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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Morte de Ricardo Camacho




Voto de Pesar do governo


O Governo Regional vem testemunhar o seu mais profundo pesar pela morte do ilustre médico e músico madeirense, Ricardo Jorge Gonçalves Ornelas Camacho, filho do primeiro presidente madeirense, Jaime Ornelas Camacho e de Maria Iolanda Pereira Gonçalves Ornelas Camacho.
Endereça à família enlutada os mais sinceros pêsames e associa-se à sua dor.

Ricardo Camacho nasceu no Funchal, na freguesia da Sé, há 64 anos, no dia 23 de maio de 1954, e desde os sete anos de idade mostrou uma intensa vocação musical, tendo feito a sua formação musical em solfejo e violino na então Academia de Música da Madeira.
Mais tarde, já adolescente começaria a tocar guitarra elétrica, tendo criado uma banda na Região.
Aos 17 anos viaja para Lisboa, para estudar Medicina, a sua outra grande vocação, aproveitando então para melhorar a sua formação musical ao mesmo tempo que vai colaborando na Rádio Comercial, onde foi realizador de programas como "Rock Em Stock", de Luís Filipe Barros, ou "Mão na Música".
Mas, foi a sua participação como teclista nos Sétima Legião, banda muito famosa nos anos 80 e 90 e que ficou conhecida por sucessos como Sete Mares e Por quem não esqueci, que o lançou, enquanto músico, no topo da música portuguesa.
Da banda da qual foi fundador faziam parte outros músicos de excelência como Rodrigo Leão, Pedro Oliveira, Nuno Cruz, Gabriel Gomes, Paulo Marinho, Paulo Abelho e Francisco Menezes.
Foi ainda um dos fundadores da editora Fundação Atlântica, com Pedro Ayres Magalhães e Miguel Esteves Cardoso. E produziu discos como "Foram Cardos, Foram Prosas" de Manuela Moura Guedes, "Estou Além" de António Variações, “Remar" dos Xutos e Pontapés.  Produziu ainda artistas como os GNR, os UHF e Diva.
Se a sua carreira de músico foi intensa e profícua, a de médico não o foi menos, antes pelo contrário. Passou por vários hospitais, como o Instituto Português de Oncologia, na unidade de transplantes de medula, na oncologia pediátrica. Mas, é o seu trabalho no Hospital Egas Moniz, onde se vinha dedicando à investigação da Sida, que o fez ser conhecido e considerado um dos maiores investigadores na área, não só a nível nacional como europeu.
O trabalho desenvolvido enquanto imunohemoterapeuta no Egas Moniz, na área do serviço de sangue e medicina transfusional, é, de facto, referência nos meios científicos.
Hoje, na Bélgica, morreu, vítima de um cancro do pulmão com o qual vinha lutando há já algum tempo.


Funchal, 4 de julho de 2018
O Gabinete da Presidência do Governo Regional da Madeira

1 comentário:

Anónimo disse...

Paz à sua Alma