VERÃO LOUCO

REGEDOR DA TABANCA ANUNCIA 

3.º E 4.º FACTORES DECISIVOS

PARA O FUTURO DA MADEIRA

Evitar que a maçonaria tome conta destas casas já no Verão de 2015 é um objectivo fundamental para o futuro da Madeira e até do PPD.

A partir deste fim-de-semana, coabitam no Porto Santo Meio Chefe, Delfim Albuquerque e presidente do conselho de jurisdição PPD. Vamos ter calma, senhores

Na esteira do que vimos indicando sequencialmente, avançamos hoje o 3.º e o 4.º factores que ditarão o futuro da Região ex-Autónoma - o 1.º factor é a sobrevivência do JM e o 2.º a luz verde vitalícia para os antigos presidentes do governo regional escreverem as suas baboseiras no pasquim, sem limite de espaço e com direito a controlar pelo menos a 1.ª página e as restantes.

Estas são posições de Meio Chefe, como se sabe. Estamos em condições de antecipar outras.

Ora, para que a Madeira se liberte mesmo da dependência dos capitalistas lisboetas e das garras da Madeira Velha, há que implementar um 3.º factor decisivo, que é dar uso decente às casas do governo regional no Porto Santo, rendibilizando-as em vez de as deixar ao alcance de futuros governantes sem habilitações para os cargos e que são capazes de entrar na corredora da dacha sem antes tirar a areia dos pés, para não falar na sua falta de jeito para pegar numa raqueta de ténis. 'Não' à bandalheira nas casas oficiais! Evitar que actuais desempregados políticos venham escaqueirar o património da Madeira Nova!

O 4.º factor decisivo para que a Madeira se possa alcandorar a uma situação económico-financeira-cultural compaginável com os ventos pós-modernos consiste em encarregar a fiscalização competente de andar atenta para prevenir eventuais abusos de futuros governantes ao nível de abastecimento alimentar das respectivas famílias em férias no Porto Santo. Designadamente em cantinas públicas e junto de entidades privadas que dão com uma mão aos maiorais do executivo e tiram com a outra ao povo superior.

Estamos a falar com a autoridade que o nosso K-Arara granjeou na sua espionagem dentro do centro de dia das Angústias.

Ontem, por exemplo, temia-se lá dentro pelo que possa dar-se por estes dias no Porto Santo. É que Miguel Albuquerque assentou arraiais na pequena ilha e levanta-se uma pertinente interrogação: por que será que o 'enfant terrible' do delfinário não vai este ano para o Brasil, para a Suécia, Tibete ou Cartagena de Índias? Se toda a gente sabe que em Agosto o Porto Santo pertence a Meio Chefe, por que raio andam lá de calção e bronze adiantado Miguel Albuquerque, Rui Abreu e demais membros da seita 'todos pelo Blandy'? Com tanto lugar para passearem os instintos trilaterais!

Antes que esqueça: não pensem os ex-autarcas do Funchal ressabiados que nas Angústias se dorme. Até as araras já sabem de contactos feitos para diversas actividades miguelistas em solo porto-santense durante esta silly season. Umas tertúlias na Baiana ou no Gel Burger, um copo ao pôr-do-sol na Calheta, uns artigos no diário a inventar projectos para mergulhos e limpeza das veredas da Madeira, se entretanto não ocorrerem melhores ideias - voar em parapente ou montar um festival de joeiras com as cores dos países geradores de turismo, enfim. 

Da nossa parte, sabemos que, entre os militantes do PPD-Porto Santo, Albuquerque leva dianteira clara perante a concorrência na disputa da liderança do PPD, mas, no calor deste Verão cheio de ultravioletas a perturbar as cabeças, cuidado não vá acontecer como há dias quando debalde os miguelistas tentaram montar uma reunião de campanha interna lá em cima no Jardim da Serra.

Recomendamos tolerância entre as radicalizadas facções do Laranjal. Cada um sabe até que ponto pode chegar nesta pré-campanha. Por exemplo, será descarada provocação Miguel Albuquerque rondar as tascas junto da praia nas manhãs em que Meio Chefe, e não é de agora, domina os acontecimentos com aquele arrastão de empresários e caciques do regime que vão esvaziando barris de imperial à medida que varrem o Bar do Henrique, o Ti Maria, o Pé na Água e, se voltarem os bons velhos tempos, o posto avançado da democracia. Mas se o regedor da Tabanca este ano resolver frequentar os piano-bares ou mesmo ambientes tipo LuaMar e João do Cabeço, é porque quer armar mesmo ao pingarelho com o antigo presidente da Câmara do Funchal.

Cada macaco no seu galho e talvez se chegue ao fim de Agosto sem pensos nem compressas. E lembrai-vos: o presidente do conselho de jurisdição, José Prada, também anda pelo areal. Se houver confusão, não pode fechar os olhos e dizer que são férias. Aliás, Prada já mostrou o seu lado profissional em horas delicadas, contrariando o próprio Meio Chefe do partido numa contenda precisamente com Miguel Albuquerque.

O ideal, pois, é divertirem-se com todos os matadouros, mas, se a copofonia chamar os instintos para um sempre salutar pé-de-vento, cada qual que arranje rivais que não os do mesmo partido, para evitar alguma expulsão à última hora.  

Este aviso, bem intencionado e não para incendiar mais os ânimos, aplica-se aos outros figurões do Laranjal. O vice Cunha e Silva, por exemplo, que também vai ao bronze na mítica ilha, se lhe der na veneta emborcar um caneco, não tem necessidade nenhuma de ir para o Penedo do Sono. Que se deixe de águas passadas. Para matar a pasmaceira estival e refrescar a garganta, tem o campo de golfe, agora 'pelado', e aqueles campos de ténis à frente da quinta do Berardo (futebol de praia não, porque, se rematar à baliza oeste, pode ir por lá abaixo e cair em cima do Lobo Marinho). O João que tome lá a sua 'Coral' - salvo seja - e boas férias.

Sérgio Marques, por razões óbvias, não precisa de casas do governo para fazer turismo rural no areal dourado. Também não estamos a vê-lo arranjar sarrabulho na noite porto-santense. Não porque seja tão macio como dizem, mas porque em regra consegue pensar antes de asneirar. O mesmo com Manuel António, que prefere prometer numa 'casa do povo' alguns milhões para incentivar a obra dos cestos de vindima a pegar-se com velhos companheiros, à excepção do vice.

Quanto a Miguel de Sousa, que é mais LuaMar mas em tempo de campanha é capaz de entrar no 'Inferno' com Estanislau e Leonel para ver o ambiente e, se estiver bom, mandar uns shots abaixo, pois Miguel de Sousa pode constituir um factor de desestabilização neste Verão porto-santense. Portanto, já repararam que ele anda explosivo e de língua desenfreada, parem de dizer o que querem para evitar ouvirem o que não querem.

E Jaime Ramos? Isso mesmo: é escusado estar a dar palpites. Deixem-no quieto que é melhor.

Boas férias a todos. Toca a retemperar energias porque o melhor está para vir. Não vemos a hora!

PS - Acaba de nos chegar esta pergunta, disparada desde o Pico Castelo: por que é que a IGA triplica o preço da água no Porto Santo quando chega o Verão? Por que é o café mais caro aqui? Por que é o Lobo Marinho mais caro nesta época?

Vamos arriscar a resposta: eles carregam nos preços agora que é para se uniformizar o turismo no Porto Santo, afugentando clientela na época alta de modo a um dia muito próximo se registar uma afluência no Verão tão baixa como a do Inverno.