CATORZE
Nas bancas do costume, dizem que alguns jornais espanhóis deixarão de ser vendidos em Portugal, na sua edição em papel, a partir de Janeiro. Apontaram-nos o El Mundo e a Marca como exemplos dos títulos da debandada. O El País parece que continua a vir. Do Expansion e do ABC nada soubemos.
A confirmarem-se esses cortes e outros que venham a dar-se, é uma péssima notícia para quem gosta de ler. De leitura. De reportagem. De entrevista. De análise e opinião.
Em Portugal, o antigo jornalismo continua a dar lugar à banda desenhada e aos gráficos para 'inteligente' ver. Como se o jornalismo de um momento a outro se transformasse num conto aos quadradinhos.
Quando será que a imprensa, ao precisar de contratar novos profissionais para o corpo redactorial, torna a pôr como condição sine qua non o saber escrever e a arte de contar uma história?
O recibo verde é um sintoma do mercantilismo em voga. O papel da crise interpretado por certas mentalidades 'mal enganadas' é expandir a crise do papel.
2 comentários:
Senhor Calisto, com 40 anos de jornalismo e ainda não percebeu o fulcro da crise no sector? É que há muitos dispostos a pagar para publicar mentiras e NINGUÉM disposto a pagar para ler a verdade. Seja bem vindo ao mundo real!
Coincidência terem sido os 2 jornais que divulgaram a declaração de uma inspetora do fisco espanhol que declarou que "o Cristiano Ronaldo devia estar preso" ?? Alguém terá querido matar o mensageiro (pelo menos em Portugal)
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