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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


                QUE MARAVILHA!

Depois do que li, ouvi e, especialmente, observei, já não tenho dúvidas. Os especialistas em botânica e paisagismo, contratados pelo Governo Regional e aprovados pelo silêncio da Câmara Municipal, são sábios e transformarão as ribeiras do Funchal numa maravilha mais notável que os Jardins Suspensos da Babilónia.
A fama mundial provocará um fluxo turístico tão grande, que obrigará a Madeira a construir um segundo aeroporto, que, segundo um híper especialista social democrata, deverá localizar-se no concelho da Calheta.


Funchal, 08.02.2017
 Raimundo Quintal

10 comentários:

Anónimo disse...

Caro Prof. Raimundo Quintal está visto que as ribeiras do Funchal foram rebentadas pelo lobbie do betão! Agora resta esperar para ver descidas radicais quando chover em maior abundância! Vai ser um verdadeiro tobogan.
Se o prof. Raimundo Quintal tivesse sido candidato há 4 anos talvez tivesse evitado a destruição do nosso património de muralhas emparelhadas! Agora é tarde. É chorar sobre o leite derramado.

Via Pública disse...

Terra de milagres, criam-se absurdos para aparecerem as soluções divinas. Os travessões das ribeiras servirão depois para a figura de Nossa Senhora de Fátima deslizar sobre aquela obra miraculosa que salvou todos os Funchalenses!

Anónimo disse...


O que deveria ter sido feito era um estudo das paredes ao longo das ribeiras, reparar os pontos considerados mais frágeis mantendo a mesma estética.
Limpar o leito da ribeira e aqui estiveram muito bem.
O que fez danificar as paredes foram os pedregulhos arrastados pelas águas.agora, que os acoudes estão feitos 90% do problema está resolvido.
Estas paredes de betão além de super despendiosas e desnecessárias não vêm acrescentar muito mais valias,a quantidade de travessas são para quê? Estética? Teem medo que o betão caia e toca a escorar?
Meus caros amigos,sou empreiteiro há alguns aninhos a minha experiência nunca me deixou ficar mal por isso acho que grande parte da verba que ali está a ser gasta dava e sobrava para reparar outras situações.
Para finalizar, destruíram umas das mais bonitas paisagens da nossa cidade é caso para dizer "ribeiras...Quem te viu e quem te vê"
Fico por aqui porque outros interesses falam mais alto e nessa área não tenho experiência.

Anónimo disse...

"Vilão Livre"
"VERGONHA / VERGONHA"
Quem deu ordem para estas obras não merecia uma medalha. merecia sim, uma malha todos os dias. já agora que se cubra por completo as ribeiras de betão, e fazem parques de estacionamentos auto e motos pagos. vergonha / vergonha, o que se esta a fazer, para que serve aqueles travessões (vigas)deram cabo das muralhas emparelhadas, deram cabo das buganvílias, deram cabo de ponte centenária, para quem gosta da sua terra, até da dor na alma, não sei de quem é a culpa, mas que merecia uma malha todos os dias merecia, merecia.

Anónimo disse...

Crime contra o património!!!! Selvagens!

Anónimo disse...

Bastou parar um pouco sobre a ponte do bazar do povo e trocar impressões com pessoal da obra para ouvir que a opinião é unânime, "é bom,temos trabalho mas isto é dinheiro mal gasto e fica feio","perdoem-me a expressão só um cego não vê a aberração que é esta obra".
"Eu se tivesse mandado fazer uma coisa daquelas Imigrava".
Os capacetes brancos percebem...

Anónimo disse...

Costumo comparar o 20 de fevereiro ao 11 de setembro cada um à sua escala como é óbvio.
O que têm em comum estas duas tragédias? Da noite para o dia, as águas no 20 de fevereiro ceifaram vidas, levaram casas, mudaram a paisagem. Tudo ficou diferente. No 11 de setembro, numa questão de horas, as imponentes torres gémeas caíram levando Manhattan ao caos.
Em ambos os casos a destruição foi brutal. Aquilo que existia deixou de repente de existir. Aquilo que conhecíamos de repente passamos a desconhecer.
Em ambos os casos fomos fortes: lá e cá! OS EUA levaram 10 anos a reconstruir e a limpar toda aquela zona. A Madeira está a levar o seu tempo para reconstruir, para melhorar, para evitar que novas aluviões tenham o terrível impacto que o último teve.

O primeiro problema com as obras de recuperação do 20 de fevereiro começaram na Avenida do Mar. Foi alvo de muitas críticas, poderia estar melhor é verdade, mas depois de tanta contestação, hoje este é um sítio de lazer onde residentes levam as famílias para passarem um tempo agradável e onde turistas admiram o passeio.

Agora são as ribeiras. Esperemos que as intervenções tenham sido as melhores, que mantenhamos as pontes centenárias, que se limpem as ribeiras e que estejamos mais bem preparados para uma eventual aluvião.
Agora se tem travessões ou não, isso são peanuts.

Penso que este é um problema estrutural de uma sociedade que vive na 'fast lane', que não percebe que tudo tem o seu tempo. Uma sociedade que já não espera por nada, uma sociedade que está habituada a carregar no botão e ter as coisas prontas na hora. A vida não é isto...

Roma não se fez num dia. E eu espero voltar a ver as nossas ribeiras arranjadas e floridas mas acima de tudo SEGURAS (com ou sem travessões).
Tudo a seu tempo.

Anónimo disse...

O mais engraçado é quando o parecer foi para a Câmara, eles concordaram com esta pouca-vergonha do Sem Malícia.

Anónimo disse...

Muito bem pensado caro amigo das 13:24 pena que se está a esquecer de um pequeno pormenor,aqueles que hoje mandam, no passado diziam tanto mal e eram contra o tal espaço verde em que as famílias se passeiam ao fim de semana,hoje e bem utilizam esse espaço para tudo e mais alguma coisa,esse e outros.
Esqueceram-se o quanto enxovalharam as pessoas que e bem tiveram a feliz ideia de construir esse mesmo espaço e outros.
Logo é normal que as bocas que aqui mandam não seja pelo facto da obra da Ribeira não seja necessária para a segurança das cidade e das pessoas mas como pela boca morre o peixe...

Anónimo disse...

Aqueles buracos nas várias traves não vão servir de canteiros? que depois de floridos irão esconder as vigas de sustentação? eu não sou engenheiro, nem iluminado mas é o que parece e acredito que resultará. já as restantes opções tomadas neste "projecto", parecem-me vergonhas