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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

FOGO DE ORIFÍCIO




Mais novelas de arte&ofício: 
“Piro quê?”



Como sabem, a Madeira queima muito “fogo-de-arte&ofício” em cada ano que passa: ele é o festival “piromusical” em Junho, ele é a “grande queima” a anunciar o Ano Novo, ele são fogos que alguns ricaços vão rebentando aqui ou ali, para festejarem algo em grande, como a aquisição de uma empresa falida, ou alguma felicidade particular, como um divórcio, ele são as missas do parto no inverno e as festas ao santo padroeiro no verão… Enfim, é preciso que haja na ilha muita “matéria-prima” já devidamente armazenada, não dá para andar sempre a mandar vir de fora, “aos bochechos”, via ferry que não existe…Ora, armazenar mesmo, na ilha e com todo o rigor técnico da gestão dessas matérias perigosas, só uma grande empresa, e do ramo, o consegue fazer.

Daí que começa a ouvir-se nos mentideros uma pergunta que aqui cabe reproduzir. A bem da coisa pública, perguntar não ofende.

SERÁ VERDADE que acaba de constituir-se uma nova empresa para os “fogachos” regionais, uma empresa “local”, especificamente para o “fogo-de-arte&ofício”, uma iniciativa altamente empreendedora, talvez mesmo inédita no domínio do piro-empreendedorismo, agora alinhavada em papel A4 numa conservatória da Tabanca , qualquer coisa com uma designação estranha, que mete palavras como medo, ou cedo, ou algo assim, fogos, pirotecnia, jesus, segurança, logística, e assim por diante… será verdade?
E o que é feito do fogo que não dispara, nem acende… no fim do ano? Fogo que já durou quase meia hora, antigamente… mas foi sendo reduzido na proporção inversa dos artigos elogiosos da folha dos ingleses, até durar menos de 9 minutos em 2017…  Alguém fiscaliza o retorno das sobras para os armazéns? É que depois, isso podia dar para mais um festivalinho…

Era bom que fosse verdade. Cruzes, certamente que não é, mas se fosse, para Dezembro o concurso do fogo já podia socorrer-se de mais uma empresa, seria tudo ainda mais transparente, e também o fogo de fim de ano seria absolutamente único, o maior do mundo, pois teria a “matéria prima” ali mais à mão, economia de meios revertendo em mais quantidade e qualidade. Porque isto de ano para ano é sempre melhor, cada propaganda que sai arrasa a estatística anterior… Será verdade?

K- Bombeiro Pirómano

2 comentários:

Anónimo disse...

Pelo fogo que acabo de ver aqui na Ponta do Sol a propósito dos Reis fico com a ideia que o fogo que faltou no Funchal pode estar a ser oferecido às câmaras amigas!!!

amsf

Anónimo disse...

O concurso do fogo está mafiado pelas mesmas pessoas que durante anos e anos mafiaram o concurso das iluminações. Falem com a ex secretária Pik e com a filha do Braz... e o namorado "...cedo".