Carlos Pereira (PS) - Nota do dia

A Madeira arrasta-se na onda do crescimento nacional. É natural porque a integração da nossa economia é grande e as interdependências ainda maiores. Mas não dá para disfarçar as particularidades da governação regional nas mãos do PSD-M: muita dívida (desejo de fazer ainda mais para usar da pior forma possível) apostas na construção de estradas para satisfazer interesses económicos conhecidos (e um óbvio “agachamento” a uma coligação de meia dúzia de empresários), ausência de sensibilidade social, fraca visão estratégica e incompetência fiscal. Não há sinais de mudança ou renovação, há apenas um caminho oculto e escondido de repor os erros, os interesses e o main stream jardinista. Albuquerque falhou e estrebucha para sobreviver politicamente agarrando-se ao exército de seguidores do ex-líder.
Não é um bom cenário mas é a realidade. 
A Madeira não tem futuro se não mudar o ciclo e mudar a página das políticas e das cumplicidades que impedem uma efectiva mudança. Infelizmente alguns ensaios autárquicos, sobretudo no rodopio do deslumbramento e da vaidade, ancoraram num modelo com os mesmos arranjinhos, os mesmos malabarismos e, por vezes, até os mesmos suportes de propaganda, apoio e aproveitamento: tudo para manter o poder, reforçando as opções populistas e, assim, apagando a prioridade a novos e competentes projectos políticos . 
É por isso que o PS-M precisa continuar a sua afirmação de modo a instalar na Região um projecto política de alternância com sentido estratégico e conteúdo programático que defenda a Madeira, sem estar condicionado a lobies, forças de bloqueio ou agendas pessoais. É este o caminho da verdade e credibilidade.