O Funchal vai estar em Segurança?

Paulo Freitas de Aguiar

Recentemente o pais inteiro viveu intensamente o desastre que foi a governação de António Costa no âmbito da Protecção Civil e Bombeiros, em que foi mais do que debatido que a ex Ministra Constança Urbano de Sousa, licenciada em direito, não tinha as menores habilitações, nem muito menos formação paralela, para uma área tão específica e vasta, como a protecção civil, que na generalidade é uma área que exige um conhecimento muito aprofundado sobre as suas varias vertentes. Facto esse que resultou, aliás, numa das maiores tragédias de Portugal, mais de 100 mortos em dois grandes incêndios, num total de mais mortos que os resultantes dos atentados terroristas em toda a Europa. 

Assim sendo, é completamente surreal, e de uma falta de responsabilidade total, Paulo Cafofo, e não obstante todo este exemplo do que se passou no Continente, delegar funções, no seu novo executivo, ao seu sexto vereador, João Pedro Vieira, nomeadamente a Protecção Civil, os Bombeiros e a Fiscalização Municipal, pasme-se. Este novo Vereador, é recém-licenciado em medicina, encontra-se ainda a fazer especialização, e ao que parece, a tirar paralelamente um curso de direito, dessa forma, o mesmo não tem qualquer experiência na administração publica, e muito menos qualquer currículo no mundo complexo da proteção civil, para o qual, e para se inteirar, precisa de muita formação nesse universo, nomeadamente, desenvolver conhecimentos necessários à atividade de prevenção de riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe; desenvolver conhecimentos avançados na regulamentação específica da proteção civil; adquirir conhecimentos no âmbito da gestão operacional e logística do sistema de transportes e das organizações; assimilar a problemática das matérias e resíduos perigosos; desenvolver conhecimentos ao nível da cartografia topográfica regional e ao nível dos sistemas de referenciação utilizados; interpretar e realizar estudos sobre cartas topográficas; mandar realizar levantamentos topográficos, implementação de obras no terreno e localização e referenciação no terreno; compreender as funções e as estruturas de suporte ao processo de comunicação; Identificar mecanismo de minimização dos diferentes tipos de risco; adquirir métodos e técnicas relacionadas com o combate a incêndios etc etc etc. Paulo Cafofo e Idalina Perestrelo voltaram a ganhar a CMF, por vontade popular, contudo vão transportar até ao fim da vida a responsabilidade de 13 mortes no Monte, por muito que tenham tentado sacudir a água do capote e enganar o povo, é obvio que a responsabilidade da manutenção dos espaços verdes naquele caso, é, e sempre foi, da CMF, e que a fiscalização municipal foi a entidade responsável por emitir a licença para esta festa, e que se a mesma estava homologada ou licenciada pela CMF, deveria ter garantido, à partida, a segurança do perímetro e os mecanismos de protecção civil municipal ( como acontecia no passado), e contra isto não há argumentos, não temos qualquer dúvida que Paulo Cafofo e Idalina hão-de ser constituídos arguidos neste caso, e vão sentar os "ditos cujos" na cadeira,  a não ser que a justiça tenha cegado de vez, o que não é o caso, dessa forma é incrível, como este Presidente, e ao invés de chamar a si, as três matérias que ele próprio defendeu e abraçou no caso do Monte, como as "suas novas grandes paixões" (Protecção civil, Bombeiros e Fiscalização Municipal), sacuda agora as mesmas “paixões” delegando-as para um jovem estreante no executivo, totalmente inexperiente e sem formação especifica. Quase que se deduz, que na volta, Cafofo não quer é ser incomodado até 2019, com questões "menores" como a protecção civil , sendo que se torna legítimo perguntar ao Sr Presidente da Confiança e do sorriso colgate: O Funchal vai estar em segurança? Estamos seguros?