O Bloco de Esquerda saiu hoje em defesa dos trabalhadores da SATA colocados entre a espada e a parede, quando confrontados com este dilema: ou saem da Madeira para continuar no activo ou aceitam o despedimento. Quanto ao governo regional, o BE acusa-o de ter lavado as mãos quando havia que actuar.
O Bloco de Esquerda explica melhor a mal contada história da SATA.
Governo da Madeira nada fez
para manter no Funchal
a base da SATA Internacional
Os trabalhadores (de bordo, terra e cockpit) da base da SATA Internacional do Funchal foram informados pela administração da
empresa que a referida base (do Funchal) iria encerrar no dia 31 de Março de
2014.
Ora, a base da SATA Internacional do Funchal tem cerca de dezena e meia de
trabalhadores residentes na Madeira, aos quais foram colocados 3 cenários: ou
integram a base de S. Miguel (e vão viver para os Açores), ou integram a base
de Lisboa (e vão viver para Lisboa) ou serão despedidos e, nesse caso, terão
direito à indemnização legal.
Considerando que a base do Funchal sempre deu lucro (de acordo com os
próprios trabalhadores) - e não é por acaso que existe uma companhia privada,
de seu nome Windavia, que está interessada em vir substituir a SATA
Internacional - é incompreensível que a SATA Internacional tome esta atitude.
A nossa preocupação tem a ver com o facto dos trabalhadores terem que ser
obrigados a "deslocalizar-se" para os Açores ou Lisboa, afastando-se
das suas famílias ou, em alternativa, terem que optar pelo desemprego.
A maioria destes trabalhadores são efectivos e muitos deles têm filhos
pequenos, créditos à habitação, etc, etc, o que dificulta muito a vida, terem
que ser deslocalizados ou, em alternativa, despedidos.
O Sindicato representativo destes trabalhadores reuniu já com a Secretária
Regional do Turismo e Transportes da Madeira que "lavou as mãos",
desconhecendo-se, até este momento, uma posição do Governo Regional dos Açores,
"dono" da SATA Internacional, sobre a situação dos trabalhadores,
viabilidade da base do Funchal e futuro regresso à Região.
É triste que o GR da Madeira, que podia e deveria ser o interlocutor
privilegiado para negociar com o GR dos Açores, neste caso, nada tenha tentado
fazer por puro preconceito político-partidário.
Nem o facto da cessação da actividade da base do Funchal da SATA
Internacional prejudicar, não apenas os trabalhadores, como também a própria
região enquanto destino turístico foi suficiente para que o Executivo
madeirense tivesse uma intervenção mais empenhada tentando evitar a saída desta
companhia da Região.
A Madeira precisa de todos os instrumentos que nos permitam alargar a
promoção no exterior e garantir a estabilidade da nossa região enquanto destino
turístico.
Nesse sentido, a deputada do BE na ALRA dirigiu um ofício ao GR da RAA a
solicitar esclarecimentos e a exigir respostas que garantam a continuação do
vínculo laboral com os trabalhadores madeirenses, sem ser necessário
deslocalizá-los.
Aguardamos uma resposta, mas entendemos que este esforço de manter a base
do Funchal da SATA Internacional deveria ser feito, simultaneamente, pelo GR e
pelo PS junto do GRA.
Porque esta situação prejudica gravemente a Madeira e a Madeira tem que
estar em primeiro lugar.
Funchal, 25 de Fevereiro de 2014
O BE Madeira
1 comentário:
O bloquinho tem solução para tudo, pá.
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