de seca e
intenso calor. Até porque uma das grandes queixas das populações, quando se depararam
com o fogo junto dos seus terrenos e habitações foi a falta de água. Muito património
poderia ter-se salvo se houvesse água para combater as chamas – este foi o lamento
de muitos populares.
No âmbito
das medidas e ações para defender o território da Região Autónoma da Madeira
dos incêndios florestais e urbanos, assume especial relevância a construção de
tanques de armazenamento de água pluviais em zonas risco, ou seja, em locais propícios
a incêndios. Que poderiam servir em simultâneo para agricultura, contando que
fosse garantido uma reserva significativa para a eventualidade de ocorrência de
incêndios nos meses de Verão.
Sendo que a
aposta na agricultura na prevenção de incêndios também é fundamental, podemos
constatar que nas zonas altas do Funchal muitas casas foram poupadas às chamas
porque os terrenos circundantes estavam cultivados com produtos hortícolas.
Assim, em
conformidade com a Constituição da República Portuguesa e com o Estatuto
Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira e de acordo com o Regimento,
a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira delibera que se recomende
ao Governo Regional:
1. Proceda à
inventariação das zonas de risco de incêndio
2.
Construção de tanques de armazenamento de águas pluviais nas zonas de risco de
incêndio
Funchal, 29
de Agosto 2016
O deputado
do PTP na ALRAM
4 comentários:
Muito bem,esqueçam a "politquisse" e aproveitem esta ideia. Parabéns.
A jpp ainda vai ter que explicar melhor a história do turista que veio à Madeira com donativos.... quando souberem..... uiui
Fiz um estudo sobre o que é proposto.
Em certas condições é viável economicamente.
Apresentei este estudo ao GR.
Anexo um resumo de dois minutos do estudo.
https://m.youtube.com/watch?v=F1WrQwiCS9E
conta mais anonimo das 20:31
não me digam que ele angariou os fundos para passar umas ferias na Madeira
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