Carlos Pereira defende que
relatório sobre CGD não traduz qualquer tese de índole partidária
“O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) constituiu um grande esforço de escrutínio às razões, de toda a ordem, que conduziram à capitalização do banco público em 2016”, considerou hoje (terça-feira 3) o deputado do PS e relator, Carlos Pereira, no Parlamento.
O vice-presidente do GPPS e líder do PS-Madeira lembrou que esta comissão “viveu momentos atribulados e sofreu vicissitudes que condicionaram o trabalho final, mas, apesar de tudo, foi possível produzir um relatório que traduz a essência das quase duas dezenas de audições”.
“Não há, no conteúdo das conclusões apresentadas, qualquer tentativa de produzir realidades baseadas em suposições ou qualquer esforço especulativo”, garantiu o deputado relator.
Carlos Pereira alertou que teria sido importante para o bom funcionamento da comissão de inquérito “que as diferentes entidades a quem foi solicitada documentação não tivessem colocado entraves”, ou até mesmo “que os tribunais tivessem assegurado mais celeridade na garantia da cedência da informação”. “Este esforço de mais transparência, por parte das diferentes instituições envolvidas, tornaria mais consistente e eficaz o desenrolar das audições e poderia ter permitido um relatório ainda mais esclarecedor”, explicou.
O deputado socialista lembrou ainda toda a controvérsia, logo no início da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, sobre os limites do objeto, que “não ajudaram o andamento dos trabalhos, ainda por cima porque este foi sendo alvo de tentativas de alteração ao longo do processo de inquérito, tornando muito instável o rumo dos trabalhos em curso”.
PSD e CDS votaram contra as conclusões
Carlos Pereira também criticou a posição adotada pelos partidos da direita, que votaram contra as conclusões do relatório. PSD e CDS-PP consideraram não estar em condições de votar favoravelmente conclusões como, por exemplo, a falha da CGD “no cumprimento do Plano de Capitalização de 2012, apesar da garantia do Banco de Portugal de que o banco público tinha condições de o cumprir”, ou ainda “a capitalização de 2016, facto essencial que motivou a Comissão Parlamentar de Inquérito, foi consequência de uma recapitalização da CGD em 2012 que foi concretizada pelos valores mínimos”, apontou.
Por isso, o deputado do PS agradeceu os contributos dos grupos parlamentares do PCP e do BE, que “produziram centenas de conclusões”.
(O Gabinete de Imprensa GPPS
03/10/2017)
3 comentários:
Não é estranho este pereirinha ainda estar na Madeira.....pois pois ...o aeroporto está encerrado.
O relatório foi feito para branquear as administrações socialistas da CGD. Toda a gente sabe disso, diga o camarada Pereireinha aquilo que disser.
Para mais o MP já descortinou tudo o que lá se passou, ao ponto de Armando Vara ter vindo há dias comunicar ao Ministério Público que a conta off-shore em nome da filha, afinal é dele. Tudo para ilibar a filha, o que lhe fica bem, e confirma tudo o que se sabia. Que era dele e não da filha.
Pois, o problema é mesmo a tese não ser partidária, é ser uma tese de REGIME.
Se fosse apenas partidária a coisa seria mais difícil de deixar passar...
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