Perante
a esclerose do sistema político-constitucional português que nos arrastou e
definha na cauda da União Europeia (UE), transformados num Protectorado
Internacional, porque é que a Nação não reagiu?
Primeiro,
porque o poder financeiro, interno e sobretudo estrangeiro, estribado no
crescimento da força das “sociedades secretas” e similares, tomou controlo dos
Partidos políticos e da comunicação social, assim dominando a sociedade
portuguesa e condicionando-lhe qualquer importante manifestação da vontade. Em
vez da poliarquia, Portugal está dominado pela oligarquia.
Em
segundo lugar, o controlo das vontades assim estabelecido pela força sobre a
Opinião Pública de uma comunicação social dominada, permitiu progredir no
apagamento doloso dos Valores característicos da identidade pátria portuguesa,
desaparecendo com as Referências imprescindíveis ao Desenvolvimento Integral da
Pessoa Humana. O Relativismo e o individualismo manipulador lhe inerente,
serviram para, à mercê dos “interesses” dominantes, tudo tornar impreciso,
subjectivo, meramente voluntarioso, dispensando a Moral, a Ética e a
Sociologia, desta forma destruindo as lógicas ideológicas, mediocrizando a
Política e retirando a dignidade prioritária à Pessoa Humana.
Como
consequência, o egoísmo traduzido, até culturalmente, em emburguesamento
subordinado ao “politicamente correcto” - forma de instalação de um “pensamento
único” - que traz o danoso conformismo dos Cidadãos e das próprias grandes
Instituições Fundadoras pátrias, a Igreja, as Forças Armadas e a Universidade.
Em
terceiro lugar, as estruturas que hoje dominam Portugal e lesam os Portugueses,
obviamente que também visaram e conseguiram o controlo dos Partidos, porque
perceberam que Portugal não é uma Democracia, mas sim uma Partidocracia.
Repare-se
que, para além de a Constituição de 1976 - hoje pretexto de festanças onerosas
- não ter sido referendada pelos Portugueses, está anti-democraticamente
impedida de qualquer das suas normas ser alterada por essa via referendária que
é a expressão mais pura e directa da soberania do Povo.
Mas,
por outro lado, para a sua alteração na Assembleia da República, por dois
terços dos Deputados, basta os directórios dos dois maiores Partidos
portugueses, somados uns cinquenta cidadãos, em tal acordar.
Isto é:
o que a milhões de Portugueses está antidemocraticamente impedido, cinquenta
tipos podem decidir sobre a Lei Fundamental do País!…
Estamos
em Democracia?!…
Mais.
Os Partidos - também antidemocraticamente os Partidos Regionais estão proibidos
- só os Partidos podem apresentar candidatos ao Poder Legislativo, Assembleia
da República e Assembleias Legislativas Regionais, estando qualquer indivíduo
impedido de se candidatar fora das estruturas partidárias. E que ninguém se
deixe enganar no tocante à eleição presidencial e às eleições autárquicas, pois
sem dinheiros partidários e máquinas partidárias, ninguém consegue ser eleito,
para além de não dispôr de iguais oportunidades democráticas na indispensável
comunicação social.
Por
exemplo, na Madeira, não viram PS e CDS - e não só!… - a pagar falsos “independentes”
em São Vicente e Santa Cruz?
Esta
Partidocracia substituiu a Democracia em Portugal. Vem conduzindo à eleição
desresponzabilizante de medíocres “aparatchiks” das máquinas partidárias,
afastando o Povo e consumando o descrédito do actual sistema
político-constitucional, como noutros países perigando a Democracia.
O
Leitor percebe que, perante esta apropriação monopolista do País pelos
aparelhos dos cinco partidos da Situação - PS, PSD, CDS, “bloco” comunista e
partido comunista - obviamente eles e quem os domina financeiramente não
queiram que se mexa no sistema político-constitucional que, em uníssimo, andam
a “celebrar” ridiculamente.
Enquanto
esta Partidocracia vai afastando os Portugueses dos horizontes que temos
capacidade para ganhar.
Volto a
Guerra Junqueiro:
“Papagaio
real, quem passa?”
“El-rei
que vai à caça”
Até que
alguém cace o caçador, como na referida poesia panfletária…
Funchal,
7 de Dezembro de 2016
Alberto
João Cardoso Gonçalves Jardim
6 comentários:
Para quando uma dissertação do Presidente Jardim sobre a forma como adulturou os propósitos da autonomia, bem como sobre as políticas que fizeram a RAM perder parte da sua autonomia para Lisboa. Fico a aguardar serenamente.
Ganda Alberto. Hoje a noite tams contigo nesta que sera a noite do inicio do reviralho ao blue...
FALAS TU EM CONTROLO DAS VONTADES HOUVE CASO MAIS GRITANTE NESSE CAMPO QUE O ex-JM? ANDAS A PERDER A MEMÓRIA ALBERTO? VÊ LÁ, CUIDA-TE.
Sr . Jorge Figueira, controle-se, "fale" mais baixo, já é noite.
Pois agora e o JM e o DN e tudo o que mexe em comunicação c excepção deste blogue agora sim e qye há controlo absoluto dos media e perseguição interna no governo e verdadeira ditadura mascarada nunca isto andou tanto pela rua da amargura é que não há nada só show off negociatas viagens volta AJJ para por um fim a isto que isto assim não vai lá
Oh e ninguém o convida para debates nas
TV'S.
.porque será?
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