Correio explosivo

"A burla do SESARAM 

aos 30 Enfermeiros"

A situação dos enfermeiros que se queixam de burla é escaldante, como se pode ver pelo correio que chegou ao Fénix e que aqui reproduzimos:

"Deixo aqui a história dos 30 enfermeiros que foram burlados pelo SESARAM e pela Secretaria Regional das Finanças. A história é tão imoral e vergonhosa que é um dever, não só jornalístico, mas também cívico partilhar esta injustiça.

Este email vem na sequência desta carta do leitor:
http://www.dnoticias.pt/leitor/cartas/falsas-promessas-IX347486

Como referido na carta, os enfermeiros foram todos contactados com vista a sua contratação. Foram convocados para fazer análises e comparecer à saúde ocupacional, como visível no texto abaixo de 31 de agosto de 2016:

"Considerando que o SESARAM, E.P.E. pretende proceder à sua contratação;
Vimos por este meio solicitar a V. Ex.ª que se pronuncie por escrito se não pretender aceitar o lugar, no prazo de 3 dias úteis a contar do recibo de entrega do presente e-mail. Muito importante: não deve pronunciar-se se pretender aceitar o lugar; a falta de resposta será entendida como sinal de que aceita.
Para qualquer esclarecimento adicional, deve contactar o Departamento de Recursos Humanos - Recrutamento.
Será convocado(a) pelo Núcleo de Saúde Ocupacional do SESARAM, E.P.E. para realização de prova de aptidão física e psíquica.
A entrega de documento escrito como não aceita o lugar determina o seu não recrutamento, ficando definitivamente excluído(a) deste procedimento. No entanto, poderá sempre candidatar-se a novo procedimento.
É muito importante que, caso não aceite, responda por escrito pois, caso contrário, estaremos a contar consigo.
Com os nossos cumprimentos.

Recrutamento Departamento de Recursos Humanos Ext: 6258/6279 Tel: 291709614 Fax:291709617 dgrh@sesaram.pt www.sesaram.pt"

Pessoas que trabalhavam em outras instituições, algumas vivendo e trabalhando no estrangeiros, mas com vontade de regressar à ilha, compareceram à dita convocatória do Núcleo de Saúde Ocupacional, como solicitado. Foram aconselhados a resolver as suas situações profissionais, pois em breve seriam chamados para trabalhar. Como é referido no email, estavam contratados. Sabendo que se trata de uma instituição pública de confiança, seguiram o conselho de se demitir e aguardaram a chamada a serviço.

Entretanto nunca tiveram uma resposta de quando iriam iniciar a sua actividade. Os Recursos Humanos (RH), nunca souberam dar resposta, apenas que aguardavam "aprovação das finanças". Segundo consta, a Secretaria Regional das Finanças, que gasta milhões em Jornal da Madeira e para a construção do estádio dos Barreiros, não aprovou o financiamento para a referida contratação, que seria até dia 12 de novembro do presente ano.
Os RH também só dizem que à partida, sem este financiamento "acabou o processo todo" e ficou sem efeito. Não sabendo dar mais nenhuma informação, como tem sido desde sempre. É este o cenário até o dia hoje, 14 de novembro, visto que passou o suposto "prazo" limite estipulado, que seria dia 12 de novembro. O que é isto,  estamos a brincar com coisas sérias?? Usa-se a abusa-se das pessoas?

Isto é de coisa de garotos e de burlões que brincaram com a vida das pessoas. Trata-se de um assunto muito sério e imoral. Haviam enfermeiros que tinham trabalho, perderam tempo e dinheiro (em viagens) para se deslocar às consultas, demitiram-se e agora estão desempregados. Isto é uma vergonha tremenda e falta de respeito!

Tenho pessoas próximas que foram burladas, não tem outro nome para esta situação. Dada a gravidade do sucedido, desta imensa injustiça, creio que é importante partilhar.

O próprio Sindicato dos Enfermeiros da RAM, à semana passada falou sobre este assunto. Assim, o presente email é enviado como forma de alertar este caso de imenso desrespeito por este grupo de pessoas.

Se alguém - com "direito de antena" - quiser divulgar esta injustiça é de louvar. Trata-se da vida de 30 pessoas e por conseguinte de famílias que simplesmente dizem que vão contratar e depois dizem que já não podem/querem sem uma justificação plausível, até à data."