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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017



DOIS PONTOS

João Barreto


SALAM ALEIKUM

A histeria fundamentalista com que alguns reagem ao fundamentalismo histérico de uma pequena minoria dos seguidores do Islão, transforma em ameaça terrorista uma saudação de paz. “Salam Aleikum” quer dizer, apenas e só, “a paz esteja contigo”.
A religião de Maomé, como todas as confissões monoteístas, defende e promove a paz. O fanatismo e a intolerância de um punhado de celerados transformaram a cultura islamita, a quem a Europa e o Mundo tanto devem, num ícone de terror. Os milhões de muçulmanos pacíficos e tolerantes que povoam o planeta Terra sofrem hoje o estigma provocado por meia dúzia de idiotas que invocam o nome de Alá em vão, como de resto também fazem meia dúzia de cristãos em relação a Deus. O preconceito e a ignorância fazem o resto.
Isto dito, devo confessar que partilho do medo que os meus concidadãos sentem. Se ouvir alguém nas minhas cercanias berrar “Allahu akbar”, fugirei para o refúgio mais próximo. No entanto, se alguém se me dirigir saudando: “Salam Aleikum” responderei “Shalom” e a PAZ estará connosco.


EMPREENDORISMO

Do nada surgiu a moda do empreendorismo. Qualquer bicho-careta capaz de alinhar três frases seguidas em “economês” e de usar uns termos que soem vagamente a inglês, normalmente acrescentando um sufixo ao luso vernáculo do tipo “tasquing”, “ponching”, “bebedering”, “rabuçing” ou “ressaquing”, está habilitado a prémios e estímulos diversos para montar e manter em funcionamento uma cadeia industrial de artefactos destinados a produzir (reproduzindo a expressão favorita de um dileto amigo que tão cedo, deste vida, se foi descontente) “água a ferver”. Outro alguém que tenha a ideia de lançar negócio sério no âmbito de actividades antigas e experimentadas sujeitar-se-á às agruras de licenciamentos vários e demorados e de financiamentos avaros, até conseguir abrir o seu modesto estabelecimento.
No fim do dia, como gostam de dizer os modernos “gurus” do empreendorismo, o estaminé inaugurado com foguetório e discursadas estará precocemente encerrado por via de um qualquer processo especial de revitalização e o aventureiro empreendedor já estará em campo à procura da próxima maneira de iludir incautos. E “lá vamos, cantando e rindo”…

4 comentários:

Raghnar disse...

Boa reflexão, mas acho útil a distinção entre o Islão religioso e o Islão enquanto movimento político e de organização social. Existem correntes que defendem este último e regimes que nele se fundamentam, alicerçados numa elite sócio-económica que financia a sua expansão. Podem ser meia-dúzia de descerebrados, mas é uma minoria com grande perigo para a mundivisão ocidental. Na minha opinião, enquanto essa elite não for desmantelada, urge uma abordagem cautelosa no acolhimento de gente cuja identificação não é clara. Que a maioria é pacífica, podem testemunhar muitos portugueses nas ex-colónias, em que alguns dos nativos sempre professaram essa religião sem causar quaisquer distúrbios. Mas não viviam numa "República Islâmica"...

Quanto ao "empreendedorismo" nos moldes que refere, subscrevo totalmente a sua perspectiva. A mim surpreende-me a multiplicação de "incentivos" ao mesmo, quando a obtenção de lucro e a criação de mais-valias para a sociedade deveriam ser incentivo mais que suficiente. Porque uma parte significativa de ser um empreendedor de sucesso é a concretização da ideia, na génese, sem ajudas públicas...

Fernando Vouga disse...

"Os milhões de muçulmanos pacíficos e tolerantes que povoam o planeta" têm-se mostrado incapazes (quiçá indiferentes) de denunciar as actividades dos terroristas.

Anónimo disse...

O Islamismo não é uma religião, é uma ideologia, um estilo de vida.
O autor esqueceu-se de falar no islamo-fascismo. Enquanto continuamos com as balelas do politicamente correcto, a nossa civilização ocidental vai morrendo. Os males do médio oriente já estão cá dentro, como o terrorismo. Leia o que é a lei da Sharia...
Aconselho o autor a emigrar para os pacíficos países muçulmanos.

Anónimo disse...

O autor demonstra ainda falta de conhecimento sobre a religião muçulmana. À saudação "As-salāmu ʿalaykum" responde-se com "waʿalaykumu s-salām", e não com o hebraico "shalom".

Muçulmanos na Europa, e em concreto imigrantes só com uma política de asilo Europeia assente na premissa: "EM ROMA SÊ ROMANO".