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quarta-feira, 22 de novembro de 2017


SANTO DO PAU OCO

João Barreto

 O Sr. Cafofo e a sua banda de apaniguados e apoiantes de ocasião, são um perfeito logro que está a ser passado, à maneira do Telexfree e sucedâneos, aos madeirenses: santos de pau oco, surfando a vaga do populismo fácil e que, rapidamente viciados no poder recentemente conquistado, vão deixando à mostra os tiques autocráticos que são a sua verdadeira natureza.
Nos primeiros quatro anos do seu mandato na Câmara Municipal do Funchal, o Sr. Cafofo teve a bênção de uma oposição bastante “soft”: as eventuais posições contrárias ficavam portas adentro e ninguém sabia. No momento em que escrevo, depois de ser reeleito, o Sr. Cafofo, com maioria dos vereadores, já experimentou mais dissabores e o gosto mais agreste de, em diversas ocasiões, ser espicaçado, confrontado e contrariado. Mais de metade dos funchalenses que se deram ao trabalho de ir às urnas, conferiram mandato a essas pessoas que criticam, questionam e fazem propostas. 

Se não tinha percebido até agora, ficará o Sr. Cafofo a saber que a soberania que reside no povo (para quem, não sabe ou está distraído, consta do artigo 3.º, nº 1 da Constituição da República Portuguesa) não se exerce, apenas, de quatro em quatro anos: quotidianamente, cabe exercê-la, diretamente através de todos os mecanismos de participação cívica e, indiretamente, a todos os representantes que o povo elege. Isto é DEMOCRACIA.
Não se consegue compreender, portanto, as críticas ferozes que, inclusivamente através dos órgãos  de comunicação social arregimentados,se vão fazendo à postura mais aguerrida dos vereadores da oposição na Câmara Municipal do Funchal. Estão simplesmente a cumprir o mandato que lhes foi outorgado pelo povo (se preferirem, “pelas pessoas” a quem o Sr. Cafofo prometeu desvelada atenção.
Para coroar o bolo com a cereja da ordem, o Sr. Cafofo veio hoje, numa atitude inédita até nesta Região que já viu muitos filmes, tentar justificar a sua fuga ao parlamento regional com o argumento da separação de poderes. É risível para quem sabe o mínimo do funcionamento dos poderes legítimos em democracia. Demonstra que o Sr. Cafofo não foi informado sobre o significado da expressão “responsabilidade política”. É demonstra, igualmente, má consciência!
 As fugas ao escrutínio democrático, as acusações de ressabiamento e mau perder só revelam o nervosismo de quem tem dificuldade em lidar com opiniões diversas. E lá se desvanece o apregoado respeito pelos valores democráticos: como a cultura e a matemática, revelam-se, uma vez mais, coladinhos com cuspo!
ALERTA madeirenses!

6 comentários:

Anónimo disse...

Que a democracia não se esgota no voto, é sempre bom lembrar. Que uma sociedade civil forte, fortalece a democracia também já é coisa que se vai generalizando.O povo tem de estar tento, se assim se pode dizer, todos os dias.Todos os dias, com o olho bem aberto para tudo e todos, não vá a demagogia alastrar. Santos de pau carunchoso também há muitos e o povo, a bem dizer, já está escaldado com muita coisa pois a experiência de décadas já ensinou.

Anónimo disse...

Aos poucos os funchalenses vão descobrindo a verdadeira essência deste populista que se mantém graças ao compadrio e ao clientelismo.

Anónimo disse...

Cafofo não vai ao parlamento porque é cobarde. Ponto final.
Até nisso é parecido com Cardoso Jardim. Cobardia politca de quem tem medo de responder a Gil Canha ou Raquel Coelho.
Alega separação de poderes, e ninguém está a misturá-los, e alega erradamente questões jurídicas que não se põem.
Uma comissão parlamentar não interfere com a investigação do MP, e vice-versa.
É tão simplesmente pura cobardia.

Anónimo disse...

Cafofo não vai a ALRAM porque é covarde, porque se lembra como lhe correu mal o debate para as autárquicas, porque não sabe o que dizer sem as dicas da LPM, porque é uma máquina fabricada que se irá desmontar perante as perguntas que não conhece antecipadamente.

Porque responder às questões dos deputados não é o mesmo que falar com o povo que se deixa ir pela cremalheira imaculada e uns beijinhos.

Porque não disse logo do início que não ia à ALRAM? O processo já estava em investigação nessa altura...

Este é o verdadeiro Cafofo...o covarde maquiavélico que governa ao sabor dos seus interesses pessoais!

Anónimo disse...

Cafofo não vai, mas a Senhora Idalina digníssima Presidente da Junta Freguesia lá deverá estar.

Anónimo disse...

O nosso Bokassa também fugia do parlamento como o diabo foge da Cruz! Por isso são tão iguais que não vejo nada de novo neste "fugir com o rabo à seringa"! É próprio daquele tipo de políticos!