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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

LARANJAL



REUNIÃO JARDIM-ROBERTO
NÃO METEU ARTILHARIA PESADA














Depois de umas horas na expectativa, o grupo parlamentar laranja respirou fundo, quando percebeu que a primeira reunião de Jardim com Roberto Silva, depois da bronca na comissão política, não provocara baixas. Ainda não é desta que a Assembleia cai. Parece.


Os deputados do PPD-Madeira viveram a manhã de quarta-feira 'com o credo na boca'. Com razões para isso. Durante horas, pairou no parlamento o fantasma da perda de maioria laranja. Depois da bronca de sexta-feira na reunião da comissão política, Roberto Silva tinha reunião marcada para esta quarta-feira com chefe Jardim, da qual não se esperava nada de bom, atendendo à tensão que ficou da referida comissão política.
O drama dos deputados social-democratas era claro: se a reunião das Angústias redundasse no 'pé-de-vento' que se temia, quem sabe se o berbicacho não acabava com dissolução do parlamento e perda de ano e meio de mandato para todos? É que Roberto ainda acabava independente...
Tudo estava em aberto: Jardim ameaçara expulsar os 42 militantes porto-santenses que subscreveram a lista do candidato Ruas, nas autárquicas; Roberto Silva também avisara que, no caso de concretização dessa medida radical, ele próprio se demitiria da comissão política do Porto Santo, no que seria secundado pelos outros membros daquele órgão local.
Um braço-de-ferro que fazia prever o pior desenlace, conhecendo-se a intransigência de Jardim em matéria disciplinar e o carácter determinado de Roberto.

Os deputados do PPD sofriam a expectativa do que poderia acontecer na reunião que julgavam marcada para a tarde. Julgavam... mas julgavam mal. Porque Roberto não regressou aos trabalhos depois do intervalo da manhã (11h-11h30). Logo... que se passaria?
Então, o encontro era de manhã. Os deputados não pararam de trocar comentários nervosos entre si.
Já se preparavam para ir almoçar com uma 'bola' no estômago quando, nova surpresa, Roberto Silva regressou à casa da democracia - e já mais ninguém ouviu o que dizia Rafaela Fernandes, que usava da palavra para encerrar as intervenções da manhã.
Acabado o plenário, escassos minutos depois, os deputados assediaram Roberto. Queriam saber se a reunião com Jardim tinha corrido bem. Ou se estava tudo perdido. Muitos arriscaram as perguntas que se impunham. Roberto a responder por monossílabos. Depois de tantas insistências, os deputados ouviram-lhe a confissão de que provavelmente não mudaria de assento para o lado de Zé Pedro Pereira, um deputado ex-PPD que se tornou independente.
Montado o puzzle das expressões lacónicas de Roberto Silva, o grupo parlamentar ficou com a ideia de que, se o conflito com Jardim não se resolveu totalmente, pelo menos está num caminho com solução à vista.
Como dissemos noutra peça, a expulsão dos 42 militantes do Porto Santo só poderia consumar-se a partir de uma queixa da comissão política ou de Jardim. E acredita-se em sectores laranja bem informados que não falta muito para pôr a queixa 'preto no branco', se é que já não está. 
Uma coisa podemos avançar: até esta quarta-feira, não entrou no conselho de Jurisdição qualquer documento com essas intenções.

Pelo exposto, podemos deduzir que pelo menos o primeiro encontro de Jardim com Roberto, depois da situação complicada na comissão política, decorreu e terminou sem troca de artilharia. Mas há que encarar o processo com muita prudência, atendendo aos protagonistas em palco, deveras imprevisíveis - com saliência, obviamente, para o líder dos Netos. 

5 comentários:

Anónimo disse...

um deputado, e logo o Roberto, a pedir demissão por uma questão de honra?!? LOL. Caro Calisto, está a ver muitos filmes!

Anónimo disse...

Roberto Silva tem os seus defeitos. Como todos nós. Mas também, como todos nós, tem as suas virtudes!
Não quero acreditar que o deputado do Porto Santo seja agora capaz de se acobardar perante a alucinação ditatorial de Jardim. Penso que os quarenta e tal militantes estão agora a salvo. Aguenta Roberto, esquece a palmeira e, no Conselho Regional, pede voto secreto em relação à questão da antecipação do congresso. Se fizeres isso, ganhas novamente o Porto Santo!

Anónimo disse...

O roberto está acabado ni porto santo!!

Anónimo disse...

Se assim for, parece-me que a situação foi bem resolvida. Como presidente do PSD Porto Santo esteve bem na defesa dos 42 militantes. Seria de coragem conhecermos quem são estes 42 militantes para verificarmos realmente a autoria da lista, algo que não está devidamente esclarecido. Fiquei apenas desapontado pela falta de reacção do companheiro Sérgio Marques, ao contrário do companheiro Miguel Albuquerque!

Anónimo disse...

Julgo que não conhecem bem o Sr. Roberto Silva. Durante 20 anos deixou destroços em todo o PSD do Porto Santo. Conspirando, fazendo ataques e removendo todos aqueles que alguma vez pensaram fazer-lhe frente. Pensem bem, se somente os Presidentes Concelhios tinham contacto directo com o Dr. Alberto João Jardim, quem é que iria dar a lista?
Esse sr. é um grande jogador, esta brincadeira pode-lhe sair o tiro pela culatra!
O PSD Porto Santo já não pode com esse sr., inclusive os próprios colegas de comissão. Muito me admira é o Fénix que quer renascer das cinzas dar tanto apoio a este sr., ou será que ele também é uma das fontes de fuga de informação do que se passa nas reuniões na Comissão Politica Regional??