ACABARAM AS 'TOSQUIAS' MUNICIPAIS? 

DONATO VARES MACEDO

Há uns anos atrás, a CMF da mini-era da apoteótica, derrotada, e desistente estrela-cadente socialista, resgatou um "cabreiro" que estava pendurado num fumeiro do GR, ou, como se diz comumente "na empoeirada prateleira", dadas as suas "especiais" competências em encher chouriços holísticos, e grelhar frangos biológicos oriundos da gigantesca constelação de "Βοώτης" Böotes (Pastor) visível nos céus do norte. Nos quase três anos que lá esteve, conseguiu a rara proeza de cair no ridículo generalizado do universo municipal, que ainda hoje constitui uma risível referência no anedotário local. Ou seja, o pastor acabou tosquiadinho com barrete-de-orelhas e lá regressou à sua "constelação", com mundos feitos de prados verdes, gado, minhocas e Édens mais prazerosos dos que de Adão e Eva...

Lembrei-me desta "criatura alienígena", pois começou o desmantelamento do intimador "curral" inestético nos Paços do Concelho, onde os munícipes eram devidamente "tosquiados" e filtrados mal entravam na Câmara. Ou seja, já se pode lá entrar, sem termos a impressão de nos deterem no Chão dos Terreiros, a ouvir o "tic-tic" metálico das tesouras em cima do nosso costado.