Alta Política

VEM AÍ A 2.ª 'BARRIGA DE ALUGUER'

Quem é a mãe da criança? - ouve-se já pelos corredores da política regional.

O caso enlaça-se com o malogrado casamento político Profe Cafofo-Emanuel Câmara que consistiu no seguinte: Emanuel ia apanhando com as estocadas que o dia a dia provocava nos costados da nau socialista; chegada a hora, o Mentiroso mais famoso da história recente da Madeira surgia livre de qualquer desgaste e pronto para levar o partido à vitória nas eleições que se seguiam, apoiado e idolatrado pelos militantes que nele descobriram o rei-sol.

Emanuel seria 'barriga de aluguer' até ao momento de o Profe receber o abono a que o menino tinha direito.

O casamento acabou quando Cafofo tomou em congresso a liderança do PS. Estava tudo previsto e assinado no notário, mas recorde-se que um dos cônjuges, Emanuel, não gostou nada da experiência, despedindo-se com um ruidoso bater de porta.

A 'estrela' socialista, porém, não tinha luz própria, logo não era sequer uma estrela, muito menos a sonhada pelos desgastados simpatizantes do PS. Conclusão: o resultado do recente 26 de Setembro foi a quarta derrota consecutiva dos socialistas com o "barrete" do Campanário de peito feito na liderança. Perfomance digna de uma valente "chicotada psicológica" ou mesmo de uma chicotada a frio, no coiro daquele que enganou um segmento importante de eleitores - e enganou com sorrisos pepsodent, outdoors à Hollywood e sketches propagandísticos com ele, Mentiroso, a ensinar cidadãos a atravessar a rua nas passadeiras e velhinhas a subir a camioneta.

Sem luz própria, a hipótese de 'estrela' desfez-se num ápice, desaparecendo na imensidão do espaço. À despedida, ensaiou uma atitude digna, dizendo que assumia a derrota e ia embora da Assembleia e da liderança do PS - para não se recandidatar.

Ainda nos enganou por umas horas, como já aqui referi. Porque à primeira oportunidade emendou a situação de deputado, explicando que só suspendia o mandato. 

Quanto ao retorno em 2023, para liderar a candidatura do PS às regionais, caros Leitores, remeto para a conversa do espertalhão gaguejada ontem à entrada da Escola do Campanário, ao microfone da RTP.

Candidata-se em 2023?

Não faço futurologia.

Não se recandidata em 2023? 

Não faço futurologia.

Que cabecinha! 

Segundo os últimos dados (que se alteram de minuto a minuto), Cafofo já se insinua com um pé nas eleições de 2023. 

Ele disse na noite eleitoral que a sua saída não procurava nenhuma vaga de fundo para o que quer que fosse, e o compromisso ficou registado. Mas, por outro lado, ele acaba de descobrir a fórmula de não o chatearem mais com a história do almocreve-das-petas. Ele agora anda armado com o gasto palavrão 'futurologia'.

A partir de agora, ele mente e depois reage: "Eu disse que ia fazer isso? Mas já avisei que não faço futurologia."

Caso arrumado.

Dado que a vaidade o há-de levar a mais 300 mentiras antes de o galo cantar, já o estamos a ver em novo casamento em que será escolhida a personagem para se desgastar como bombo da festa à frente do PS até ele aparecer pintado de verdadeiro candidato - o salvador da Pátria. Pelo processo da barriga de aluguer.

Só falta encontrar a mãe da criança.

E que 'barriga de aluguer' quererá casar com um divorciado político mentiroso?

O casamenteiro Victor Freitas lá terá de resolver o problema outra vez...