VIDA REGIONAL IMERSA EM 'CALOTES'
A Região é ré em 'mais de muitas' acções que atafulham o Tribunal Administrativo. |
O Tribunal Administrativo do Funchal acaba de distribuir as acções, mas não vai dar vencimento a calar tantos 'cachorros'. Sociedades de Desenvolvimento, câmaras e Região propriamente dita, vendidas, como se costuma dizer, não chegam para pagar o que devem.
É de cansar a vista e alarmar a cabeça. Referimo-nos à tarefa de ler a inacabável lista da distribuição de processos do...
Bem, só um 'cachorro', como costuma dizer o povo, ascende aos 21,7 milhões! É o que uma acção administrativa da empresa Tijolo Branco - Sociedade Imobiliária SA exige ao Município de Santa Cruz.
O processo acaba de ser distribuído, a 24 de Setembro. Tinha dado entrada em Abril de 2011.
E agora, Filipe Sousa? Como é que a nova vereação santacruzense há-de gerir este cartão de visita? E essa é apenas uma das acções que o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal tem para deslindar dentro da vida financeira da edilidade.
Quanto ao resto da vida regional... aquele tribunal está positivamente entupido com acções administrativas 'a dizer chega', cenário demonstrativo da loucura financeira desta moribunda Madeira Nova.
São 'cachorros' a ladrar por todo o lado. Alguns na casa dos milhões!
Milhões? São 7,6 'deles' o valor da acção administrativa ordinária interposta pela Octapharma - Produtos Farmacêuticos, Lda contra a Região - Secretaria do Plano e Serviço de Saúde. Processo distribuído também no passado dia 24.
Ao Serviço Regional de Saúde também são exigidos 350 mil euros, numa acção administrativa comum, pela Construções SA e Arlindo Correia e Filhos.
Mais 2,5 milhões ameaçam os vazios cofres do Sesaram, por reclamação da ITAU, Instituto Técnico de Alimentação Humana.
Sociedades de Desenvolvimento: e agora, com a mudança de cor nas câmaras?
E as Sociedades de Desenvolvimento? Acções aos montes. Por exemplo, a de 10 milhões de euros movida por Arlindo Correia e Filhos, SA, Etermar e Somague, contra a Sociedade Metropolitana.
A Mota-Engil exige, através do Tribunal Administrativo, meio milhão da Ponta Oeste.
De meter respeito é a diligência da Edifer reclamando mais de 4 milhões à Sociedade de Desenvolvimento do Norte, acção que vem de Julho de 2010 e agora distribuída.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo tem às costas 78 mil euros reclamados por Listorres - Sociedade de Construção Civil.
Não deixará de ser interessante, já agora, o futuro das sociedades de desenvolvimento, depois das mudanças de cor em tantas câmaras. É que os conselhos de administração, pela orgânica convencionada, precisam de representação municipal...
Que salada!
Até a Madeira Parques Empresariais, entretanto, viu distribuído no dia 24 de Setembro o processo desencadeado pela Tâmega, no valor de 2 milhões!
Paulo Cafôfo vai sofrer com as dores de cabeça
Acções contra as câmaras são de arrepiar, em quantitativos e em número. Veja-se, por exemplo, a acção movida pela Mercês Imobiliária contra o município funchalense de quase 2 milhões de euros.
Paulo Cafôfo vai perder muito... aliás, vai ter muitas dores no alto da cabeça quando for para tratar de tanto 'cachorro' pregado no tecto, mas que o Tribunal mandou satisfazer a partir de agora. Se derem para o torto as acções aos molhos que o Tribunal Administrativo tem para despachar...
Em contrapartida, a Câmara do Funchal tem uma acção contra o Ministério das Finanças, exigindo 4,5 milhões de euros.
E a Câmara de Câmara de Lobos exige 2,34 milhões ao IFADAP.
Mas as dívidas! Além de Santa Cruz e Funchal, é Câmara de Lobos, é o Porto Moniz, é a Calheta, é... São todas.
Perdemos também a conta dos processos em que a Região Autónoma surge como ré. Deixemos este: 1,5 milhões exigidos por Teresa Abreu Gouveia em acção administrativa especial.
Até a Fundação Berardo leva em frente a acção contra a Região a reclamar 500 mil, processo que acaba de ser distribuído.
De Machico, Zita Cardoso acena com a sua acção, exigindo 30 mil euros.
E este: 1,5 milhões exigidos por Maria Teresa dos Santos Andrade Conduto.
Mais este: 1,5 milhões para Carlos de Jesus Nunes da Costa. E ainda outro milhão e meio para João Brás da Silva. Igual para Luísa Maria Afonseca. E para Virgínia Viveiros Nóia.
Da Naviera à Tecnovia
Os técnicos do Tribunal Administrativo não terão tempo de respirar, nos próximos tempos.
Uma 'cachorrada' de calotes transversal a toda a Madeira.
A Naviera Armas processou a Apram junto do Administrativo, exigindo 30 mil.
João Cunha e Silva acha-se credor de 7.500 euros da Câmara da Calheta.
A Associação de Futebol da Madeira está 'à pega' com 2 milhões para a Tecnovia.
Rui Fontes pretende receber 7 mil, mas da Caixa Geral de Aposentações, e mexeu-se junto do Tribunal Administrativo.
O Sindicato dos Professores quer 30 mil da RAM.
Susana Vieira Alves 15 mil do antigo secretário do Equipamento Social, Santos Costa.
Haverá nesta terra que o regime transformou em caloteira alguma instituição que não deva nada a ninguém?
4 comentários:
Quem deve pagar os calotes são aqueles que enriqueceram nestes 30 e tal anos do jardinismo, alguns quando entraram para cargos públicos residiam em bairros sociais hoje residem em vivendas de luxo.
O secretario desse tribunal está tão chateado com tantos processos, mas tão chateado, que só entra no serviço já a manhã vai alta.
a acção da camara do funchal contra o estado já foi decidida . agora a camara do funchal terá é de meter uma ação contra o governo regional que se apropriou de verbas das camaras.
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