Susana Prada na Assembleia das Ultraperiferias
- apoios financeiros e projectos em debate
Em
representação do presidente do Governo Regional, a secretária regional do
Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, participou em Bastia, nos dias 12 e
13 [ontem e hoje], na Assembleia Geral da Comissão das Ilhas da Conferência
das Regiões Periféricas e Marítimas.
No
encontro, os representantes das diferentes regiões insulares (que congrega 22
governos insulares com 15 Milhões de cidadãos europeus), reivindicaram os seus
interesses ao nível do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, bem como
debateram os projetos de regulamentos setoriais das diferentes políticas
europeias, apresentados recentemente pela Comissão.
«Foi com grande apreensão que verificamos que
do ponto de vista orçamental a dotação da Política de Coesão foi drasticamente
penalizada, funcionando como variável de ajustamento, questão que mereceu desde
o primeiro momento o nosso total repúdio. Pela sua extrema gravidade queríamos
destacar o exemplo paradigmático do corte no Fundo de Coesão. Não se aceita que
seja no Fundo que tem por objetivo apoiar os Estados-Membros mais pobres, ou
seja com um Rendimento Nacional Bruto mais baixo, que se aplique um corte de
cerca de 45%», realçou a governante madeirense.
No
entender do executivo regional a Política de Coesão deve manter o orçamento do
período anterior, o que permitiria continuar a ser a principal política de
investimento e de criação de emprego nas ilhas e nas Regiões Ultraperiféricas
em particular.
Susana
Prada defendeu, ainda, a manutenção da taxa de cofinanciamento tradicional para
as RUP na Política de Coesão nos 85%.
Se em
relação à dotação da Política de Coesão o Governo Regional assume uma posição
crítica, em relação às questões regulamentares considera que esta é uma boa
base de trabalho, nomeadamente em relação às menções feitas às especificidades
das RUP, que «vão de encontro ao
princípio da igualdade de oportunidades que sempre reivindicamos face aos
nossos constrangimentos permanentes», conforme sublinhou Susana Prada.
Madeira reeleita para a vice-presidência
da Comissão das Ilhas
Nesta
reunião da Assembleia Geral da Comissão das Ilhas, foi feita a eleição da sua
direção política, que reelegeu para seu Presidente Gilles Simeoni, presidente
do Conselho Executivo da Córsega.
Nesta
oportunidade, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque,
foi eleito para uma das vice-presidências que integram a direção política da
Comissão das Ilhas para o período 2018-2019.
Comissão das Ilhas com
declaração política sobre a Política de Coesão após 2020
A
posição política aprovada na passada quinta-feira pelos Governos insulares
chama a atenção do Parlamento Europeu e do Conselho para o facto de os novos
regulamentos da coesão não levarem suficientemente em conta as especificidades
e constrangimentos destes territórios.
Reivindicam uma abordagem
coerente e proporcional ao nível da Política de Coesão para as cerca de 2500
Ilhas existentes na União Europeia.
«A
Comissão das Ilhas felicita o facto de, conforme o artigo 349.º do Tratado
sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comunicação da Comissão Europeia
dirigida às Regiões Ultraperiféricas, de outubro de 2017, tenha sido
concretizada através de um grande número de medidas a favor destas regiões na
proposta da Comissão relativa à Política de Coesão pós 2020», refere o
documento ontem aprovado. Desta forma as Ilhas Europeias reivindicam um
tratamento semelhante ao proposto para as nove Regiões Ultraperiféricas.
O
documento apresenta uma comparação ao nível da elegibilidade à Política de
Coesão das regiões insulares, entre o atual Quadro Financeiro em vigor
(2014/2020) e o próximo Quadro que vigorará de 2021 a 2027. Esta análise revela
que, pese embora algumas exceções, a esmagadora maioria das ilhas da União
Europeia incorreram num declínio em termos do seu PIB regional, bem como
confirma as crescentes disparidades regionais entre regiões europeias
continentais e insulares.
A
adoção de uma parceria entre a Comissão Europeia e as regiões através de uma
governação multinível reforçada para a gestão dos fundos e a existência de
taxas de cofinanciamento adaptadas aos territórios europeus, são outros dos
assuntos abordados neste documento político. Relativamente às taxas de
cofinanciamento o documento defende instaurar uma derrogação para manter a
atual taxa de 85% para todas as regiões insulares e ultraperiféricas.
É
reforçada a ideia de uma necessária atenção para os denominados auxílios de
estado, que permitam a estes territórios lidar com os custos adicionais
resultantes do seu isolamento e em particular pela exiguidade de mercados e
ausência de economias de escala.
Esta
posição política reporta sete grandes questões com as quais as Ilhas se
encontram confrontadas e sobre as quais formularam propostas, posicionamentos
políticos e reivindicações.
Destaque,
neste âmbito, para a necessidade de fortalecer a dimensão territorial da
Política de Coesão da União Europeia, para a imperatividade da distribuição de
recursos da Política de Coesão refletir as necessidades da coesão territorial,
para a adequabilidade das taxas de co financiamento para as diferentes
categorias de regiões no quadro desta política e para uma cooperação
territorial europeia que faça mais pelas ilhas e pelas Regiões Ultraperiféricas,
com alerta para a potencial descontinuidade de alguns programas de cooperação
marítima inter fronteiriça, que presentemente funcionam.
Funchal, 13 de julho de 2018
O Gabinete da Presidência do Governo Regional da Madeira
2 comentários:
Representante do G.R.??? Ou representante dos LOBIS(Sousas ,Pestana,AFA...)
Com esta choca, não há pintos
Gagueja, gagueja....só o Blue a que lhe reconhece virtudes e qualidades
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