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domingo, 22 de julho de 2018



Discurso na íntegra de Rui Barreto, novo líder do CDS-PP, no encerramento do congresso do partido


"O Dia de hoje marca um novo ciclo na história deste partido

Marca um novo tempo

As minhas primeiras palavras serão, porém, para os antigos Presidentes do CDS-M

Para todos eles e em particular para aqueles que estão aqui presentes

Para o Dr. Ricardo Vieira

Para o José Manuel Rodrigues

Para o Dr. Lopes da Fonseca

Obrigado pelo vosso trabalho

Obrigado pelo vosso empenho
Obrigado por terem mantido vivo este partido, muitas vezes em condições particularmente difíceis


Eu não acredito em grandes ruturas

Acredito, isso sim, que a história das instituições é um contínuo e quem as dirige no tempo presente tem o dever de proteger o legado do passado

É isso que farei.

Assumo o compromisso de proteger a história do CDS

Os valores do CDS

O legado político do nosso partido

Porque só isso faz sentido!

A todos os ex-presidentes do CDS-M, a todos os ex-dirigentes do CDS-M, a todos os homens e mulheres que fizeram a história deste partido, construindo também parte da história contemporânea da Madeira,
O meu muito obrigado!

Hoje, inicia-se um novo ciclo

A responsabilidade de dirigir os destinos políticos deste partido cabe-me a mim.

E que grande responsabilidade é essa, meus amigos!

Para estar à altura, preciso de todos vós.

Um partido não é um projeto pessoal

É um projeto coletivo, construído diariamente pelos seus dirigentes e pelos seus militantes

Por todos aqueles que todos os dias

No parlamento e nas assembleias municipais

Nas vereações

Nos executivos das juntas

Nas assembleias de freguesia

Mas também nas ruas

Nos seus locais de trabalho

Nos seus círculos familiares e pessoais

Passam a mensagem do partido

Lutam, a maioria das vezes de forma abnegada e graciosa, pelos valores do CDS

Pelas suas propostas

Pelas suas ideias

Pelas suas posições

É isso, meus amigos, que quero que o CDS seja

Um projeto coletivo e não o partido do Rui Barreto

Um projeto integrador

Um projeto baseado no mérito

No trabalho

Na vontade

Por isso vos digo

Meus amigos

Conto com todos aqueles que quiserem participar

Conto com todos aqueles que quiserem trabalhar

Conto com aqueles que me apoiaram e também com aqueles que tiveram dúvidas

Conto com a comissão política, com o Conselho Regional, com as estruturas locais mas também com os militantes de base
Quando este Congresso acabar, serei o Presidente de todos os militantes do CDS

Terei a porta aberta a todos

E procurarei, a cada momento, valorizar o mérito e perceber quais os nossos melhores soldados para cada combate político

Não sou infalível

Vou cometer, eventualmente, alguns erros de avaliação

Sou humano e recuso-me a dizer que nunca me engano e que jamais tenho dúvidas

Preciso, pois, da ajuda de todos vós

Não hesitem em alertar-me para erros que eventualmente esteja a cometer

Serei frontal, leal e saberei ouvir

Porque só assim sei estar na política

Porque só assim sei estar na vida
Contem comigo porque eu conto com todos vós!

Senhor Presidente da Mesa

Senhora Presidente da Comissão Política do CDS

Caros amigos e congressistas

Aprendi cedo na vida que não basta dizer que se vai fazer.

É preciso fazer

Que não basta falar de valores

É preciso tê-los e pô-los em prática todos os dias

Aprendi desde cedo que não basta dizer que se vai falar verdade

É mesmo preciso falar a verdade, mesmo que às vezes, essa verdade não seja o caminho mais direto para o êxito

Aprendi desde cedo que não basta enunciar ambição

É preciso definir uma estratégia que consubstancie essa mesma ambição

Não basta falar em transparência

É preciso ser transparente

Não basta falar em rigor

É preciso ser rigoroso

Não basta falar em proximidade

É fundamental estar próximo

Aprendi desde cedo que palavras, mesmo que bonitas, leva-as o vento

E que é a ação que define os homens e as instituições

É isso que porei em prática

Quero um partido que concretize as suas ideias em propostas válidas

Que diariamente ponha em prática os seus valores

Que fale a verdade, mesmo quando, eventualmente, essa verdade doer

Que seja ambicioso

Que seja transparente

Que seja rigoroso consigo próprio para poder ser rigoroso na governação ou na fiscalização do trabalho de quem governa

Que seja próximo

Que saia à rua, indo ao encontro dos cidadãos
Que não faça da política um fardo

Uma obrigação

Mas sim que a encare como uma missão de serviço público

Em prol de uma sociedade melhor

Mais equilibrada

Mais justa

Onde a palavra futuro não seja um mero adorno
É isso que quero, meus amigos

E sei, porque vos conheço, que é isso que querem também

Que a política seja um meio para o bem comum

Que seja feita com vontade

Com alegria

Com energia

Com amor pelo próximo

Com garra
Com emoção

Com verdade

Porque é isso, meus amigos, que  os cidadãos esperam de nós

Não esperam que nunca falhemos

Esperam, sim, que sejamos humildes, que reconheçamos os nossos erros, que falemos a verdade, que sejamos revelantes

Credibilizar a política será também uma missão do CDS.
Uma missão que não é só minha.

É uma missão de todos nós

Minhas senhoras, meus senhores

Sei que a líder do partido me perdoará aquilo que direi a seguir

Quando, a 27 de Novembro de 2012, votei contra o Orçamento de Estado para 2013

Um orçamento apresentado por um Governo no qual também estava o meu partido

Sabia que seria penalizado

Sabia que estava a fugir à disciplina de voto que é norma nestas situações

Mas fi-lo porque interpretei, com rigor, a vontade do CDS Madeira

A vontade dos cidadãos da Madeira, que estavam a ser duplamente penalizados
Por um PAEF imposto por Lisboa, para fazer face à falência a que o Governo do PSD nos tinha conduzido

Pela troika, que se instalara no Terreiro do Paço porque o OS falira o país

A vontade desta estrutura regional

E a minha própria vontade

Fi-lo porque interpretei o sentimento autonomista do CDS-Madeira
Porque interpretei o facto deste partido ser, efetivamente, um guardião da autonomia

que ao contrário de outros, coloca sempre em primeiro lugar os interesses da Madeira e dos Madeirenses

Esse legado do CDS-Madeira não se pode perder

Assumo-me como um filho da autonomia e sob a minha liderança, o nosso partido há de estar sempre na vanguarda da luta autonómica

Da luta por melhores condições de vida para os cidadãos destas ilhas

Da luta para que princípios constitucionais como o da solidariedade e ou da continuidade territorial sejam efetivamente postos em prática

Da luta para um aprofundamento autonómico

Em termos fiscais, possibilitando maior competitividade à nossa economia

Em termos políticos, dando mais capacidade de decisão aos Madeirenses

No que respeita à gestão do território

Sob a minha liderança, o CDS Madeira colocará, sempre em primeiro lugar, a Madeira e os Madeirenses

Por isso, senhora Presidente do partido

Conte sempre com a minha lealdade
Conte sempre com a verdade

Mas conte também com uma defesa sem quartel da Madeira e dos Madeirenses

Porque é essa a nossa forma de estar na política

Porque é isso que os cidadãos que representamos esperam de nós!

Senhor Presidente da Mesa do Congresso

Senhores congressistas
Na moção que apresentei, proponho um conjunto de ideias que orientarão a ação política do CDS

Digo, reafirmando-o agora

Que temos por objetivo consolidar-nos como a terceira via para a Governação da Madeira

Com ideias claras

Com confiança

Com arrojo
Com trabalho

Neste momento, a Madeira parece viver prisioneira de um governo que governa mal,

Que não responde aos problemas ou que, quando o faz, fá-lo pela metade

Que é uma espécie de geringonça interna do PSD

Escolhendo os seus membros pela força das fações que representam

Com um único objetivo, a perpetuação no poder

Mas parece viver também na sombra de uma espécie de oposição socialista

Populista

Que prefere anunciar a concretizar

Que não oferece garantias

Que vão além da cosmética

Mas não, meus amigos
A Madeira não está condenada ao imobilismo ou ao populismo

Aos interesses instalados ou aos que se querem instalar

Aos que fazem por metade ou aos que não fazem

Não, meus amigos

O CDS provará que é a alterativa que a Madeira necessita

Que tem bons quadros

Que tem mérito
Que tem boas ideias

O CDS provará que poderá ser governo

Com ambição máxima

Com projetos sérios

Com gente boa e credível

Com humildade

Com trabalho

Daqui, deste palco, e falando para todos os madeirenses, digo bem alto

Contem connosco

Contem com o CDS

Contem com a nossa gente

Contem com o nosso trabalho

Contem connosco

O CDS voltou e veio para ficar!

Senhor Presidente do Congresso
Senhores Congressistas

Eu acredito muito na expressão antes só do que mal acompanhado

Por nela acreditar, repito aquilo que já por diversas vezes afirmei

Vamos sozinhos às eleições

E não queremos ser governo a qualquer custo

Deus nos livre de pensar em cenários pós-eleitorais nesta altura
Não, não gastemos um minuto sequer nesse tipo de análise

Preparemo-nos

E saibamos depois aceitar aquilo que os cidadãos aceitarem que merecemos

Não vamos para o governo a qualquer custo

Nem aceitamos, em circunstância alguma, coligações pré-eleitorais

Antes sós, que mal acompanhados

E deixe-me que vos diga que acredito tanto em nós, na nossa gente, na nossa capacidade de agregar talento da sociedade civil, que não nos devemos sentir sós.

Devemos sentir-nos muito bem acompanhados e esperar que cada vez mais madeirenses nos acompanhem também!

Não quero, aqui, enunciar um programa de governo
Seria pouco avisado e absolutamente precipitado

(E quem me conhece sabe que quer na minha vida privada e familiar, quer na minha vida pública, não costumo dar passos maiores do que a perna

Nem errar por falta de cuidado)

Apresentar-vos um programa de governo nesta altura.

Muita água irá correr sob a ponte, até às eleições, e muito trabalho temos ainda pela frente até termos um programa concluído

Apesar disso, não hesito em enunciar um conjunto de ideias que defenderemos intransigentemente

Defenderemos uma baixa sustentada dos impostos sob as pessoas e as empresas para que, num prazo de dois mandatos, seja reposto o diferencial fiscal entre a Região e o continente;

Defenderemos um governo que, não esquecendo os mais desfavorecidos, seja amigo da classe media

E isso exige que se repense o sistema regional de saúde, priorizando a construção do novo hospital

Exige que se repense os apoios dados às famílias, apostando em políticas de incentivo à natalidade, que não passem exclusivamente por derramar dinheiro

Passando antes pelo desenvolvimento de uma estratégia integrada de inclui as escolas e o acesso a elas, as creches e o acesso a elas, os transportes, entre muitos outros vetores

Se me permitem um aparte pessoal, senhores congressistas, com três filhos e orgulhosamente de classe média, eu conheço bem as dificuldades para conciliar a vida profissional e familiar.

É aqui que devo agradecer à minha mulher. Sem a Rosa, sem a sua ajuda, sem a equipa que os dois formamos, era-me impossível estar aqui.

Obrigado, Rosa. Do fundo do coração!

Voltando ao discurso

Um Governo amigo da classe média deve respeitar quem investe e procura criar riqueza
Deve gerir de forma responsável os impostos daqueles que os pagam

Sem gastos ostensivos e sobretudo, priorizando cabalmente os investimentos, que devem ser integrados numa estratégia clara de desenvolvimento

Sem desperdícios

Um governo amigo da classe média está atento ao empreendedorismo e procura, sempre, criar condições para que ele seja possível

Para que a inovação seja possível

Para que a criatividade tenha um terreno favorável

Envolvendo os agentes de ensino e as empresas

As instituições públicas e as instituições privadas

Com cuidado para não cair no erro da burocracia e da excessiva intromissão na vida das empresas ou dos cidadãos

Porque um governo amigo da classe média deve procurar desburocratizar e deve procurar limitar a sua intervenção na economia

Naquilo que respeita às condições de mobilidade e aos transportes, o CDS assume desde logo dois compromissos:

- Procurará que se criem condições para atrair uma terceira companhia aérea para a Madeira

- Naquilo que respeita aos portos, defenderemos a criação de condições para o aparecimento de um segundo operador portuário para o Porto do Caniçal

Porque acreditamos na concorrência e nos efeitos da concorrência para baixar custos às empresas e preços aos cidadãos

Na agricultura, defenderemos que os apoios comunitários sejam dirigidos para a produção local e não para a importação

E batalharemos para que, nos concursos públicos, seja dada prioridade aos produtos produzidos na Madeira

Defenderemos políticas de ordenamento do território que promovam a harmonização e uma maior coexão

Que apostem na fixação de população também no norte da Madeira, quer através de medidas de incentivo fiscal dirigidas às empresas e famílias, quer através de estratégias de caracter ambiental e da aposta no desenvolvimento de produtos turísticos inovadores

Encararemos o ambiente como prioridade, elemento essencial para o destino turístico Madeira

Defenderemos, sempre, o Centro Internacional de Negócios da Madeira que é, a par do turismo, vital para a economia regional
Este não é um programa de governo

São, se quiserem, as linhas mestras que nos orientarão

Meus caros amigos

A política não pode ser, apenas, a gestão corrente.

É pena que muitos políticos a encarem assim

É pena que muitos políticos recusem a ambição, o arrojo e não assumam que devem ter uma visão para a sociedade onde vivem. Que devem ter causas

Eu recuso-me a seguir esse exemplo

Recuso

Quero, convosco, construir uma visão para a nossa terra

Baseada nos nossos valores

Na coragem de tentar fazer aquilo que ainda não foi feito

Na vontade de arriscar

De evoluir

De crescer

Quero, convosco e com os talentos da sociedade civil que captaremos apresentar, em 2019, uma visão clara daquilo que, para nós, deve ser o futuro da Madeira

Se alguém espera que nos limitemos à gestão corrente, engane-se.

Estamos aqui para fazer diferente. Para fazer melhor. Para fazer aquilo que ainda não foi feito

Contem comigo como eu conto convosco

Contem com o CDS como o CDS espera poder contar com os madeirenses.

Agarremos o futuro. Ele será nosso, se assim quisermos.

Viva o CDS
Viva a Madeira!"

8 comentários:

Anónimo disse...

A Cristas Drª. mal sabe que o seu partido está muito mal representado por este duo que a rodeia
O barrete, o rodriguez e o pimentinha são uns amigalhaços que darão cabo do partido que até poderia ser oposição neste lado do mar.
Um partido que sempre foi honrado e dignificado por um Dr. Baltazar Gonçalves, Dr. Cabral Fernandes e um Dr.Ricardo Vieira e agora é assaltado por um trio que faz da política profissão e jeitinhos e arranjinhos
Realmente enquanto houve verdadeira liderança na RAM, sempre houve homens na oposição à altura.
Agora aparecem estes gansos de arribação e voam nos corredores das angústias e no palacete do colégio a seu belo prazer.
Acabou-se os desempregados na família e os pobres na mesma.

Anónimo disse...

Um vendido. Um partido sem credibilidade nenhuma.

Anónimo disse...

Partido que está há muito partido ,composto por traidores, oportunistas,gente sem alma

Anónimo disse...

O joaozinho do porto santo não aparece nas fotos?
O tal que diz mal de tudo e de todos.
O que se faz passar por anónimo para tentar incendiar a opinião pública do porto santo.

SIA disse...

Sejamos francos. O CDS vai ser engolido nas proximas eleiçoes, porque Rodrigues está tão gasto politicamente que os eleitores já não votarão. PS/Cafofo fará do CDS na Assembleia Regional um partido do tipo do Bloco Esquerda. 1 a 2 deputados. Ainda apraecerá um tal Barrete a dizer que assume todas as consequencias e se demitirá. Rodrigues calado continuará deputado e com salario por mais 4 anos. Isto é politica á nossa maneira.

Anónimo disse...

Muito fraquinhos estes dirigentes actuais.
Aquilo é uma amálgama de tachistas, onde o Sr. José Manuel arranjou maneira de sobreviver na política.

Anónimo disse...

Evidentemente que esta liderança bicéfala não funcionará, e não resultará.
Porque acontecem os choques de personalidade. Nem no BE funcionou.
O PS nacional tem um presidente é um secretário geral. Este é quem manda, e o primeiro é apenas figura decorativa.
Alguém está a ver o José Manuel a fazer figura de rainha de Inglaterra ?
Não me parece.
Criaram o caminho para Ricardo Vieira aparecer a médio prazo como o salvador da pátria.

Anónimo disse...

Deus lhe dê o céu quando morrer.
Que leve de vez o barrete que enfia na vilhoada
Que vá a lisboa com a cristas e pratique linguagem cubana a exemplo do rodrigues casamenteiro e patrono de mulheres desempregadas
Amen