Nós estamos muito tristes!!!

(a imagem é da RTP-Madeira e foi o que mais triste encontrei nos meus arquivos)

Donato Macedo

Já aqui neste espaço, o Dr. Gil Canha se reportou à “porrada” eleitoral do passado dia 1 de Outubro. É verdade. Foi um porradão daqueles bem “forte” (CHIÇA, EU ESCREVI “FORTE”?). Mas uma boa porrada, quando não mata, fortalece. Por isso, as nossas convicções mantêm-se, e certamente preservaremos o alerta permanente, por mais musculados que sejam os “Adamastores” que fazem “miau-miau” e ronronam na maioria do tempo no entorpecimento da medrança onde se contemplam ao espelho. A luta dos convictos é resiliente, persistente. Contem com isso.

As eleições autárquicas na RAM provocaram imensos dissabores ao PSD, afiançam bem, os adversários. Está à vista de todos, que o resultado do PSD foi medíocre. Mas, e os demais partidos?

●     O PS está a abrir fissuras com o assalto à liderança, fazendo jus ao histórico autofágico daquela “agremiação” de interesses sorrateiros.

●     O CDS está fracturado entre os acomodados com os resultados modestos e a emergência de uma (oportuna) “A.D.” regional a ser preparada para 2019.

●     O BE ressente-se entre a velha guarda (já pouco estroina) e uns novatos que ousam abocanhar o castelo-caviar dos deslumbrados pelas lentilhas atiradas ao chão.

●     O PCP levou igualmente um açoite e foi defenestrado da vereação, apesar do incessante trabalho que apresentam nos órgãos autárquicos da cidade.

Se o PSD está fissurado e não atingiu os objectivos do recente embate eleitoral, o que dizer da restante oposição na Madeira??

O encerramento deste último processo eleitoral marca o início da campanha para as legislativas regionais de 2019. Em termos “cafofianos”, é uma espécie de um “continuum” em articulação com António Costa (caso a geringonça nacional se mantenha até final do mandato, e não coleccione mais cadáveres, pela incapacidade em socorrer e salvar cidadãos cercados pelo fogo). A propaganda no Funchal não terminará. A colonização da autarquia pela clientela partidária continuará a todo o gás. É o expectável atendendo ao histórico destes últimos quatro anos. Ainda há boquinhas abertas no vespeiro da “confiança” para ser alimentada e satisfeita, de modo que tal verta posteriormente em apoios, à candidatura de Paulo Cafôfo à presidência do GR daqui a dois anos.

Por outro lado, no G.R. as mudanças anunciadas visam adoptar a “fórmula ganhadora” do passado recente, a que a renovação marcelista de Albuquerque de 2015 falhou em vários aspectos nos dois anos de mandato. E aqui entre nós que ninguém me lê, eu me confesso. Entre replicar “algum” passado do PSD, e atirar à ventoinha esta mistela de Cafôfo para 2019 à dimensão regional, eu afirmo sem hesitações ou contemplações, nem prejuízo da minha soberana consciência: “tem-te-não-caias” PSD!!