Os modernos FESTEIROS
Lá foi o tempo em que os festeiros vinham
dos países da emigração até à sua aldeia natal pagar a despesa do arraial aos
conterrâneos.
Hoje é a
inversa: os festeiros saem da Madeira e vão dar festa aos conterrâneos
espalhados pela diáspora.
Há pouco tempo,
foi Cafôfo a pagar o cachet a um continental pimba para 'cantar' aos lusitanos
radicados numa cidade sul-africana. Agora, depois de andar de festa em festa na
Venezuela, no Canadá e nos USA, é o chefe do Blue Establishment a fazer de
vedeta numa festa da flor que arranjaram lá para baixo, alindada pelo João
Egídio e mais uma dezena de experts na matéria enviados pelo turismo. Tudo pago
por nós.
As notícias da
BD de hoje dizem que a estada de Albuquerque e dos seus amigos empresários está
a redundar num festival de negócios e flores. Ou seja, é num ambiente romântico
(palavras do exclusivo da BD) que empresários sul-africanos destinam as altas maquias
a investir na Tabanca do Atlântico - como se fossem loucos da cabeça.
Preparemo-nos
para levar com mais uma onda gigantesca de investimentos na Região - isto
quando ainda não demos vazão aos nutridos investimentos que Albuquerque tem
atraído graças às suas viagens 'oficiais' organizadas por 'privados', ao abrigo
do novel consórcio público-privado da Madeira.
Pelo que lemos,
os floreados estão a correr às mil maravilhas e o festeiro que foi dar o fogo
naqueles céus também apanha as canas.
Os festeiros de
hoje têm uma pequena diferença relativamente aos 'venezuelanos' e 'americanos'
que em tempos vinham à terra pagar as novenas ao cura e dependurar uma vaca
para os familiares e antigos amigos comerem na Festa do Senhor. É que estes
tinham de trabalhar 24 horas sobre 24 para um dia virem mostrar aos
seus que singraram lá fora, e, mais do que isso, eram eles a pagar a despesa do
seu capricho. Ao passo que os festeiros actuais, que fazem a festa lá
fora, fazem o brilharete com o nosso chapéu. Mais incisivamente, com o nosso
dinheiro.
Eles lá em
baixo com negócios, flores e quarto de hotel com todas as matadoras. E Zé
povinho aqui na Tabanca, todo florido e mal pago!
15 comentários:
Bela analogia, bem visto.
Na escola levamos o papel higiénico e pagamos do bolso copias e toner para os alunos.
Já dá saudades do AJJ, esse ao menos não se vangloriava com fotos das viagens faraónicas.
Não há decoro nem respeito pelo dinheiro do Zé Pagante!
Meu Caro Calisto
Há um pormenor em falta nesta sua divertida dissertação.
Sabemos da Festa, conhecemos o Festeiro, até nos informa que ele apanha as canas o que pressupõe dar o fogo.
Faltou-lhe dizer-nos quem toca a música. Pela minha parte, confesso, gostava de saber!
No hospital crianças com doenças crónicas ficam sem tratamento porque não há material. Tudo isto é uma república das bananas.
Um desgoverno insensivel, cujo povo morre sem meios e medicamentos no hospital espaço infestado com bacterias, e o que fazem para evitar isso, nada...
Passrm na saude oral nos centros de saude que não têm produtos para fazer a higienização, sabem como fazem....pasta de dentes...hahahaha, isto contado ninguem acredita....mas é a realidade...é uma das....
Bem feito! Vota PPD!
Qual acham que foi a principal razão para a criação do Citizen by Investment? Foi uma desculpa para criar uma agência para suportar os gastos das viagens do Presidente do Governo Regional. Uma vergonha e um autentico FLOP
Viajar à grande com o dinheiro dos outros é bom! Na Câmara do Cafôfo também já se imita o Sr Governo do Albuquerque! A viloada paga, aplaude e depois vota! Viva...
Luís Oliveira (que gosta de viajar a expensas próprias)
A verdade é que a oposição também não é melhor, deixa tudo isto acontecer.
Já sei, a JPP depois disto vai pedir uma comissão de inquérito a estas deslocações.
São todos iguais, governo e oposição, tudo jogadas para manter o seu tachinho.
Venha o diabo e escolha.
O que a gente precisa mesmo é de um Donald Trump Madeirense, alguém empreendedor e com sucesso, fora desta partidarite que nos tem desgovernado.
O que a gente precisa mesmo é de um Donald Trump Madeirense, alguém empreendedor e com sucesso, fora desta partidarite que nos tem desgovernado.
Miss Take, o "Cervejeiro" já tentou a sua sorte, mas o PSD-M não quis nada com ele enquanto líder.
Nem me tinha lembrado desse, está lá desde sempre é onde chegou foi à custa disso. E já que lá continua, bem podia e devia impor o seu modelo fiscal, nem que seja para justificar, o estar lá.
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