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domingo, 3 de maio de 2020


O discurso

O poder é uma opinião. O poder encarado como a capacidade de influenciar outros é uma opinião na medida que o influenciado pode sempre rejeitar a opinião. Levando a um extremo: um homem aponta uma arma de fogo a outro, e declara dá-me o teu dinheiro. O alvo da tentativa de roubo tem pelo menos três hipóteses: 1) acreditar e dar o dinheiro; 2) acreditar e não dar o dinheiro; 3) não acreditar. Logo, o poder é a opinião do influenciado. Por exemplo, Gandhi, promoveu a independência da Índia através da desobediência civil.

O discurso é o meio de exercer o poder. O discurso tem duas vertentes: negativa (leis, normas, …) e positiva (sonhos, ideias,…). Por exemplo, o discurso laranja negativo é: “Se enfrentares o PSD-M, serás prejudicado em tudo (legalmente e ilegalmente). Se não apoiares o PSD-M terás uma vida pejada de dor”. A parte positiva desse discurso é: “Se fizeres parte do núcleo duro do PSD-M, terás uma vida confortável, cargos, dinheiro, mulheres/homens e completa impunidade”. Este discurso resulta pois a ambição e a imaginação levam-nos sempre a supor que vamos estar do lado positivo do discurso. As pessoas consideram a possibilidade de fazerem parte do núcleo do PSD-M, e afastam da mente a possibilidade de serem injustamente prejudicados e/ou perseguidos. Poucos gostam de olhar para a escuridão, e ainda menos gostam de enfrentá-la….
Podemos ver esta tendência da imaginação no Capitalismo Liberal: os indivíduos que o advogam imaginam que nunca precisarão do apoio do Estado e que por uma qualquer razão farão parte dos ricos, embora na verdade não exista Meritocracia nenhuma na distribuição de riqueza, e nem todos os Liberais sejam ricos (são pessoas que se imaginam como tal, assim como muitos filiados no PSD-M pensam que têm mais direitos que outros ou que pertencem ao grupo dos “bons”/”bonitos”/”sangue azul”, embora não tenham uns e nem pertençam aos outros).
O Discurso tem vários aspectos, como por exemplo, o tema, o conteúdo, as circunstâncias em que é proferido, a quem se dirige e a forma como é apresentado, mas aqui só mencionarei um desses aspectos: o discurso tem uma parte que visa esclarecer e outra parte que se visa esconder ou obscurecer. Por exemplo, quando se discursa para promover a diminuição da desigualdade social, esclarece-se sobre a igualdade de direitos entre seres humanos e a falácia da meritocracia, e esconde-se que existem indivíduos mais dotados que outros, e que uns trabalham mais que outros. 
Consegue-se ver melhor este aspecto do discurso em Albuquerque: Tudo é que é mau é do Governo da República, o Governo da República é que tem que resolver todos os problemas da Região, e com isso esconde que ele próprio, Albuquerque, não está a conseguir melhorar as condições de vida dos cidadãos regionais. Mesmo que a maioria da população consiga perceber que as críticas e pedidos de Albuquerque são injustos, Albuquerque tem ganho pois não é discutida a sua incompetência, sua incapacidade de resolver os problemas que afligem a população nem os tachos e as mamas que anda injustamente a criar e a distribuir.

Com o advento das redes sociais aumentou-se o poder de cada individuo de difundir um Discurso ou Opinião, assim como apoiar um Discurso ou Opinião. Este poder permite alterar a Opinião Pública em função dos interesses pessoais e/ou comunitários. 
Começo por apresentar um sucesso na alteração da Opinião Pública: há cinco anos, o PSD-M orgulhava-se de ser o único partido com “quadros” competentes para governar a Região. Agora, a população pensa que qualquer um que seja nomeado para um cargo no Governo Regional é um “tachista lambe-cus” que obteve o cargo por “cunha”, “retribuição monetária” ou “favores sexuais”. Isto conseguiu-se através de muito trabalho executado por um pequeno grupo de indivíduos.
Outro exemplo de sucesso: Antes a população pensava que as obras eram feitas para a beneficiar. Agora, através do trabalho de um pequeno grupo de indivíduos, a maioria da população pensa que muitas obras são feitas “para encher os mesmos do costume”.
Estes sucessos proporcionaram-se pois esses grupos de indivíduos insistentemente e sistematicamente denunciaram as situações incorrectas… convenceram alguns, depois outros, e outros convencem outros, etc…. e é isso que convido a População a fazer. Convido-os a serem “animais políticos”, através da escolha dos temas e opiniões que emitem (publicam, difundem, comentam ou simplesmente põem “gosto”) nas redes sociais, construam um bom futuro para si próprios e para os vossos. 
Presumo que desconhecem o nome do Presidente que liderará daqui a vinte anos o Governo Regional. Provavelmente, nem o partido que o apoiará sabem, uma vez que nem sequer sabem se daqui a vinte anos estarão vivos. Também desconhecem o vosso futuro e o dos vossos (posição e necessidades)… mas neste momento podem escolher entre opinar em prol de um Estado de Direito Democrático ou abster-se e permitir que o Presidente do GR ponha e disponha conforme seus interesses pessoais e partidários.  
Façam o que fizerem, quase de certeza o sistema de valores prevalecentes na Opinião Pública daqui a vinte anos será aquele que as redes sociais tentam impor agora. O Futuro é Vosso, e será o que desejarem.
Para que os acreditam em Deus e na Vida Eterna digo: “Pensam que no juízo final, Deus valorizará mais o tempo que estiveram a discutir a vida de CR7, o tempo a rezar (como se Deus disso precisasse ou fosse por isso influenciado), ou o tempo que passaram a criar uma boa vida para os indivíduos de virtude”?

Eu, O Santo

P.S.1- Alguns factos que reforçam a tese da força da Opinião Pública:
1- Jacinta, Madeirense Justo, etc que opinam em favor do PSD-M.
2- Insultos sistemáticos aos anónimos que opinam contra o PSD-M.

Alguns factos que mostram a importância da escolha dos temas sobre os quais opinar:
1-Perfis falsos a publicar recomendações sobre o Covid. Enquanto se fala sobre as recomendações, pouco se fala sobre as corrupções.
2-Discussões sobre a forma de apoio às empresas e trabalhadores devido ao confinamento obrigatório. Entretanto, os cidadãos poderiam ter exigido indemnização compensatória ao Estado, uma vez que cumpriram com todos os preceitos legais, e tiveram que cessar a actividade por ordem do Governo da República.

P.S.2- Os leitores acreditam mais nas palavras ou mais nas ações? Rezar sem beneficiar os outros é pior que nada: é mentir a Deus. Fazer caridade enquanto se permite que outros criem Miséria: pouco difere de ser o próprio a promover a Miséria. E, pedir a Deus dádivas embora se colabore com a injustiça é Hipocrisia.

10 comentários:

Anónimo disse...

Esqueceste-te dum discurso.
O daquele indivíduo que em conversa que o próprio gravou com o seu chefe, se ofereceu e se disponibilizou para ser nomeado chefe, com salário de 3.100€, e assim não dizer mais mal do governo.
Sabes quem é esse pateta? Um tal de Câncio, conheces?

Anónimo disse...

A minha opinião é que você é ressabiado. Provavelmente era do PSD e estava lá para se aproveitar disso, e subir na vida. No entanto, foi ultrapassado por alguém mais esperto e agora anda a rapar o cotovelo no crespo. Bem que dizem que não há pior que amantes encornadas.

Ass: um anónimo que deve ser do PSD porque não lhe "lambe o cú" a todas as asneiras que escreve

Anónimo disse...

Como é que num bando de carneiros, em que tudo funciona em efeito manada, queira ter sentido crítico na viloa? Vamos ultrapassar o recorde do fascismo em Portugal que durou 48 anos!

Anónimo disse...

Um exercício muito interessante, quer do ponto analítico, quer do ponto de vista mais formal - clareza e objetividade. Não faço ideia de quem seja este "santo", mas advoga umas verdades irrefutáveis.
A questão de demorar 20 anos a criar uma opinião pública capaz de desmontar o situcionismo madeirense, parece-me exagerado, por tão longo. Atrevevo-me a dizer que a opinião popular sobre o psd/governo não é positiva, mas as relações umbilicais com quarenta e muitos anos petrificaram, e o medo de perder o que conseguiu acaba por acobardar a vontade de mudança-o povo ainda não conseguiu tornar o desejo mais forte que o "medo". Shame on you

Anónimo disse...

Boa Canha, as laranjas azedas corruptas já lambem feridas igual o otário das 18:49

Anónimo disse...

22.14,
Shame em ti,
Eu esclareço-te quem é o Santo.
É um indivíduo que gravou uma conversa como o seu chefe, sem autorização do mesmo, e onde ele, o Santo, se oferecia para ser chefe a troco de 3.100€ de salário, em troca de deixar de dizer e escrever mal do governo.
Tudo com muita clareza e objectividade, como tu dizes. Fosse do ponto de vista formal, ou analítico.
A tua filosofia, é de táxi, ou cadeira de barbeiro.

22.40,
Então agora, para ti, o Santo já é o Canha?
Deves ser outro ressabiado como o Câncio, O Santo.
Que otário.

Anónimo disse...

Não seja indelicado e obtuso. A minha filosofia é a de questionar, naturalmente, a sua retende ser a de dar respostas, ou seja a ausência de curiosidade. Estagnou na má criação. Shame on you

Anónimo disse...

17.56,
Shame em ti,
A tua filosofia é um monte de patetices e vulgaridades avulsas. Não dizes nada com substância.
É mesmo uma filosofia "obtusa". Mas até fui delicado, quando a remeti para motoristas de táxi, ou barbeiros.
Seria talvez mais correcto apelidar essa tua filosofia, como filosofia de retrete.
Vai lá filosofando. Talvez com esforço, te saia...substância!

Anónimo disse...

Deverua ter dado ouvidos aquela máxima : com idiotas não te metas eles vencem-te pela estupidez". Em relação a vulgaridade, o sr. não passa de uma nulidade na argumentação, ou melhor na sua ausência, partindo para o insulto quando lhe falta argumentório. Passe bem, longe, com a distância higiénica que merecemos. Shame on you

Anónimo disse...

23.51,
Shame em ti,
É verdade. Não te deves meter contigo. Serás vencido pela tua filosofia de retrete,básica, generalista e banal.
Sobre vulgaridade, estamos conversados. Uma nulidade filosófica, com argumentação pateta, armado em intelectual. E, que, sempre que contraditado, fica calado porque não tens resposta. Se ficas insultado, problema teu.
Passa bem, e esforça-te na tua filosofia, e que faças em substância.