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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SAUDADE


PEDRO, UM VELHO AMIGO QUE NOS DEIXA


Fiquei estupefacto com a bruta notícia. Mas não havia dúvidas: o meu velho companheiro do velho Diário tinha morrido. Pedro Fernandes, o nosso Pedro, invariavelmente disponível para nos guiar pelas velhas estradas da Madeira nos serviços agendados ou inopinados. Comecei por fazer equipa com ele, em tantas saídas, no tempo de conhecer realidades submersas por essas assimetrias regionais dentro, para depois as plasmar, com os castiços e coloridos do campo, nas páginas formato grande das gloriosas edições dominicais da época.
Pedro completava como ninguém, ao volante do carro DN, a equipa de jornalista e repórter de imagem, participando no trabalho muito para além de, com grande saber, levar o 'Peugeot' station por barrancos e abismos em busca da reportagem.
Quantas vezes o regresso se deu de madrugada. Pedro mal tinha tempo de largar a equipa para se abalançar, como se estivesse novinho em folha, às funções que lhe cabiam na área da distribuição. 
Esta dedicação não era pontual - nele, era a qualquer hora de qualquer dia do ano, fosse segunda-feira, terça de carnaval, Natal ou 1.º de Janeiro.
Nesta hora ingrata para a família de Pedro, grande parte dela com uma vida dedicada à mesma empresa, endereço a todos os entes queridos do nosso Amigo um voto de pesar extensivo aos antigos colegas de trabalho que sofrem estas horas como nós.
Infelizmente, porque a vida prega com estas surpresas dolorosas, não cheguei a tempo de agradecer do fundo do coração ao Pedro a grande amizade e a preciosa ajuda profissional especialmente nas minhas primeiras e azelhas saídas em reportagem. Pedro está cá dentro.
Até. 


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