Discurso vaiado em sessão solene pelos cafofianos "socialistas", arautos das liberdades na Madeira

INTERVENÇÃO DE ROBERTO VIEIRA (MPT) NO DIA DA CIDADE

Falemos claro, sem subterfúgios e para que todos percebam: passaram quase cinco anos desde que este Presidente tomou posse no primeiro mandato, numa coligação cheia de boas intenções que ultrapassava os partidos. Aquele projecto em 2013 era muito mais que uma candidatura mas um projecto de mudança. Para esse mandato, que muitos contribuíram, havia muitos sonhos e grande dose de esperança. Depositamos, todos os que defendiam a democracia, a nossa vontade de mudar num indivíduo supostamente limpo de jogadas e arranjinhos. Mas sobretudo sério e credível que dissesse a verdade e que cumprisse com o que prometia. Só queríamos isto porque era disto que havia falta naquela altura. Ninguém sabia quem era Paulo Cafofo, ou sequer o que ele fazia ou tinha feito. Sabíamos que não tinha história, experiência nem passado político. Sabíamos que pura e simplesmente não existia enquanto autor de intervenção cívica, apesar de já andar nos 40 anos. Em 40 anos não havia um único episódio digno de intervenção cívica ou sequer uma qualquer actividade profissional que o tivesse distinguido. Algo, qualquer coisinha, por pouco que fosse, que tivesse marcado uma posição pública. Nada. Não havia nada.

Mas a coligação ganhou porque era muito mais que um candidato. E o povo compreendeu. Era uma solução de futuro onde outros protagonistas deveriam surgir. Onde esta mudança deveria alastrar. Não era secar gente nova que surgisse nesta onda positiva, não era para perseguir quem discordasse, não era para comprar votos, não era para fazer concursos à medida para alimentar amigos e pagar favores. Isso era o que queríamos combater. Infelizmente, com Cafofo, nada se diferencia do passado de Jardim. Tudo se assemelha mas ainda com mais evidência e menos vergonha.

Caros munícipes, 

O Presidente da Câmara afirmou numa entrevista ao JM que fez diferente do passado. Quando li isto até dei um salto da cadeira. Na prática eu diria, e repito, que fez pior, mas na mesma linha do PSD de AJJ: foi incompetente, perseguiu, humilhou, fez batota eleitoral, mentiu, e entrou em manobras e arranjinhos com os partidos. Pior, defende interesses empresariais primeiro que as pessoas que ele tanto fala mas por quem nada faz. Pelo meio, acabou com a coligação original, despediu vereadores sérios, com provas dadas, afastou gente boa, perdeu os mandatários que o apoiaram, mandatários competentes que cedo perceberam quem era esta bisca, brigou com os partidos e com os seus líderes, meteu-se na vida dos partidos, comprou apoiantes internos em troca de dinheiro e favores e participou em golpes para a sua agenda pessoal. Sempre o seu umbigo e a sua agenda. Sempre a pensar em saltar de lugar em lugar sem cumprir o que promete. Tudo com muita propaganda e mentira.

Caro Presidente da Assembleia Municipal e estimados munícipes, 

os resultados da coligação original não teve nada a ver com a figura completamente desconhecida de Paulo Cafofo. Infelizmente, ele, no seu ego doentio e perverso, convenceu-se que sim. Que era o centro da mudança e desatou a não cumprir nada, a perseguir, a mentir, a refugiar-se em jogadas e manobras, a procurar amigos nos poderosos. 

Transformou-se num peneirento insuportável que só olha para o seu umbigo e afasta todos os que fizeram a mudança. Tudo vale na sua cabeça desde que seja para manter o seu poder que infelizmente usa da pior forma possível, sem ajudar o povo ou apenas fazer o que promete. Mais de metade das promessas do primeiro mandato estão por cumprir.  

As novas promessas estão debaixo do tapete porque agora só interessa outro objectivo pessoal: chegar à Quinta Vigia custe o que custar. Passa por cima de todos. Utiliza o PS da Madeira como instrumento para os seus propósitos. De resto, o ainda líder do PS já nem manda no partido é um fantoche nas mãos do Cafofo e do seu chefe de gabinete. 

Posto isto, vale a pena perguntar, de que ri Paulo Cafofo?! Está sempre a rir, faça chuva ou sol, morra pessoas ou incendeie-se meia cidade. Precisamos desta palhaçada? Ou preferimos apostar na seriedade, na competência, na verdade, no compromisso?

Mas, caros munícipes, voltemos ao essencial: 

Era isto que queríamos?! Um projecto de mudança ou de confiança ou de outra balela qualquer da boca de um presidente que segue os mesmos passos do PSD de Jardim?! Jardim, é preciso lembrar, que é para ele o ídolo político e diz isto em alto e bom som. Um ídolo, imaginem, que deixou uma herança arrasadora, que maltratou os madeirenses e porto-santenses, que mentiu e aldrabou os cidadãos. 

Tenho vergonha de ter apoiado este indivíduo. Peço desculpa por ter feito mas não podemos cometer o mesmo erro duas vezes. É meu dever alertar para a tragédia que se pode abater sobre a Madeira e Porto Santo, se este indivíduo levar à sua avante. 

Lembrem-se que quem mente não pode ser de confiança. E quem mente uma vez, mentirá sempre desde que seja útil para os seus objectivos.

Foi só eu que ouvi ou todos os madeirenses, em particular os funchalenses, ouviram Cafofo dizer, na televisão e na imprensa em geral, que cumpriria o segundo mandato à frente da CMF?! Disse-o várias vezes mas bastou meia dúzia de dias, depois de ganhar as eleições, para se anunciar como candidato à Quinta Vigia. 

Só há um nome para isto. Mentiroso. Hoje, infelizmente o Presidente da Câmara do Funchal é conhecido como o “professor mentiras” que diz uma coisa e faz outra. É uma desilusão, mas sobretudo é muito perigoso para o futuro da Madeira e Porto Santo. Mentiu nas promessas de fazer um mandato completo como mentiu nas intenções e como mente quando é chamado às responsabilidades. Aliás, continuamos sem saber o que quer fazer no futuro próximo depois de ter feito batota com os eleitores. Como agora já só faz campanha para o governo não sabemos quando acaba este trampolim na CMF. Vai sair amanhã de presidente ou vai deixar para o ano que vem?! Parece que dá jeito ser duas coisas ao mesmo tempo e não se dedicar, como deve ser, a nenhuma. Este comportamento revela muita coisa do carácter deste indivíduo. Mas mais como vai fazer esta saída?! Abandona e não volta se perder, ou suspende para ter o lugar de refúgio?! Mas mais. Vai entregar a presidência da câmara ao vice-presidente?! 

Mas, caros munícipes, quem assumiu compromissos e foi a votos não foi Miguel Gouveia, foi Paulo Cafofo. Esperávamos que ele respondesse a isto tudo mas fará o que faz sempre: esconderá de todos as suas intenções, prejudicando o Funchal e os munícipes. Com tudo isto compreende-se que o Funchal seja hoje uma cidade sem liderança entregue a um grupo de gente oportunista e sem programa. 

Caros munícipes,

É com mágoa que alerto para tudo isto mas hoje quando olho para trás percebo que os sinais estavam à vista. 

Reparem alguns casos. Paulo Cafofo era professor, a sua função era ensinar crianças. Uma tarefa nobre e de grande responsabilidade. Mas, apesar de tudo, Cafofo não teve nenhum pejo, nenhuma dificuldade, em copiar um texto de outra pessoa para fazer o seu artigo de opinião no DN da Madeira. Foi um caso abafado mas aconteceu. Todos aqui sabem que aconteceu. Mas é preciso alertar e perguntar: como se pode confiar em alguém que ensina crianças mas copia textos para seu proveito. Além disso, todos sabemos e o presidente também deve saber, que plagiar é crime. Devia ter pedido desculpas e justificar o seu comportamento. Era o mínimo que se esperava.

Outro episódio que revela o carácter e o perfil do personagem: fugiu a sete pés das audições na ALRAM. Pior. Mentiu dizendo que ia, depois não foi e nunca mais colocou lá os pés. 

Caros munícipes lembram-se quem tinha horror à ALRAM?! Lembram-se quem recusava prestar esclarecimentos aos deputados?! O que esconde Paulo Cafofo?! Queremos voltar ao passado?!

Mas, termino com outro exemplo ainda mais clarificador e trágico. Para mim tudo ficou mais óbvio e assustador aquando a tragédia do Monte que matou 13 pessoas e feriu dezenas. Infelizmente esta tragédia não fez emergir o lado bom de um indivíduo que tinha responsabilidade camarárias. Para mal da Madeira, do Funchal, do Monte e dos madeirenses, Paulo Cafofo continua igual a si mesmo: irresponsável e desrespeitador. Dizer hoje que o Monte foi pouco participado pela má propaganda é um embuste que choca que ofende que desrespeita. Os madeirenses deram o sinal na festa do monte. Não foram porque não se sentiam seguros. Porque a CMF não soube transmitir segurança. Porque os funchalenses estão tristes e desiludidos como seu presidente. Paulo Cafofo Podia ter assumido a sua parte de responsabilidade para, por exemplo, assegurar as indemnizações às famílias das 13 vítimas mortais, ajudando a diminuir a dor e sendo um senhor, com letra maiúscula, mostrando que mais importante que a sua carreira são as pessoas. Em vez disso, o agora arguido, fugiu de tudo e tentou culpar toda a gente e agora mantém a narrativa absurda e infeliz. Até a igreja apanhou os efeitos da mesquinhez do presidente. A própria igreja foi alvo de ataques do presidente da Câmara para salvar a sua pele. É demais e devemos todos pensar nisto. Interrogarmo-nos se não está na altura de dar o devido cartão vermelho.

Senhor Presidente da Assembleia Municipal

Hoje olho para a minha cidade e, retirando a propaganda que Paulo Cafôfo paga com dinheiro público para aparecer todos os dias com grandes fotografias a rir a torto e a direito, verifico que a cidade está mais suja, que a cidade não tem planeamento, que a cidade está um caos enterrado nas lutas que Cafofo promove com o governo para ter espaço político regional. 

Mas pior. Dou comigo a pensar que um indivíduo que não é capaz de endireitar e organizar cadeira e mesas nas ruas do Funchal como quer ser presidente do Governo Regional?! Que um indivíduo que fala em requalificação urbana mas que não requalificou um único edifico continua a passear por aí?! Como é que prometeu, com pompa e circunstância, uma polícia municipal e o projecto já não será feito?! Como falou em ordenamento e aprova projectos megalómanos com nomes árabes?!

Caros munícipes tenham medo. Este presidente é uma fraude. Fala numa mudança, mas chamou para o seu lado os empresários do regime para lhes oferecer o que pedem. Na verdade, Cafofo convive alegremente com eles e aprova tudo o que lhe pedem.

Reparem.  Já ouviram Paulo Cafôfo criticar o monopólio dos Portos?! Tal como o PSD ele não o fará porque o Luís Miguel de Sousa já o meteu no bolso. Alguma vez o ouviram a assegurar que o Savoy seria mais pequeno para salvar a cidade de uma selvajaria de construção que mata o turismo e prejudica a cidade?! Não!, pelo contrário, foi à inauguração e meteu o rabinho entre as pernas para satisfazer outro grande empresário Avelino. E o hotel que autorizou construir num parque de estacionamento?! Nem o Albuquerque se atreveu a tanto, mas este presidente da Câmara não defendeu a cidade nem os munícipes mas sim o dr. Dionisio Pestana. Querem mais exemplos?! 

Termino simplesmente perguntando a todos os munícipes:de que se ri o Presidente da Câmara do Funchal?!