Carlos Pereira (PS) - Nota do dia

1- O Orçamento da Região para 2018 introduz os mesmos erros do passado: não renova o tipo de investimentos e aplica grande parte dos parcos recursos financeiros em infra-estrutras rodoviárias. Mas pior. Não dá o sinal que era esperado de reduzir a austeridade para as famílias: não reduz impostos, não devolve subsídio de insularidade, não reforça o acréscimo de salário mínimo, nem aplica uma nova política de complementos sociais. Tudo questões determinantes para o aumento do rendimento disponível e a redução do risco de pobreza, indicadores que a Madeira é campeã. Portanto, temos uma renovação, que já foi renovada, mas com os mesmos vícios, embora com (outra vez) novos protagonistas. Quem espera resultados diferentes, vive numa ilusão perigosa!

2- O PS-M nunca esteve tão próximo de aspirar contribuir para a governação regional. Triplicou as intenções de votos nos últimos 2 anos e meio e obteve o melhor resultado de sempre nas autárquicas. Está neste momento ombro a ombro com o PSD-M. Mesmo assim, ou por causa disso, alguns sectores do PS-M criaram uma candidatura de divisão que constitui a maior manobra contra o PS-M e as suas expectativas, um assalto insano e extemporâneo por agendas pessoais e, mais grave de tudo, constitui a bóia de salvação que o PSD-M precisava. Já vimos isto e, mais uma vez, repete-se a tese: fazer a mesma asneira a pensar que os resultados serão diferentes é irresponsável e insano. Resta a certeza que este movimento será derrotado, infelizmente, não sem estar a prejudicar a alternância democrática na Madeira...