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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS


COMISSÁRIOS DO PPD NÃO PODEM
'FALAR DO TEMPO' LOGO À NOITE


Na reunião desta sexta-feira só há duas atitudes coerentes. Quanto à terceira atitude, deixar correr o marfim, será o mais indigno fim de todos.


Os membros da comissão política do PPD são obrigados a definir-se esta noite: ou exigem que o presidente se demita, e com ele toda a comissão, ou então manifestam apoio incondicional ao líder e fazem incluir essa decisão no comunicado final. Se continuarem a ignorar o charco, a história os julgará severamente. 



O que se passa no PPD é lá com os seus dirigentes - aliás apenas um dirigente - e com os militantes. O problema é que o PPD é o partido no poder. E o seu líder, nas condições lastimáveis em que jaz actualmente, continua à frente do governo regional. Isso já diz respeito a todos os madeirenses. Daí não podermos ignorar o que por lá vai. Sobretudo quando é chegada uma data que deve ser de grandes definições: a reunião desta sexta-feira à noite em que presidente e comissários desavindos se encontrarão frente a frente à volta de uma mesa que não aguenta mais a crónica, oportunista e doentia unanimidade.



Oportunidade para grandes decisões

Não há possibilidade de fuga: os membros da Comissão Política do PPD-Madeira participam esta noite na primeira reunião da história do partido em que devem intervir activamente, ao contrário da passividade tradicional.
Para que não sejam apontados até ao fim das respectivas carreiras políticas como co-responsáveis pela morte de um partido que foi grande na Região, e é se não for tarde demais, terão de assumir hoje uma de duas posições:

1.ª - Propor a demissão imediata do presidente e da própria comissão política para que uma transformação radical possa ainda evitar a derrocada do partido.
Ou
2.ª - Manifestar expressamente, com referência no comunicado final dos trabalhos, apoio incondicional ao presidente do partido e exigir medidas contra os militantes a quem o mesmo presidente acusa de estarem a cometer parricídio para rebentar o partido por dentro.


No ponto a que a situação chegou, não há medidas intermédias. Ou sim ou sopas.



A primeira medida é claramente a mais racional: objectivamente, o presidente da comissão política não tem mais condições para continuar em funções.

O ponto a que a sua postura político-partidária baixou não permite dúvidas: ele pretende arrastar consigo aquele antigo império social-democrata e só não trata de destruir também a própria Madeira porque aí fiaria mais fino.
O estado de coisas naquela Rua dos Netos é tão dramático e exposto às escâncaras que nem sequer é preciso perder tempo com retrospectivas fastidiosas. Basta recordar o que se passou esta semana. Em quatro dias apenas, o comportamento do chefe laranja revelou que não pode haver inversão de marcha para o comboio desgovernado.
O homem esqueceu-se de governar para dar largas à raiva contra os que o querem desalojar da cadeira. Internamente.


Semana de embrulhar o estômago - mais uma

Na segunda-feira, dedicou-se o chefe à tarefa de insistir no chumbo às assinaturas apresentadas por Miguel Albuquerque para o congresso extraordinário electivo. As pressões caíram das Angústias sobre os órgãos com influência no desenrolar dos acontecimentos: conselho de jurisdição (CJ), secretariado e mesa do conselho regional. 
O conselho regional fugiu à chuva pedindo parecer ao CJ. Este rechaçou as pressões que mais uma vez foram chegando. Já para o secretariado, ou melhor, para Jaime Ramos, as ordens de Jardim soavam bem aos ouvidos. Se um diz mata, o outro diz esfola. Nenhum - Ramos e Jardim - está interessado em ceder um dia de poder. Logo, 'não' ao congresso extra.
Das andanças da segunda-feira, resultou aquele artigalho para manchete do panfleto do chefe, o JM, na terça: "Albuquerque só tem válidas 161 assinaturas".
Ora, Albuquerque apresentara 640 nomes. Se é verdade que os seus colaboradores deviam ter mais cuidado na recolha, em nome da sua própria credibilidade, pior foi a parangona do chefe ao anunciar, no meio de sonoras trombetas, apenas 161 assinaturas legais, quando afinal havia 325. Mais do que as suficientes (300) para o processo avançar rumo ao conselho regional.
O artigalho do JM originou a resposta de Miguel Albuquerque.
Ainda na segunda-feira, sua excelência tratava pejorativamente como "indivíduos" os funcionários da empresa Electro Lugares que se manifestavam diante da Presidência pedindo intervenção para que lhes paguem os salários em atraso e assim poderem matar a fome às famílias. Jardim não só desprezou como enxovalhou aqueles que descontam para o seu vergonhoso duplo vencimento.
Na mesma segunda-feira, o 'jornalista' Jardim ainda teve tempo para escrever um dos seus 'escrevinhanços' para sair terça-feira no JM, na coluna cativa da última página. Em síntese, o homem que enxovalha, ofende e ataca tudo e todos, agora dentro do seu próprio partido, a ponto de estar praticamente sozinho, ainda se queixa de parricídio. Põe toda a família na linha de fuzilamento e diz que os outros é que o querem matar!


O golpe mais sujo de que há memória


Mas a segunda-feira não acabaria sem o líder do PPD regional praticar um dos golpes mais sujos da sua carreira política. Desprovido do mais leve escrúpulo, fez chegar ao Diário de Notícias, o tal que ele acusa de hostil, um cartão pessoal dirigido pelo seu companheiro de partido Roberto Silva a um adjunto da presidência. Anteriormente, o porto-santense Roberto tinha confirmado ter escrito às Angústias pedindo que não fosse accionado um anunciado processo de expulsão a 42 militantes social-democratas da pequena ilha que haviam apoiado outra candidatura nas autárquicas. Que decidiu Jardim fazer? Mostrar, através de um cartão pessoal, que Roberto era quem propusera as expulsões referidas. E não era. Roberto falara dos 9 elementos que concorreram com outras cores, o que estatutariamente dá expulsão automática. Jardim confundiu as coisas como é seu timbre para assassinar no pelourinho, perante os co-partidários porto-santenses e perante toda a Madeira, aquele seu companheiro de partido. O cartão saiu a público na terça-feira.
Obviamente que Roberto, apesar de não estar 100% imune a críticas neste processo, convocou para o mesmo dia os órgãos social-democratas da ilha. De onde saiu a solidariedade ao próprio Roberto e uma decisão clara: se Jardim avançar com a tal expulsão dos 42 militantes, os órgãos locais demitem-se em bloco.
Até ontem, pelo menos, o chefe não se atrevera a formalizar a queixa junto do conselho de jurisdição.
Como diz o Leitor? Há dúvidas sobre a responsabilidade do chefe na divulgação daquele cartão pessoal? Pois é questão de ir às actas do parlamento que algures encontrará atitude igual do chefão, só que contra um político de outro partido. Já lá vão tempos.


Partido revoltado

Como não podia deixar de ser, a publicação de um cartão pessoal na tentativa de 'queimar' quadros do partido com trabalho político feito, com as virtudes e os defeitos a que ninguém escapa, causou inaudito mal-estar entre todos os social-democratas, até junto de alguns indefectíveis do chefe. Jardim, informado, resolveu então as coisas à sua maneira: virando o bico ao prego, ei-lo a esgalhar mais um daqueles artigos apócrifos no JM desta vez com a pueril ideia de passar o odioso para o lado de Roberto Silva. 
Julgou a cansada personalidade conseguir fazer esquecer a sujidade do cartão publicado se acusasse Roberto do mesmo acto ignóbil, de ter facultado uma carta ao tal diário hostil. E acusou. Escreveu isso mesmo. Para concluir que a (inexistente) atitude de Roberto teria causado "surpresa no seio do PSD-Madeira" - assim expressava o título de primeira página do JM.


Defesa batoteira e contra-ataque desesperado

Mas o chefe não se se reduziu a uma táctica defensiva. Aproveitou aquele espaço no JM para, além de referir a "estupefacção" nos meios social-democratas ante a carta que Roberto teria delatado, contra-atacar em força com mais ofensas ao deputado porto-santense e com uma ameaça de saneamento dele, Roberto, através da eleição de uma nova direcção para o PPD-Porto Santo.
Mais uma vez, Roberto Silva negou as afirmações do líder, com argumentos claros. Em suma, jamais permitira acesso a carta nenhuma, fosse a quem fosse.

Sem dúvida que esta foi "a semana de Roberto". Mas o seu caso não progrediu isoladamente.
Continuam os ecos das afirmações prepotentes do chefe no Porto da Cruz, onde confessou mais uma vez o seu instinto vingativo rejeitando apoio do governo regional a quem votou noutras cores em Setembro. Uma facada na já martirizada imagem de um governo que deveria governar para todos (hoje não governa para ninguém) e na própria imagem do PPD-Madeira. 
A semana contemplou mais artigos não assinados no JM atacando as câmaras que se atreveram a desalojar o PPD jardineirista, designadamente Funchal, Machico e Porto Santo.
Sucederam-se os escritos choradinhos e ridículos, sob a forma de artigos de opinião, de um homem para quem pensar um PPD com novas personagens ao comando constitui tenebrosa traição. Ele julga-se, vá lá saber-se por que cargas de água, com direito a ficar nas Angústias até ao último dia de vida.
Por isso, não cessam os ataques mais soezes a companheiros de partido que se assumiram pretendentes à presidência do partido. Eles prosseguem nas tarefas a que se propuseram. Miguel Albuquerque na luta pela antecipação de congresso, no que é apoiado por outros Delfins. Sérgio Marques apresentado ideias para um novo PPD, algumas por sinal bem radicais, apesar do 'defeito' que o chefe lhe inventou, o de 'politicamente correcto'.


Reunião participada por dissidentes indisfarçáveis

Quando se vislumbra já um conselho regional para votar a realização ou não de um congresso electivo, os comissários da CPR sentam-se logo à noite diante de Jardim.
Já não será possível, por mais 'normal' que tenha sido a hipocrisia destes anos todos, fingirem que o ambiente é sofrível. À mesa dos trabalhos estarão comissários com posições públicas contrárias às do chefe. O que não se deve a um espírito democrático que permitisse tão salutares divergências internas, mas sim à fase do processo de mudança a que se chegou.
Uns enfrentam o chefe insistindo na antecipação do congresso. Outros, traição das traições, fazem reuniões sob holofotes para tratar de um futuro para o qual Jardim não é tido nem achado - caso dos muitos componentes do movimento 'Autonomia XXI', alguns sentados logo à noite perto do homem.
Estarão também à mesa da reunião social-democratas que se têm manifestado contra as ordens de expulsão dadas pelo chefe - ordens aliás sem qualquer eficácia prática.
O PPD-Madeira está de rastos. Com esta liderança, cairia fatalmente para os últimos lugares numa eleição regional que se fizesse agora. Em surdina, todos são unânimes: o homem tem de sair o mais depressa possível, porque ali reside o inchaço. 


Ou os comissários se demitem em bloco...

Esta noite, não acreditamos noutra situação que não seja os comissários colocarem finalmente os problemas a nu. Não acreditamos que, depois do que aconteceu nos últimos dias, Roberto Silva viaje do Porto Santo ao Funchal para dar 'boa noite' ao chefe e ficar a ouvir as condenações aos 'traidores'. Roberto Silva ou sai da reunião com a retractação pública do chefe ou sai dali para não mais entrar enquanto o actual reinado se aguentar.
Só há esta escolha.
Os outros comissários também não podem deixar seguir a viagem como se tudo estivesse a correr na maior das normalidades. 
Com a situação no ponto a que chegou, não há mais margem para ficar calado. Assim: a comissão política enche-se de brios e dá cabo do monstro ou o monstro dá cabo dela.
Só existe uma postura inteligente, coerente e pragmática: avançar para a dissolução da comissão política, precipitando as grandes decisões que talvez ainda salvem o partido.
É isto que os comissários devem fazer logo à noite.


...Ou assumem expressamente apoiar o chefe

Em alternativa, e porque têm de ser actuantes, colocam-se ao lado do chefe e fazem aprovar um comunicado de apoio. Para que os militantes - e os madeirenses em geral - percebam que, afinal, o homem não está sozinho, que, vistas as coisas, os outros membros da CPR até acham que as suas atitudes estão correctas. Desse modo, a vida do PPD fica definida. A estratégia do partido é assim, não porque o chefe tenha enlouquecido, mas porque os órgãos social-democratas a consideram certa.
Actuando assim, os comissários caem no abismo agarrados ao chefe suicida, mas pelo menos despedem-se com dignidade.

O que os comissários não podem é continuar com as suas leituras trágicas cá fora e lá dentro sorrirem para o chefe como se estivessem a trabalhar para entrar nas próximas listas. 
Não se esqueçam de uma realidade: aquele cartão pessoal delatado em público transformou-se num 'cartão alaranjado' que os madeirenses têm bem erguido na cara do vosso regime caduco.
Em breve, o cartão será vermelho.

Protagonistas para esta noite que ficarão na história, de um modo ou de outro:

Comissão Política Regional

Presidente: Alberto João Jardim

Vogais:
José Miguel Mendonça
Guilherme Silva
Miguel de Sousa
Luís Filipe Malheiro
Paulo Fontes
Tranquada Gomes
Coito Pita
Manuel António Correia
Fernanda Cardoso
João Machado
Roberto Silva
Ricardo Franco de Sousa
Carlos Alberto Rodrigues
Nuno Olim
Maurício Pereira
Nuno Bazenga Marques
Nuno Teixeira
Bruno Pereira
Jaime Filipe Ramos
Pedro Coelho
Francisco Gomes
António Trindade
Rafaela Fernandes
Jaime Ramos
Brazão de Castro
Rómulo Coelho
Edgar Garrido


Divulgamos também os futuros protagonistas da grande decisão sobre o pedido de antecipação do congresso electivo apresentado por Miguel Albuquerque - na reunião marcada para o centro de congressos da FSD, dia 22 de Março, como sempre um sábado.

Conselho Regional

Mesa

Presidente: João Cunha e Silva
Vice-Presidentes: Francisco Jardim Ramos, Manuel Baeta
Secretários: Emanuel Sabino Vieira Gomes, Ismael Fernandes
Vice-Secretários: Arlindo Gomes, Cláudia Monteiro Aguiar


Vogais:
1 – João Carlos Abreu
2 – João Dantas
3 – Luís Dantas
4 – Alberto Casimiro
5 – Rosária Sardinha
6 – Maria Elisabete Andrade
7 – Marco Pereira Fernandes
8 – António Emanuel de Oliveira e Freitas
9 – Carlos Alberto Gonçalves
10 – Carlos Tomás Rodrigues
11 – Clemente José Pontes Rodrigues
12 – Santos Costa
13 – Iolanda Pereira da Silva
14 – Jorge Morgado
15 – Francisco Taboada
16 – Francisco Santos
17 – João Afonso de Almeida
18 – Duarte Mendes
19 – João Lino Pereira Gonçalves
20 – João Manuel Figueira da Silva Santos
21 – Bruno Pimenta Macedo
22 – Jocelino Veloza
23 – Jorge Luís
24 – Jorge de Oliveira
25 – José Aníbal Rodrigues Alves
26 – José António de Castro
27 – José Aires Neto
28 – José Carlos Rodrigues
29 – Jorge Faria
30 – José Arlindo Aguiar Gouveia
31 – Marco Cabral
32 – Valentim Caldeira
33 – Luísa Aurélio Santos Peixe
34 – Higino Teles
35 – Maria Talhinhas Teixeira
36 – Maria de Fátima Fernandes
37 – Graça Luís Oliveira
38 – Maria João Delgado
39 – David Gomes
40 – Marcelino Pereira
41 – Rui Adriano de Freitas
42 – Miguel Afonso
43 – Rocha da Silva
44 – Paulo Jorge de França Gomes
45 – Paulo Jorge Fernandes de Sousa
46 – Almada Cardoso
47 – Rosa Oliveira
48 – Luís Filipe Santos
49 – Rui Freitas Pereira
50 – Eduardo Paulo Mendes de Andrade
51 – Sílvia da Silva Freitas
52 – Mário Filipe Soares Rodrigues


Faltam, com direito a voto, os seguintes:
Um representante de cada Freguesia da Região
Quinze representantes da JSD
Quinze representantes da TSD

O secretariado, Comissão Política e Conselho de Jurisdição  não têm direito a voto.

Nota do 'Fénix' - Esta é a relação quando da constituição do órgão. Possivelmente careça de alguma actualização.


28 comentários:

Anónimo disse...

os membros da comissão politica exigirem que Jardim se demita , ou se demitirem em bloco ? Bom se não conhecesse Luis Calisto diria que ele acredita no Pai Natal.

José António Castro disse...

Por muita pressão que queiram colocar, olhem bem para a composição da Comissão Política e digam lá quem é que saltaria fora... 1,2,3? Mais do que isso é fantasia.

Anónimo disse...

Se saltarem 3 ou 4 da Comissão Política esta fica sem legitimidade.

Anónimo disse...

A análise é exaustiva, lógica e plausível mas esquece uma base fundamental: trata-se de uma organização, um partido que tem regras e que quer se goste ou não se goste têm que ser seguidas. E isto é importante agora e mais importante para o futuro. Os candidatos que agora querem quebrar as regras não vão querer abrir precedentes para quando venham a ser eles os líderes.
Mas a semana fica ainda marcada pelo fato inédito de um candidato a líder do PPD sugerir que os simpatizantes possam também eleger. Senhores, nem tanto ao mar nem tanto à serra. Sérgio Marques está numa de abertura tal que daqui a uns dias ainda vai propor que na comissão política ou no futuro conselho regional do PPD haja lugar para os representantes de outros partidos?
Miguel Albuquerque começa a patinar, já que não faz mais nada sem ser falar de AJJ. OU seja, não tem muito para dizer ou, tem medo de falar porque se começar a falar pode começar a dar nas vistas a razão de não ter agido ou feito o que agora vem propor enquanto eve poder como Presidente da CMF. É que este senhor não começou na coisa política agora e muitos dos "crimes" de que acusa agora AJJ ele mesmo os cometeu na câmara.

Luís Calisto disse...

Estas observações do Comentador acima fazem todo o sentido. Mas continuo a pensar que entre as regras que conduzem uma organização está o dever de os intérpretes se assumirem em vez de seguirem cegamente um chefe desregrado. No caso concreto, aliás, entendo que o líder já escaqueirou as regras todas do seu partido.
Mas não insisto. Esse é um trabalho para os social-democratas.

Anónimo disse...

Reunião no Dia dos Namorados..., já se sabe no que vai dar...

Anónimo disse...

Volto ao tema respondendo ao que o Luis Calisto cementa sobre o meu comentário: Absolutamente de acordo coma sua análise quanto ao desregramento do chefe. Aliás, culpo todos os seus seguidores, entre os quais os agora candidatos (se calhar até mais estes) por o terem sempre deixado fazer que entendia e se terem acomodado durante anos a esse fácil papel de dizer que havia uma liderança forte/musculada. As virtudes destes agora candidatos ceiam maiores se, dentro da cordialidade e regras do jogo, tivessem tido coragem de dizer dentro e fora o que agora de forma fácil, porque constatando a decadência do chefe, dizem de forma aparentemente corajosa. Sérgio Marques poderia ter falado antes. Miguel Albuquerque também, até mais, poderia ter feito diferente enquanto foi Presidente da Câmara mas, nenhum o fez. Já Manuel António, esse ao menos é coerente pois, não apresenta nada de novo. a sua proposta é ele ser o substituto/réplica do que está de saída. Falo apenas destes três porque são os que assumiram a candidatura. Miguel de Sousa, até agora apenas anunciou que vai anunciar e, quanto ao resto, naturalmente que se esperam outras candidaturas mas, parece-me que neste aspecto estão até a ser mais inteligentes pois tudo tem um tempo e, que se saiba, ainda não é tempo, a não ser para a bilhardice e diz que disse. quando chegar o tempo se calhar alguns doas já candidatos não terão muito mais para dizer do que têm dito até agora e que sendo aparentemente muito não tem sido mais do que dizer mal do pai.

Luís Calisto disse...

Nada a reparar na sua análise dos factos, incluindo a posição dos candidatos assumidos - salvo o pormenor de terem sido eles a desbravar caminho. Acho que pior estão os que lá continuam. Como se vão justificar daqui a dias?

Anónimo disse...

O.K. Para terminar por hoje que a política, mais que 5 minutos por dia até cansa:

Se calhar não têm que justificar nada. Tudo depende da posição efectiva que defenderem em cada caso e em cada situação. O facto de lá estar não significa só por si que estão de acordo com o chefe. Aliás, acho que esse foi um erro do Sérgio Marques. Se quer mostrar coragem e frontalidade, poderia manter-se na Comissão a que pertencia fazendo vincar as suas posições e, em sede própria, tentar convencer outros companheiros do seu partido a assumirem posições e a sustentarem essas posições sem ser na base do seguir cegamente o seu chefe mesmo que seja rumo ao abismo. Ao sair, Sérgio Marques, acaba por perder espaço que poderia inteligentemente usar e passa a ser uma figura que revela falta de enquadramento e é essa a razão pela qual ontem avançou com a ideia peregrina e suicida de sugerir que simpatizantes votem numa questão partidária. quem confia num líder destes que mostra que não confia nos seus companheiros de partido e pretende ir buscar apoios fora do partido quando o que se trata, por agora é apenas de uma eleição interna? Albuquerque, a este respeito está mais salvaguardado e foi mais inteligente ao provocar a retirada atempada e antecipada da sua representante Rubina. Já Manuel António, uma vez mais não precisa fazer nada pois a sua teoria é a de que faria o mesmo com os mesmos mas melhor, por isso a questão, para ele é manter as coisas como estão apenas trocando o nome do chefe. Portanto não há assim um verdadeiro desbravar caminho, antes pelo contrário. Manuel António está quieto e mesmo o anúncio recente de que avança seja contra quem for só é possível porque alguém (o chefe) o colocou nos blocos de partida anteriormente. Miguel Albuquerque é candidato porque esgotado o tempo útil na Câmara ficou sem qualquer alternativa após a derrota com sabor a vitória o ter surpreendido. Ele preferia de longe ter perdido copiosamente do que ter quase ganho, pois isso dava-lhe espaço para ser o Cafofo regional. E Sérgio Marques, ainda está para ver mas, parece-me que avançou para tentar contrariar o estigma do político que nunca o foi. Hesitante, indeciso, agora sim mas tão prudente que facilmente abdicará em favor de um consenso que mais tarde ou mais cedo o salvará da exposição do vazio que é a sua candidatura. Não faz sentido assentar uma candidatura ao PPD com base no jackpot, na limitação de mandatos e no nº de deputados. Isso é muito pouco e seja quem for que ganhe terá que o fazer.

Luís Calisto disse...

De acordo. À excepção da interpretação da saída de Sérgio Marques da comissão política. Era insustentável continuar lá dentro um candidato que quer mudar tudo, estando, pois, contra a linha da comissão de que fazia parte.
A coerência tem de valer alguma coisa, mesmo em política.

Anónimo disse...

Apesar de corajosos:
-Albuquerque não diz nada sobre futuro da Madeira;
Apenas fala da necessidade de mais democracia- é importante, mas não chega;

-Marques defende alteração de regras e em 3 meses quer resolver tudo. Santa ingenuidade e inexperiência;

-MAntónio anda pelas bananeiras;

-Cunha e Silva acomodou-se e não tem coragem.

-Miguel Sousa saiu do governo há mais de 20 anos. Não tem responsabilidades recentes. Parece que tem projeto.

Veremos os próximos capítulos

Anónimo disse...

O Sérgio Marques está a incomodar muita gente pela pessoa coerente seria e humilde. Tem a simpatia de muita gente tanto de militantes como do povo. Sérgio continua tenho acompanhado a tua candidatura, e é uma pessoa com ideias que nós precisamos. Abrir o partido à sociedade é de extrema importância porque são essas pessoas que depois vão votar no PSD nas eleições externas. É com felicidade que te vejo chegar aos 3000 likes pelos vistos em três meses! O vazio politico vai ser quando no dias das urnas quando os outro candidatos observarem o voto silencioso que muitos militantes vão dar em TI! CONTINUA!

Anónimo disse...

Miguel de Sousa o grande empresário com o sobrenome Sousa já encheu os bolsos o suficiente!Tão corajoso é que até se calou quando foi enxuvalhado pelo Jaime Ramos esse tem futuro é a beber cerveja com tantos anos como deputado na Assembleia legislativa sem fazer nada! O comboio já passou para esse ao tempo...

Carlos disse...

O PSD tem vários candidatos á liderança mas só um tem condições para ganhar eleições regionais e ser presidente do governo regional: Miguel Albuquerque! No meio de tanta gente "ilustre" só um Homem teve a coragem de afrontar AJJ, candidatou-se contra o mesmo, recolheu assinaturas e diz claramente qual a situação real da RAM e as suas soluções para os problemas. Votar em Albuquerque é escolher o próximo presidente do governo, votar noutro candidato é escolher o próximo líder de um partido da oposição!!!

Anónimo disse...

Albuquerque julga que por ter sido o primeiro a candidatarse agora nao precisa de fazer mais nada, grande erro! Não é um bureau internacional e um contabilista holandes que vai melhorar a minha vida e dos madeirenses. Nāo brinquem com coisas sérias que agora com mais candidatos nao tem hipotese nehuma.

Anónimo disse...

O anónimo das 16:15 é o genial sabujo que escreveu sobre Bruno Pereira. Apoia Manuel António. Ainda bem. Quer dizer que vai perder como o anónimo.

Anónimo disse...

Manuel Antonio com o Eduardo Freitas como principal apoiante ja perdeu ele tem nada mais nada menos que o maior perdedor da madeira lambe botas seguia o Bruno para todo o lado a procura de tacho e pelo que sei perdedor por muitos na concelhia do funchal.. uma vergonha estes boys.

Anónimo disse...

Texto muito bom

Anónimo disse...

Como é possível defender Manuel António? Membro do pior Governo da história da madeira...

Vico D´Aubignac (O Garajau) disse...

Sr Calisto,
O Sr empolgou-se neste post! Chegámos ao fim do mesmo e o nosso coração encontrava-se aos pulos — a imaginar aquela comissão política em fila indiana a apertar o pescoço do senhor presidente do Governo Regional.
Mas não, racionalmente, tivémos de refrear os ânimos: como já aqui um dia escrevemos: enquanto não se confirmar o rigor “mortis” da peça, há que assumir medicamente que o corpo permanece estrebuchando!
CUIDADO com os estragos!!!
Saudações político-patológicas.
V.D´A.

(N.R. Quando acedemos a esta área de comentário, o nosso antivirus entrou em histeria e algarviou ter bloqueado um ficheiro "altamente nocivo"....
Que ódios o Sr Calisto anda esconjurar?
Bom fim de semana - longe de exorcismos!!!

Anónimo disse...

Manuel António é o substituto natural para manter o "status quo" mas já identificou os pontos fracos deste governo regional, ou acham que a "inovadora" ideia da tutela conjunta do ambiente e turismo é inocente? Depois irá discutir o estado da educação.

Anónimo disse...

para o "estado da educação" que o comentador das 22.22 refere, só há uma solução possível : limpeza total! e começar de raiz com gente que perceba do assunto e tenha provas já dadas no sector. Chega de amadorismo e boys/girls...

Anónimo disse...

Deixem-se de dizer asneiradas só há duas pessoas com capacidades de ser Presidente do Nosso Partido ,Dr Cunha Silva ,e Dr Miguel Albuquerque! Serão eles que discutirao a Liderança no futuro Congresso,sem margem de Dúvidas.

Anónimo disse...

Ahaha esta gente do Cunha e Silva então é de rir o coveiro da Madeira que obriga as pessoas a assinar a sua candidatura! Este ainda consegue ser pior que o Manuel Antonio!!

Anónimo disse...

Nada do que foi escrito aconteceu. Como é habitual! Porque não apaga este texto? Só desacredita o espaço.

Anónimo disse...

Ao comentador das 19:17

Se em 38 anos de quinta vigia, o sua excelência não ligou p.... às opiniões dos outros, com a consequências que sabemos, porque agora num estado de demência iria ligar à análise do autor do blog ?

Anónimo disse...

Aposto que o Conselho Regional em voto secreto votaria a favor da antecipação do congresso para por o Ui sem importância nenhuma. Se o Presidente do Conselho Regional tem coragem, que dê um sinal da descolagem do Meio Chefe e deixe os Conselheiros votarem em secreto

Anónimo disse...

Vamos lá ver se estes idiotas que apoiam diversas candidaturas nos cafés,e nas casas de banho,todos com rabos de palha e muitos ricos à custa do Presidente,têm Tomates para votar a Favor do Congresso Antecipado!