Acreditar na Cidade, acreditar no Pai Natal
O corrector ortográfico jamais substituirá satisfatoriamente a remota figura do revisor que salvava o jornalista das gralhas próprias de uma profissão corre-corre e com deadlines implacáveis. Os tempos não perdoam e os jornais deixaram cair a secção de revisão.
Por compreendermos o drama, cá estamos nós para ajudar a cortar rápido e cerce os erros involuntários da nossa imprensa, e só lamentamos que a colaboração recíproca consista em relevar ainda mais as frequentes calinadas que aqui também produzimos.
No caso de hoje, o azar ataca em título num artigo de opinião (digamos assim), como se vê acima: Almocreve das petas queria dizer que "acreditar na cidade do Funchal é acreditar no Pai Natal". Por causa da omissão de uma palavrinha, ainda não é desta que o professor de Histórias da Carochinha diz uma verdade.
No resto do artigo, mesmo lido na diagonal, vê-se que mais uma vez o Xerife dos Mossos fala de uma cidade qualquer do Olimpo que os madeirenses desconhecem. Não acreditamos que ele faça aquele panfleto de promoção turística referindo-se ao Funchal, a não ser que queira chover no molhado, ou seja, dizer-nos para fazermos férias cá dentro. Porque isso é o que acontece já. Nem todos os madeirenses são políticos para, utilizando dinheiros públicos, irem à festa da flor nos confins de África ou dar uma saltada para levar "afecto" - e espírito natalício, acrescenta o artigalho de hoje - à nossa comunidade londrina.
O simpático fabulador escreve indiscutivelmente sobre uma cidade que não o Funchal, já que não vemos escrita uma linha sobre o trânsito caótico da capital da Tabanca, semáforos trapicheiros, ruas e estradas num autêntico bordado Madeira, estacionamento de enlouquecer, ruínas por todos os cantos à espera da quimérica reabilitação, serviços municipais de obras ao estilo Santa Engrácia, ruas atafulhadas de mesas e cadeiras, intoxicação multi-diária em todos os media na onda do culto de personalidade do Mayor e o mais que as 'Pessoas' sabem. O artigo também não fala do caso fulcral da actualidade municipal, que é o desenvolvimento do processo das 13 mortes no Monte, de que o mesmo Mayor continuará a fugir até um dia.
Sim, o nosso popular escritor que foi descobrir a sua musa ao Google revela hoje alguns progressos na forma de se exprimir em letra de forma. O próprio conteúdo, vejamos as coisas com alguma tolerância, está em vias de passar da 4.ª classe para o 1.º ano. A verdade é para dizer e o homem ou pediu que lhe passassem os olhos no escrito ou ele mesmo teve cuidado para não insistir nos pensamentos de cabeça oca plasmados no artigo anterior.
12 comentários:
Fino recorte literário... Não tarda nada temos mais um escritor de contos infantis. Porra, ninguém merece isto!
Não, sr. comentador das 11:38! Todos nós merecemos isto por termos votado em maioria naquilo...
basta ver a foto e titulo da personagem e passa-se a pagina rapidamente. Perda de tempo
Tinha de haver este tipo de crónica. Que seja feita a vossa vontade.
Para composição de 4o ano merece um satisfaz menos. Para exercício de demagogia satisfaz muito bem. A agência está a justificar o valor que cobra. A população delira com estas bandeiras do Mayor.Valha-nos Deus!
Gostei de ler.
Gente a escrever mal e sem ideias, ou com ideias emaranhadas é o que mais há nos jornais regionais, pelo que admira a fixação nalgumas "escritas".
Acho que o mais importante no artigo do mayor é que, desta vez, parece foi ele mesmo que o escreveu... Ou pelo menos ninguém copiou de outro artigo qualquer!
O homem é um verdadeiro perigo para a democracia.
Custa ver que ninguém aprendeu nada com o Sócrates! Recordo-me bem do tempo em que os socialistas andavam embevecidos com aquele artista... Hoje ja não o admitem, mas foi um enorme erro. Agora, na Madeira, voltam-se para o Cafofo como o messias.
Porem, ninguém parece incomodado com atitudes que fomos assistindo ao longo de 4 anos, como o saneamento escandaloso de vereadores que o incomodavam, a insensibilidade humana perante a tragédia do Monte, o desprezo total pelo bom uso de dinheiros públicos, certas nomeações para titulares em empresas publicas, etc. E tudo isto decorado com uma obsessão narcisista que arrepia.
Compreendo que a ansia de poder de alguns nao conheça limites. Também porque nao passam de uns boçais. O que os leva a apoiar Cafofo por mero oportunismo.
Nao compreendo contudo que muitos o achem uma esperança politica, quando o homem padece dos piores vicios que ja vi, apesar de estar ha tão pouco tempo na politica. Talvez seja simplesmente um narcisista e má rês.
enquanto isto o Miguel gouveia ja meteu na camara a irma, a sogra e dois cunhados...estamos em Angola!
E não é só nesta página, o DN actual lê-se rapidamente!
Tristeza de pasquim, que não tem nada a ver com o de alguns anos atrás...
aldrabão , mentiroso !!! muitos mais adjetivos haveria para qualificar este individuo e nenhum deles lisonjeiro , mas como disse um comentador acima , votaram nele , agora aguentem a trampa que têm.
Possa, com tanta gente naquela câmara a trabalhar para as noticias não houve ninguém que corrigisse esta trampa
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