Pela salvaguarda dos direitos laborais
dos
trabalhadores da ARM
Na iniciativa que hoje teve lugar junto às instalações
da Empresa ARM no Parque Empresarial da Zona Oeste, Câmara de Lobos, foram
apresentadas as seguintes declarações políticas pelo dirigente regional do PCP,
Ricardo Lume:
"A ARM - Águas e Resíduos da Madeira, SA, é hoje
uma das maiores empresas públicas na região, fruto da fusão realizada em 2014
com a IGSERV, a IGA, a IGH e a Valor Ambiente.
Em resultado desse processo, passou a ter cerca
de 700 trabalhadores, ou seja, a ARM, para além dos seus próprios
trabalhadores, passou a contar igualmente com todos os trabalhadores das outras
sociedades extintas, passando a ser uma das maiores empresas da Região em
termos de mão-de-obra.
A nível laboral a ARM, desde a fusão em 2014, é uma
verdadeira manta de retalhos com cerca de 120 trabalhadores contratados a
termos, 250 com vínculo à Função Pública e 320 do quadro efectivo.
Nesta empresa parte dos trabalhadores estão abrangidos
pelo AE- Acordo de Empresa, nomeadamente os Trabalhadores da Estação de
Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, outros pela Administração Pública
e outros pelo Código do Trabalho, originando uma grande desigualdade de
direitos e deveres dos trabalhadores, que trabalham lado a lado, na mesma
empresa, nomeadamente no horário de trabalho, onde a uns trabalhadores são
aplicadas as 35 horas e a outros 40 horas de trabalho semanal para o desempenho
das mesmas funções. A mesma desigualdade acontece na atribuição dos dias de
férias, faltas, feriados, folgas, pontes, trabalho extraordinário, trabalho por
turnos, descansos compensatórios, subsídio de refeição, de transportes assim
como nas remunerações.
O que seria de esperar desta empresa, de capitais
exclusivamente públicos é que, aquando da sua fusão fosse aplicado de imediato
o tratamento mais favorável a todos os seus trabalhadores. O que não aconteceu
até à data.
Actualmente está a decorrer as negociações do AE
-Acordo de Empresa para abranger todos os trabalhadores, entre a administração
da ARM e as estruturas representativas dos trabalhadores, e é necessário
salvaguardar os direitos laborais dos trabalhadores assentes nas seguintes
medidas:
- Aplicação do tratamento mais favorável ao
trabalhador;
- A não diferenciação dos trabalhadores dos
sectores públicos e privado em funções na ARM;
- 35/h semanais e 7/h diárias para todos os
funcionários;
- A aplicação do Regime de Férias, Faltas e Licenças
em vigor na função pública para todos os trabalhadores;
- Não ao banco de horas;
- Aplicação do AE independentemente do vínculo
laboral;
- Aumento real dos salários e suplementos
remuneratórios;
- Pagamento de subsídio de turno a todos os
trabalhadores que o exerçam;
- Que seja cumprida a legislação laboral ao nível da
Higiene e Segurança no Trabalho;
Tendo em conta que esta é uma empresa pública, o
Governo Regional tem um papel determinante na sua gestão.
E por isso será inconcebível que o Acordo de Empresa
não garanta a melhoria das condições de trabalho para todos os funcionários
desta empresa, não bastando propagandear o combate à precariedade e a
intervenção no sector privado, também no sector empresarial público o Governo
Regional tem de dar o exemplo. Apelamos a todos os trabalhadores da ARM, que
sejam firmes na defesa de um Acordo de Empresa justos sem discriminações
independentemente do vínculo laboral."
Texto e foto: PCP-M
1 comentário:
não vale um caracol nenhum destes 2
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